A
European Space Agency (ESA, agência espacial europeia) revelou nesta semana uma nova
tecnologia de propulsão para satélites que orbitam em baixas altitudes. O novo
tipo de turbina usa as moléculas de ar encontradas na atmosfera como
combustível, e permite que os satélites fiquem em órbita por mais tempo e de
maneira mais eficiente.
O
novo método de propulsão foi feito pela ESA em parceria com empresas como a
italiana Sitael e a polonesa QuinteScience. O que ele faz é ionizar as
partículas de ar captadas pela turbina durante o voo do satélite - com isso,
ela gera partículas com cargas elétricas. O ar ionizado pode então ser comprimido,
acelerado e expelido como em uma turbina tradicional, mantendo o satélite no
ar.
Como
o funcionamento da turbina é baseado em cargas elétricas, ela não depende de
válvulas ou partes móveis complexas para funcionar, o que diminui os riscos de
que ela quebre. As únicas partes essenciais para o funcionamento da
"turbina iônica" são molas e eletrodos que, no entanto, exigem energia
elétrica para funcionar.
Planos saindo do chão
Segundo
a ESA, a nova criação foi testada com sucesso em uma câmara de vácuo que
simulou as condições de funcionamento de uma turbina a 200 quilômetros de
altitude. Durante os testes, a equipe conseguiu fazer a turbina atingir a
ignição repetidas vezes usando apenas o ar, na concentração em que ele seria
encontrado naquela altitude.
Isso
representa um avanço importante para os satélites de baixa altitude. Quanto
mais longe um objeto fica da Terra, mais fraca é a força da gravidade sobre
ele. Assim, satélites de baixa altitude acabam precisando de mais força para se
manter em órbita do que os satélites que ficam mais altos, já que, lá em cima,
é mais fácil contrabalancear a gravidade.
Essa
tecnologia não deve beneficiar apenas a Terra, mas também pode funcionar para
satélites que orbitem outros planetas também.
"Propelentes
elétricos a base de ar também poderiam ser usados nas franjas externas das
atmosferas de outros planetas, utilizando o dióxido de carbono de Marte, por
exemplo". (olhardigital)
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