Piauí é referência na
produção de energia solar e acelera geração de emprego na região.
Segundo a Associação
Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o estado é uma liderança em
relação a potência instalada na geração centralizada.
O Piauí vive um crescimento
exponencial na instalação de usinas fotovoltaicas, há cerca de 4 anos, sendo
referência para o resto do país. Segundo a Associação Brasileira de Energia
Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o estado é uma liderança em relação a potência
instalada na geração centralizada, incluindo operação, construção e os projetos
oriundos de leilões. De acordo com os dados, a potência instalada no Piauí
chega a 989,9 MW. Em segundo lugar vem o Ceará com 829,1 MW e a Bahia em
terceiro, com 776,8 MW.
Segundo dados da Secretaria
de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis do Piauí, o estado abriga hoje o
maior parque solar da América do Sul, o Nova Olinda, localizado no município de
Ribeira, a 377 quilômetros da capital, Teresina. Junto a mais dois parques nas
cidades de João Costa e São João são produzidos 270 megawatts.
Em operação há 2 anos, a
usina Nova Olinda foi construída com investimento de U$ 300 milhões pela
empresa Enel Green Power no Brasil, gerando 1.700 empregos, sendo grande parte
mão de obra da região. A grandiosidade da usina resume-se a 930 mil painéis
solares em uma área de 690 hectares, com capacidade instalada de 292 megawatts,
podendo produzir mais de 600 GWh por ano, o que daria para iluminar 300 mil
casas.
Em junho de 2019, o Nova Olinda
foi vendido para a companhia chinesa CGN Energy, como parte dos planos da Enel
de aumentar e acelerar a criação de valor, para a EGP investir em novos
projetos. No acordo, a EGP permanece nas atividades de operação e manutenção
dos ativos vendidos.
“Além de oferecer condições
naturais para o desenvolvimento desse tipo de projeto, o estado do Piauí possui
um bom ambiente de negócios, graças ao esforço das autoridades para o
crescimento da região”, declarou na imprensa Roberta Bonomi, responsável pela
Enel Green Power no Brasil.
A nova aposta no estado é na
maior usina fotovoltaica em construção na América do Sul, localizada no
município de São Gonçalo do Gurgueia, a 820 quilômetros ao Sul de Teresina, que
terá capacidade para produzir 608 megawatts. A chegada do empreendimento
movimentou 4.400 cadastros no Sistema Nacional de Emprego (Sine) do estado.
Para se ter uma ideia do tamanho deste novo parque, a capacidade brasileira em
março deste ano era de 2064 megawatts e só essa nova usina em São Gonçalo vai
produzir 465 megawatts.
Segundo Roberta, os
empreendimentos da Enel Green Power no Piauí já possibilitaram a geração de
cerca de 7 mil empregos diretos, envolvendo ainda, a capacitação de mão de obra
dos próprios moradores da região para a implementação das usinas. No estado a
empresa realiza capacitações para moradores locais por meio dos cursos de
montagem de seguidor solar e mecânica básica, beneficiando 630 pessoas. E os
planos da EGP é continuar investindo forte na região.
Dados do “Caderno ODS 7 – O
que mostra o retrato do Brasil?”, elaborado pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), apontam que em dois anos, cerca de 41 mil novas
usinas de energia solar foram instaladas no Brasil. Em relação a matriz
energética nacional, o percentual saiu de 0,1% em 2016 para 1,4% em 2018. Um crescimento dez vezes maior.
O pesquisador de energias
renováveis e de petróleo e gás do IPEA e autor do Caderno ODS 7, José Mauro de
Morais, afirma que, em setembro de 2019, o crescimento da energia solar em todo
o país passou para 2,1%. “A energia solar cresceu tanto na geração distribuída
(em casas, comércios e fábricas), como nas grandes usinas – o que chamamos de
geração centralizada”, finalizou. (portalsolar)
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