Brasil pode atingir 24,8 GW em capacidade instalada
de energia solar até 2029.
O último estudo sobre a
expansão de energia no Brasil feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
aponta que o país pode atingir 24,8 Gigawatts (GW) de energia solar até 2029.
Realizado anualmente como
base de planejamento, o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) traça as
perspectivas do governo para os próximos 10 anos do setor elétrico brasileiro.
Segundo o estudo, o
crescimento atual das placas solares poderá acumular em um total de 15 GW de
capacidade em geração centralizada (grandes usinas solares) ao fim desse
período.
Por outro lado, os micro e
mini geradores de energia solar fotovoltaica dentro do segmento de geração
distribuída deverão somar 9,8 GW de capacidade até o final de 2029.
De acordo com o estudo, a
principal força por trás dessa expansão continuará sendo a queda de preços da
tecnologia fotovoltaica.
Como prova, a EPE aponta um
relatório da International Energy Agency (IEA) que mostra uma depreciação de
mais de 70% no valores para investimento na tecnologia entre 2010 e 2018.
Dessa forma, a tendência é
que a fonte solar continue conquistando a maioria dos projetos de usinas
elétricas comercializados nos Leilões de Energia promovidos pelo Governo.
O caso mais recente foi em
junho deste ano, quando a energia solar atingiu a mínima histórica de preços no
Leilão A-4, negociando projetos a R$75,31 o Megawatt-hora (MWh).
Além disso, a EPE também
aponta para o ganho de eficiência da tecnologia, que a cada ano apresenta novos
avanços tecnológicos na fabricação e eficiência das placas (módulos).
Na geração distribuída, o PDE
2029 estima um público total de 1,3 milhão de brasileiros e uma capacidade
instalada de 11,4 GW, já considerando as possíveis revisões das regras do
segmento.
Para isso, a empresa afirma
que serão necessários quase R$50 bilhões em investimento entre todas as fontes
de energia renováveis incentivadas pelo segmento.
No entanto, a EPE ressalta
que a energia solar continuará sendo a líder do segmento devido ao seu maior
potencial de geração, custos mais baixos e pela sua adaptabilidade.
De acordo com o PDE 2029, a
geração distribuída poderá contribuir por até 17% do consumo de eletricidade no
Brasil.
Além dos benefícios diretos
para a população, a EPE destaca a contribuição do segmento de geração
distribuída para o setor elétrico brasileiro.
Entre eles está o da
eficiência energética, parte importante das medidas anunciadas pelo Governo
para atingir suas metas de descarbonização assumidas no Acordo de Paris.
Brasil tem um dos mercados de
energia solar mais atrativos.
No geral, a EPE afirma que é
“incontestável o relevante papel que a tecnologia solar fotovoltaica tem para a
expansão do sistema elétrico brasileiro”. (ecodebate)
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