Implantação de sistema
fotovoltaico cresce acima da capacidade de construção de novas redes pelas
concessionárias, diz estudo.
Pesquisa da consultoria
Accenture aponta que parte das redes de abastecimento chegará à capacidade
máxima em até três anos, segundo entrevistados.
A implantação de sistemas
fotovoltaicos, que funcionam por meio da geração distribuída, está crescendo em
regiões de grande demanda energética a um ritmo superior à capacidade de
construção de novas redes pelas concessionárias. Os dados são da consultoria
Accenture, realizada com 150 executivos do setor em 25 países, incluindo o
Brasil.
Segundo quase metade dos
entrevistados (47%), parte de suas redes de abastecimento chegará à capacidade
máxima em até três anos.
Média do retorno no
investimento é de 5 anos para residências, em contrapartida, o tempo médio de
duração das placas é de 25 anos.
Entre outras vantagens do uso
de energias renováveis é a proteção contra a inflação energética, a valorização
do imóvel e a redução significativa na conta de luz – que pode chegar até 95%
de redução na conta de energia elétrica. Sem contar com a colaboração com o
meio ambiente, sendo uma fonte limpa e renovável para gerar energia.
Popularização da energia
solar em casa e empresas tem ajudado a baixar o preço do sistema. As placas já
podem ser vistas em igrejas, hospitais, comércios, inclusive em órgãos públicos
preocupados com a questão ambiental e com a economia na conta de energia.
Alguns estados têm incentivos
fiscais para o uso do sistema. O pioneiro a oferecer esses subsídios foi o
Estado de Minas Gerais, que hoje lidera o número de instalações do sistema no
país. Além disso, instituições financeiras já disponibilizam financiamentos
específicos para o sistema tanto para residências, como para empresas.
A Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) abriu uma consulta pública em outubro para rever as regras que
tratam da chamada geração distribuída (GD) previstas na Resolução 482, editada
pela agência em 2012 e revista em 2015. Nessa modalidade, consumidores podem
gerar a própria energia elétrica em suas residências, empresas ou propriedades
rurais.
As alterações incluem a
cobrança pelo uso da rede elétrica e a suspensão gradual de outros subsídios.
Hoje, com a instalação de placas solares em seus telhados, os consumidores
podem entregar a energia excedente ao sistema elétrico pelas redes das
distribuidoras e receber a energia de outras fontes de geração do sistema à
noite. O excedente fica como crédito e pode ser usado para o abatimento de uma
ou mais contas de energia do mesmo titular.
A resolução também
estabeleceu mecanismos para incentivar a geração caseira de energia, como a
isenção do pagamento de tarifas pelo uso da rede elétrica e de outros componentes
da conta de energia, como os encargos setoriais (que geram receita para
subsidiar programas sociais, como a tarifa social e o programa Luz para Todos,
por exemplo). (portalsolar)
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