Parceria entre Governo,
Fomento Paraná, Paranacidade e Green Building Council Brasil busca qualificar
unidades de ensino para a autoprodução energética. Primeira fase contemplará
180 escolas de 6 municípios.
O Governo do Paraná deu
início a um projeto inovador na semana passada, após a assinatura de um
Memorando de Entendimento entre o secretário do Desenvolvimento Urbano e de
Obras Pública do Estado, João Carlos Ortega, com a Paranacidade, o Green Building
Council Brasil (GBC BR) e a Fomento Paraná. A iniciativa pretende transformar
as escolas municipais de todo estado em geradoras de energia elétrica
fotovoltaica e qualificá-las para alcançar autoprodução energética das
unidades.
O objetivo é levar o benefício
as cerca de 4 mil escolas existentes nos 399 municípios paranaenses. Na
primeira fase serão 180 unidades escolares de seis municípios, em que as
prefeituras receberão R$ 30 milhões do Sistema de Financiamento dos Municípios
(SFM) para viabilizar as mudanças. Os valores foram disponibilizados pela
Fomento Paraná.
O secretário Ortega destacou
a integração dos diferentes órgãos governamentais para viabilizar a iniciativa.
“O Governo deve unir esforços, atuar em conjunto com a sociedade e, assim,
inovar e promover as melhorias na vida da população”, enfatizou. Já o diretor
de Operações do Setor Público da Fomento Paraná, Wellington Dalmaz, ressaltou a
importância social da iniciativa. Para ele, começar a mudança pelas escolas
colocará as crianças não apenas em contato com novas tecnologias, mas
principalmente com conceitos da importância de economizar energia e também da
sustentabilidade.
Paraná terá escolas geradoras
de energia solar fotovoltaica.
“As crianças conhecerão os
‘edifícios verdes’, verão os benefícios na prática e atuarão como
multiplicadoras. Primeiro, ao levar para as suas famílias a cultura de que o
mundo sustentável é possível. Depois, quando adultas, poderão tomar suas
decisões dentro desse critério”, disse Dalmaz.
O processo para implantação
dos sistemas fotovoltaicos terá início com a Copel que, pelo do seu Programa de
Eficiência Energética, irá viabilizar a análise das necessidades de energia de
cada unidade e a substituição dos elementos atuais por alternativas mais econômicas,
como lâmpadas LED, ou promover adequações nos sistemas de ar-condicionado.
Após o consumo mínimo ser
alcançado, começará a elaboração do Projeto para a Geração de Energia
Fotovoltaica, pelo Green Building Council Brasil, sob encomenda das prefeituras.
Com o projeto, o poder municipal encaminhará, via Secretaria do Desenvolvimento
Urbano e Obras Públicas, a solicitação de recursos à Fomento Paraná. À
Paranacidade caberá o encaminhamento, apoio técnico e fiscalização de todo o
processo. Ao final, o GBC BR fará a certificação da economia alcançada. “A
evolução tecnológica nos permite prever a possibilidade de alcançarmos o índice
de energia zero”, afirmou o diretor executivo do CBC BR, Felipe Faria.
De acordo com dados da Copel,
o potencial de geração de energia solar no Paraná é de 18 GW, enquanto a
Hidrelétrica de Itaipu produz 14 GW, o que indica o tamanho do mercado no
segmento e o impacto que a sua implantação poderá representar em favor do meio
ambiente. “A transformação das 180 escolas iniciais colocará o Paraná na
segunda posição em todo o mundo nesse tipo de intervenção. Apenas na
Califórnia, nos Estados Unidos, há um número maior de escolas nesse conceito”,
disse Faria. O programa implantado no estado norte-americano começou no ano de
2010.
Parceria levará energia
fotovoltaica às escolas municipais do Paraná. (canalenergia)
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