Em países em desenvolvimento, o consumo de energia
da crescente classe média vem contribuindo significativamente para o
aumento da demanda global das tradicionais formas de energia. Para que não
faltem recursos num futuro próximo, governo, iniciativa privada e
sociedade têm papel fundamental na busca do uso sustentável e de
alternativas que visam a eficiência energética, em especial no setor
de construção. Dentro desse cenário, a Casa de Eficiência Energética,
CasaE, da BASF, se apresenta como uma das iniciativas para reduzir o
desperdício de energia, já que prédios comerciais e residenciais são
responsáveis por 40% do consumo.
Segundo Emiliano Graziano, gerente de Gestão para
Sustentabilidade da Fundação Espaço ECO, ganhos em melhoria de eficiência
energética têm sido alcançados por países que investiram em incentivos ao
desenvolvimento de novas tecnologias na área energética, como é o caso da
Alemanha, líder em capacidade instalada de energia solar, e o Japão, destaque
na tecnologia de biomassa e energia fotovoltaica.
“A necessidade de se avançar na oferta de fontes renováveis
e aumentar a eficiência energética é parte do desafio socioambiental da
atualidade. Isso não deve ser encarado como obstáculo ao desenvolvimento, mas
sim como uma forte demanda de inovação que gera oportunidades para países e
setores”, observa.
A CasaE, de acordo com Graziano, é um projeto importante por
apresentar novas tecnologias disponíveis aos consumidores e à indústria de
construção. “É uma iniciativa que sensibiliza e conscientiza por meio da
educação socioambiental. Além disso, materializa a aplicação dos produtos
inovadores que geram economia de energia na operação da casa e ainda contribui
para o debate sobre o assunto”, destaca.
Graziano lembra que a indústria da construção, por pressão
da própria sociedade, tem se movimentado para a promoção da sustentabilidade.
Hoje, 50 empreendimentos brasileiros das mais variadas áreas possuem
certificados LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). “A tendência
é que a procura por análises de ciclo de vida se intensifiquem cada vez
mais neste setor, considerando que os resultados que são disponibilizados sejam
utilizados para a melhoria continua de processos de construção e redução dos
impactos”, assinala.
Seguindo essa mesma tendência, a CasaE será motivo de
estudos de Ecoeficiência que têm o objetivo de aferir a economia de energia e
mensurar os ganhos concretos dos produtos aplicados, o que ajudará a explicar o
maior investimento. “A expectativa é que o índice de economia de energia supere
os 70% na etapa de operação da casa”, comenta.
O especialista em sustentabilidade diz que a CasaE é um
desafio para a Fundação Espaço ECO, pois serão realizados mais de 30 estudos de
Ecoeficiência, que no final resultam em uma análise das principais estruturas
de uma casa, telhados, paredes, tintas, pisos, forros, entre outros. Além do
desafio pelo número de análises combinadas, este projeto irá auxiliar na
constituição do banco de dados de inventários do ciclo de vida para o setor da
construção no Brasil, que ainda é pequeno.
A ferramenta utilizada pela Fundação Espaço ECO para o
desenvolvimento do estudo das tecnologias empregadas no projeto da BASF
apresenta um resultado de fácil leitura e entendimento, demonstrando qual a melhor
tecnologia em termos de equilíbrio entre impactos ambientais e econômicos.
No entanto, o especialista defende que é preciso haver um trabalho
adequado para levar este conhecimento produzido pela entidade ao público comum.
“Sem ações educacionais e debate não haverá transformação
efetiva no comportamento das pessoas e empresas. Os resultados do estudo
poderão ajudar o consumidor ou influenciador a optar por materiais mais
ecoeficientes, que tenham uma cadeia produtiva mais sustentável”, finaliza.
A CasaE é a primeira Casa de Eficiência Energética da BASF
no Brasil e a 10ª unidade da empresa no mundo. O projeto recebeu soluções
inovadoras desenvolvidas pela BASF e seus parceiros, com objetivo de reduzir o
consumo de energia e a emissão de CO2.
O sistema construtivo é constituído de um painel de cerâmica
estrutural e a fundação de alvenaria. As paredes, piso e laje foram executados
em Sistema EIFS – Exterior Insulation and Finish Systems – que consiste em
placas de poliestireno expandido Neopor® sobre a construção tradicional. O
Sistema ICF – Insulated Concrete Formwork – de tijolo feito com Neopor® –
poliestireno expandido – foi aplicado em uma das salas. Essas inovações, além
de tornarem a obra mais rápida e limpa, são responsáveis por um isolamento térmico
eficiente. A economia de toda a energia necessária chega a cerca de 70%.
A BASF tem entre seus pilares a construção sustentável e
oferece soluções voltadas à eficiência energética, além de materiais de alto
desempenho, design e decoração. São plásticos, poliuretano, produtos químicos
para construção, tintas, vernizes e pigmentos de última geração. Todos esses
materiais foram aplicados na CasaE com o objetivo de mostrar ao mercado de
construção o que existe de mais moderno em termos de obra de eficiência
energética. (ambienteenergia)
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