Como foi citado
anteriormente o Pré-Sal é uma camada de rocha formada por sal que delimita um
conjunto de reservatórios petrolíferos mais antigos que os depósitos
encontrados sobre a camada pós-sal neoapitiniano e que na costa brasileira se
estende desde o Alto Vitória e Santos, nas Bacias de Campos, até o Alto de
Florianópolis respectivamente. Este sal foi depositado durante a abertura do
oceano Atlântico, após a quebra do Gondwana (Jurássico Superior- Cretáceo)
durante a fase de mar raso e de clima semiárido/árido do Neoapitiniano.
O
"Cluster" Pré-Sal.
A análise de um
perfil sísmico da Bacia de Santos nos leva a crer que existem ao menos quatro
plays na região: O primeiro referente à fase Drift (turbiditos terciários
similares aos da Bacia de Campos) acima do sal e mais três, abaixo do sal,
referentes pós-rift (carbonatos e siliciclastos apitinianos de plataforma rasa)
e ao sin-rift (leques aluviais de conglomerados). Em todos os casos a
rocha-geradora é de toda a costa Leste brasileira, a formação Lagoa Feia.
A área de
ocorrência conhecida destes reservatórios é de 149 mil km² dos quais 42 mil km²
(28%) já foram licitados e 107 mil km² (72%) ainda por licitar. A história da
prospecção desta região começa no ano de 2000 durante a segunda rodada de
licitações da ANP, onde foram arrematados os primeiros blocos de exploração no
limites entre os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na realidade,
técnicos da Petrobras já especulavam a existência de hidrocarbonetos abaixo da
camada de sal há mais de vinte anos. Porém as técnicas de aquisição e
processamento dos dados sísmicos impossibilitavam uma melhor análise dos dados
justamente devido à presença do sal. Por sua vez, sem um conjunto de
informações minimamente confiáveis, não era possível justificar o investimento
de centenas de milhões de reais na perfuração de um poço prospectivo, devido
aos altíssimos custos em função novamente da presença da espessa camada de sal.
Com a evolução das técnicas de processamento dos dados e da capacidade de
processamento dos computadores foi possível avançar no conhecimento em
subsuperfície, que levou ao encontro de indícios que justificariam o
investimento bilionário.
Quando não se
fala do "Cluster Pré-Sal" na Bacia de Santos, as descobertas foram
realizadas no play pós-rift em grandes profundidades com lâminas d’água superiores
a 2.000 m e profundidades maiores que 5.000 m, dos quais 2.000 m de sal. As
rochas geradoras são folhelhos lacustres da formação Guaratiba (do
Barremiano/Aptiano e COT de 4%). O selo são pelitos intraformacionais e,
obviamente, o sal. A literatura científica afirma que os reservatórios
encontrados são biolititos cuja origem são estromatólitos da fase de plataforma
rasa do Barremiano. (wikipedia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário