sábado, 20 de fevereiro de 2010

Biodiesel: subsídio dos EUA não afeta Brasil

A decisão do Congresso norte-americano em manter ou não os subsídios para os produtores de biodiesel nos Estados Unidos não terá um impacto no mercado brasileiro de biodiesel nem nas atividades da Brasil Ecodiesel. A afirmação foi feita hoje pelo diretor de relações com investidores da companhia, Charles Mann Toledo. A atual política de subsídios aos produtores norte-americanos expirou em 31 de dezembro e era esperado que a renovação da lei fosse levada ao Congresso. No entanto, a pauta foi retirada em um primeiro momento. Sem o subsídio, de cerca de US$ 1 por galão (equivalente a 3,79 litros), a produção norte-americana perde competitividade em relação ao diesel mineral, de petróleo. O principal mercado exportador do biodiesel norte-americano é a Europa que, recentemente, questionou a existência dos subsídios dos EUA e embargou suas importações do produto norte-americano.
Para Toledo, os subsídios são muito importantes para a manutenção da indústria de biodiesel dos Estados Unidos e, por isso, eles serão mantidos. "A extensão do crédito deve voltar a ser incluída na pauta do Congresso e ser aprovada em breve. O lobby é forte e, de acordo com o setor, esta indústria cria perto de 30 mil empregos nos Estados Unidos", disse.
Toledo explica que, como o biodiesel norte-americano vai basicamente para exportação para a Europa, qualquer mudança na produção dos EUA não afeta nem o setor brasileiro nem a Brasil Ecodiesel. "Nós não exportamos, e um mercado exportador de biodiesel consolidado brasileiro apenas deverá ser configurado no médio e longo prazo", disse.
O executivo não acredita que as ações da Brasil Ecodiesel estejam subindo por conta do impasse existente no setor em relação aos subsídios. "A empresa está em um processo de reestruturação, conseguiu sair do vermelho e já apresenta lucros firmes, está em fase de revisão de seus ativos. Seria especular dizer que as ações estariam em elevação apenas por conta de um evento", afirmou.

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