segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Projeto prevê energia fotovoltaica para escolas municipais do Paraná

Parceria entre Governo, Fomento Paraná, Paranacidade e Green Building Council Brasil busca qualificar unidades de ensino para a autoprodução energética. Primeira fase contemplará 180 escolas de 6 municípios.
O Governo do Paraná deu início a um projeto inovador na semana passada, após a assinatura de um Memorando de Entendimento entre o secretário do Desenvolvimento Urbano e de Obras Pública do Estado, João Carlos Ortega, com a Paranacidade, o Green Building Council Brasil (GBC BR) e a Fomento Paraná. A iniciativa pretende transformar as escolas municipais de todo estado em geradoras de energia elétrica fotovoltaica e qualificá-las para alcançar autoprodução energética das unidades.
O objetivo é levar o benefício as cerca de 4 mil escolas existentes nos 399 municípios paranaenses. Na primeira fase serão 180 unidades escolares de seis municípios, em que as prefeituras receberão R$ 30 milhões do Sistema de Financiamento dos Municípios (SFM) para viabilizar as mudanças. Os valores foram disponibilizados pela Fomento Paraná.
O secretário Ortega destacou a integração dos diferentes órgãos governamentais para viabilizar a iniciativa. “O Governo deve unir esforços, atuar em conjunto com a sociedade e, assim, inovar e promover as melhorias na vida da população”, enfatizou. Já o diretor de Operações do Setor Público da Fomento Paraná, Wellington Dalmaz, ressaltou a importância social da iniciativa. Para ele, começar a mudança pelas escolas colocará as crianças não apenas em contato com novas tecnologias, mas principalmente com conceitos da importância de economizar energia e também da sustentabilidade.
Paraná terá escolas geradoras de energia solar fotovoltaica.
“As crianças conhecerão os ‘edifícios verdes’, verão os benefícios na prática e atuarão como multiplicadoras. Primeiro, ao levar para as suas famílias a cultura de que o mundo sustentável é possível. Depois, quando adultas, poderão tomar suas decisões dentro desse critério”, disse Dalmaz.
O processo para implantação dos sistemas fotovoltaicos terá início com a Copel que, pelo do seu Programa de Eficiência Energética, irá viabilizar a análise das necessidades de energia de cada unidade e a substituição dos elementos atuais por alternativas mais econômicas, como lâmpadas LED, ou promover adequações nos sistemas de ar-condicionado.
Após o consumo mínimo ser alcançado, começará a elaboração do Projeto para a Geração de Energia Fotovoltaica, pelo Green Building Council Brasil, sob encomenda das prefeituras. Com o projeto, o poder municipal encaminhará, via Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas, a solicitação de recursos à Fomento Paraná. À Paranacidade caberá o encaminhamento, apoio técnico e fiscalização de todo o processo. Ao final, o GBC BR fará a certificação da economia alcançada. “A evolução tecnológica nos permite prever a possibilidade de alcançarmos o índice de energia zero”, afirmou o diretor executivo do CBC BR, Felipe Faria.
De acordo com dados da Copel, o potencial de geração de energia solar no Paraná é de 18 GW, enquanto a Hidrelétrica de Itaipu produz 14 GW, o que indica o tamanho do mercado no segmento e o impacto que a sua implantação poderá representar em favor do meio ambiente. “A transformação das 180 escolas iniciais colocará o Paraná na segunda posição em todo o mundo nesse tipo de intervenção. Apenas na Califórnia, nos Estados Unidos, há um número maior de escolas nesse conceito”, disse Faria. O programa implantado no estado norte-americano começou no ano de 2010.
Parceria levará energia fotovoltaica às escolas municipais do Paraná. (canalenergia)

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