domingo, 2 de fevereiro de 2020

Em 20 anos, consumidor pagará 60% a menos pela energia solar

Consumidor pagará 60% a menos pela energia solar daqui há 20 anos, diz estudo.
Relatório da Statkraft aponta que 80% da eletricidade mundial será renovável em 2050, sendo a opção mais barata e limpa
Em 2050, o consumidor pagará pelo sistema solar fotovoltaico 60% menos do que hoje. Além disso, a capacidade global da fonte aumentará em 30 vezes até lá. As informações são do relatório da Statkraft Baixas Emissões – Cenário 2019. O relatório é desenvolvido anualmente pela empresa apontando o cenário de baixas emissões e a análise do desenvolvimento do mercado global de energia, com o objetivo de entender de maneira mais profunda as tendências do mercado.
Estudo aponta que 80% da eletricidade mundial será renovável em 2050. Em 2035, a energia será capaz de atender quase 40% da demanda global de eletricidade, deixando a energia eólica, na segunda posição, com 30%. Diante deste cenário cada vez mais limpo, a fonte vilã das emissões de gases de efeito estufa será o gás natural. Em 20 anos, as emissões serão cerca de 44% menores do que as atuais.
O documento também prevê que quase todos os carros comercializados serão elétricos ou movidos a hidrogênio em 2050. Para o CEO da Statkraft no Brasil, Fernando De Lapuerta, o relatório mostra a tendência mundial de preocupação com o meio ambiente. “Globalmente, as emissões se reduzirão de maneira acelerada para cumprir as metas climáticas. O relatório nos mostra o caminho a seguir. Como é observado, as energias renováveis continuarão a entrar no mercado à medida que se tornarão mais acessíveis, com menor custo e serão a melhor opção em termos econômicos e, naturalmente, ambientais”.
Segundo projeções da Bloomberg New Energy Finance (BNEF), em 2050, 40% da matriz elétrica mundial será composta energia solar. No Brasil, não será diferente, onde 38% da matriz energética será suprida por energia solar fotovoltaica nesse período.
A estimativa é de que, no país, a fonte ultrapasse a marca de 3.000 MW ainda em 2019, atraindo mais de R$ 5,2 bilhões em novos investimentos privados, com a instalação de mais de 1.000 MW adicionais em sistemas de pequeno, médio e grande porte, segundo projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).
Na contramão do mundo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu consulta pública para a revisão das regras de geração distribuída, com a intenção de reduzir gradualmente os subsídios oferecidos hoje para quem usa o sistema. Na avaliação da Aneel, atualmente a produção desse tipo de energia já tem um custo viável, diferentemente de quando a medida foi implantada.
Elaborada em 2012, a resolução estabelece subsídios para incentivar esse tipo de prática, como a isenção do pagamento de tarifas pelo uso da rede elétrica e também do pagamento de outras componentes da conta de energia, como os encargos setoriais (que geram receita para subsidiar a tarifa social, por exemplo).
Para a ABSOLAR, as mudanças na regulamentação da geração distribuída no Brasil, propostas pela Aneel para entrar em vigor já em 2020, estão desequilibradas e seriam muito prematuras, diante do atual cenário brasileiro. (portalsolar)

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