sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Técnico recomenda prudência com o mercado do etanol

Embora conviva com a euforia de um mercado promissor, o Brasil precisa ter um pé atrás em relação à produção do etanol de cana de açúcar em médio e longo prazo. Em dez ou quinze anos, podem aparecer formas mais eficientes de produção do que a brasileira para substituí-la no mercado internacional. O alerta é do mestre em Economia Política e técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Pedro Silva Barros.
Como aponta o conhecido ditado popular, cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Neste caso, é prudente o Brasil continuar desenvolvendo a produção de etanol de cana de açúcar, hoje muito mais eficiente do que o etanol de milho, como é feito nos Estados Unidos, mas de olho no surgimento de novas fontes de energia.
Ainda segundo Pedro Barros, a cana de açúcar tem uma importante capacidade de atender rapidamente à demanda existente, ao contrário de commodities como o café. Entretanto, mesmo com grandes investimentos em usinas de processamento
de cana, a demanda tem aumentado exorbitantemente no Brasil e no mundo, o que tem acarretado em falta de etanol de cana do mercado. Somente em território nacional, houve grande renovação da frota de veículos, com a adoção dos carros flex, e cerca de 90% dos consumidores de combustíveis optaram pelo etanol em 2009.

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