Usinas
de biogás crescem 40% em 2019, diz associação.
Projeção
do setor é de investimentos de cerca de R$ 50 bilhões até 2030 na esteira do
Renovabio e a perspectiva de comercialização de CBIOs.
A
Associação Brasileira de Biogás (Abiogás) registrou 400 usinas de biogás em
operação ao final de 2019, o que representou um crescimento de 40% em relação
ao ano passado. Os investimentos somam R$ 700 milhões, segundo balanço
divulgado em 13/01/20. Segundo os cálculos da entidade,
o potencial de produção do biogás, intercambiável com o gás natural encerrou o
ano passado em 50,4 bilhões de m³/ano, contabilizando todo o resíduo produzido
pela agroindústria e saneamento.
Este
volume, estima, seria suficiente para suprir 70% da demanda de diesel no país.
Hoje, o biogás corresponde a menos de 1% da matriz energética brasileira, o
que, para a associação, demonstra que existe uma margem gigantesca para o
crescimento.
Para
o presidente da Abiogás, Alessandro Gardemann, o RenovaBio (Política Nacional
de Biocombustíveis), que prevê a comercialização de Certificados de
Descarbonização (CBIOs) a partir deste mês, vai impulsionar a indústria do
biogás. Ele se diz otimista para 2020
por conta do início da comercialização dos certificado e toda a movimentação
mapeada no cenário do biogás. A expectativa é de que expansão este ano seja o
dobro da registrada em 2019. A projeção de investimentos é de cerca de R$ 50
bilhões até 2030.
O
vice-presidente da associação, Gabriel Kropsch, acredita que haverá um
incentivo ainda maior para o investimento em novas unidades de produção ano que
vem com o início do RenovaBio. Ele lembra que desde a regulamentação pela
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) da produção
de biometano, em junho/2017, vários projetos começaram a ser desenvolvidos.
Então, avalia, este volume só tende a crescer.
O
Novo Mercado de Gás, programa lançado pelo governo em meados de 2019, trouxe
uma nova perspectiva para as empresas de biogás, que se posicionaram como
complementares ao gás natural, com foco na interiorização do energético. De acordo com o presidente da associação, a
abertura dos dutos para comercialização do gás natural se restringe à Costa, já
que o Brasil possui uma malha de distribuição reduzida. No interior, a solução
para estimular o desenvolvimento econômico, levando o gás natural para centros
industriais, virá por meio do biogás, pois pode ser produzido próximo ao local
de consumo, sem grandes investimentos como na construção de gasodutos.
Produção
de energia elétrica a partir do biogás cresce no Brasil.
Dados
da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgados no último Fórum do Biogás,
mostram, ainda, que o setor sucroenergético apresenta o maior potencial para a
expansão do biogás, três vezes maior que o da agricultura e oito vezes maior
que do saneamento, embora, hoje, 70% da produção nacional tenha origem neste
último. (canalenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário