Energia solar gera três vezes mais benefícios do que custos aos
brasileiros.
Setor
rebate cálculos incompletos da Aneel e Ministério da Economia, incluindo na
análise os ganhos para consumidores e sociedade.
Levantamento inédito da
Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com base em
dados oficiais dos órgãos de governo, mostra que os benefícios proporcionados
pela energia solar na geração distribuída ajudam todos os consumidores brasileiros
e a economia do País.
As análises da entidade
apontam que, para cada R$ 1 investido em sistemas fotovoltaicos de pequeno e
médio portes usados para abastecer residências, comércios, indústrias,
propriedades rurais e prédios públicos, o setor devolve mais de R$ 3 em ganhos
elétricos, econômicos, sociais e ambientais aos brasileiros.
O cálculo foi feito a
partir dos dados de investimentos realizados na área desde 2012, levando em
consideração os incrementos de arrecadação dos governos federal, estaduais e
municipais decorrentes desses aportes e a geração de novos empregos e renda no
País com os negócios e projetos desenvolvidos no período, entre outros
importantes indicadores. Tais atributos, ressalta a entidade, foram deixados de
fora da conta tanto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) quanto
pelo Ministério da Economia.
Desde 2012, os
consumidores brasileiros já investiram mais de R$ 8,4 bilhões em sistemas de
geração distribuída solar fotovoltaica. Os investimentos privados da população
acrescentaram uma potência de mais de 1,9 gigawatt (GW) operacional, espalhado
em mais de 70% dos municípios brasileiros. Só em 2019, a ABSOLAR calcula que o
segmento criou 92 postos de trabalho por dia no País. No acumulado, já são mais
de 100 mil empregos.
Estes sistemas ajudam a
aliviar a operação da matriz elétrica brasileira, economizando água das
hidrelétricas e reduzindo o uso de termelétricas caras e poluentes, trazendo
economia mesmo aos cidadãos que nunca investiram na energia solar.
“Importante destacar que
o dinheiro economizado na conta de luz do consumidor de energia solar é
reinjetado na economia e ajuda a movimentar os setores de comércio e serviços,
aquecendo a atividade econômica local. Surpreendente que o Ministério da Economia
não tenha feito uma conta sequer sobre estes e outros benefícios para a
economia do nosso País. A quem interessa este tipo de conta incompleta?”,
indaga Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.
Comunicado à imprensa
Caso as regras vigentes
sejam mantidas, a ABSOLAR projeta que a geração distribuída solar fotovoltaica
pode acrescentar mais de R$ 13,3 bilhões em benefícios líquidos para todos os
consumidores do setor elétrico até 2035. Os benefícios incluem ganhos pela
energia evitada, diminuição de perdas de transmissão e distribuição e redução
de contratação de novas usinas de geração.
Por isso, a entidade
defende que todos os benefícios da geração distribuída solar fotovoltaica devam
ser devidamente valorizados. “É chegada a hora, portanto, do Brasil fazer as
contas completas e estabelecer um marco legal transparente, estável, previsível
e justo, que acabe com a insegurança jurídica que paira sobre o mercado. O
Executivo e o Congresso Nacional se mostraram sintonizados com os anseios de
93% dos brasileiros, que querem gerar energia limpa e renovável em seus
telhados”, comenta Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR.
“As análises devem
incluir, por exemplo, a postergação de investimentos em transmissão e
distribuição de eletricidade, alívio das redes pelo efeito vizinhança, geração
de emprego e renda, diversificação da matriz elétrica e redução de emissões de
gases de efeito estufa, entre diversos outros benefícios que superam, em muito,
quaisquer eventuais custos da geração distribuída”, conclui Sauaia.
(portalsolar)
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