O secretário Energia de São Paulo, José
Aníbal, destacou a importância das energias renováveis como opção
para atender a demanda de energia que o Brasil precisará, nos próximos anos.
“Se vamos precisar dobrar a oferta até a virada da década, temos que
contar com as alternativas disponíveis como a biomassa, eólica e solar”,
afirmou, ao participar, neste mês, do Ecoenergy – Congresso de
Tecnologias Limpas e Renováveis para a Geração de Energia.
De acordo com José Aníbal, as oportunidades para isso são
muitas e, em São Paulo, “nosso maior interesse é criar condições que favoreçam
o investimento e a maior presença de energias renováveis em nosso estado”,
disse. O secretário de energia elencou diversas das ações que a secretaria,
neste sentido.
O Plano Paulista de Energia, que está sendo lançado nesta
semana, prevê que até 2020, a matriz energética de São Paulo tenha 69% de
participação de fontes de energia renováveis, objetivo estimulado também pela
PEMC – Política Estadual de Mudanças Climáticas. Os dados da Secretaria de
Energia apresentados na palestra, preveem que se hoje a participação de
derivados da cana-de-açúcar é de 33% na matriz energética do estado, ela
alcançará 46% em 2020.
O governo do Estado também trabalha pelo desenvolvimento das
energias eólica e solar. A Secretaria de Energia lançou o Atlas Eólico, que
aponta as regiões mais propícias para o investimento neste setor. Fez também o
Levantamento do Potencial Solar do Estado, mostrando as áreas do estado mais
favorecidas pela incidência solar.
O secretário José Aníbal avalia que a meta de 69% de
fontes renováveis na matriz ainda não conta de forma expressiva com eólica
e solar. “Mas percebo que o interesse comercial e científico é crescente”. Para
José Aníbal, o horizonte do setor é otimista e com eventos com o Ecoenergy,
esta cultura vai se disseminar cada vez mais e logo teremos diversas plantas de
energia solar, por exemplo, em todo o Estado. Outro fato que pode facilitar a
ampliação da participação destas fontes na matriz de energia, é que 75% dos
equipamentos para a produção de energia eólica acontece na região de Sorocaba,
facilitando a aquisição.
Estimativas e Investimentos - O subsecretário de energias
renováveis da Secretaria de Energia, Milton Flávio, também palestrou no primeiro
dia do Ecoenergy. Sua exposição tratou do tema “As Energias Renováveis no
Contexto Paulista – Estimativas e Investimentos”. De acordo com
o subsecretário, “o grande desafio de São Paulo, é manter
o crescimento, dentro de uma matriz energética muito limpa e
ainda tendo a obrigatoriedade de reduzir a emissão de GEE – Gases
de Efeito Estufa”.
De acordo com Milton Flávio, a saída é combinar o uso de
diferentes fontes de energia, eólica, fotovoltaica e principalmente biomassa,
“que poderiam garantir o abastecimento contínuo, uma substituindo a outra, em
períodos de baixa produtividade”, afirma. Entre os exemplos citados como saídas
para este novo quadro, seria o uso do Biogás a partir da vinhaça na produção
industrial. De acordo com a capacidade produtiva projetada e aspectos
logísticos, é possível que a vinhaça possa a vir representar 35% do consumo de
gás na indústria, até 2020. (ambienteenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário