Empresa estreia Esco com projeto de rerofit de R$ 3,5
milhões da central de água gelada de hotel em São Paulo.
A Bolt Energias
termina o ano estreando em mais uma área de atuação no mercado. Além de
comercialização e geração, a empresa agora vai atuar como Esco, oferecendo
serviços de eficiência energética a potenciais clientes. A perspectiva de
negócios é boa, segundo Érico Evaristo, conselheiro da Bolt, que prevê um
faturamento anual de R$ 30 milhões a 50 milhões por ano. A entrada se dá com
um projeto de retrofit da central de água gelada do Hotel Transamérica, na
Marginal Pinheiros, em São Paulo.
O investimento de
cerca de R$ 3,5 milhões deve ter um retorno em cinco anos e trazer uma economia
de 40% para o cliente, de acordo com o executivo em entrevista à Agência
CanalEnergia. Evaristo contou que a Bolt decidiu entrar na área depois de um
ano de estudos e preparação do modelo de negócio. A empresa vai usar sua
estrutura de capital, já que tem um Fundo de Investimentos em Participações
como controlador - o Ático, para financiar os projetos.
O conselheiro da Bolt
vê a questão do financiamento como o maior desafio para os projetos de
eficiência energética. "Quando começamos a analisar essa área de
eficiência energética, vimos que está mal estruturada no Brasil. Tem poucas
empresas bem estruturadas, vimos, então, um nicho de atuação", explicou
Evaristo. O projeto da central de água gelada foi oferecido para a
Bolt por uma Esco menor que não tinha capacidade de bancar o
investimento. E a captação de projetos de outras Escos será uma forma de se
desenvolver no mercado, adiantou.
"Existe um
potencial de crescimento muito grande. A indústria não tem apetite para
investir em projetos de eficiência energética. Então, a Bolt entra porque tem o
capital", observou. A Bolt já conta com uma carteira de potenciais projetos,
o próximo deve ter o contrato assinado na próxima semana. Sem entrar em
detalhes, Evaristo disse que é maior que o do Transamérica e envolve geração na
ponta.
O foco da Esco serão
clientes de médio e grande porte, como shoppings, indústrias e edifícios corporativos.
"Vamos olhar todas as utilidades, redução do consumo de água, redução do
consumo de energia elétrica, através substituição de centrais de água gelada,
de construção de subestação para elevação de tensão, sistema de ar comprimido
para indústria, gás", listou o executivo.
A Bolt também vê
sinergia entre as três áreas de atuação, usando os serviços e expertise já
adquiridos em geração e comercialização. "Tem um potencial de venda
cruzada dentro dessas áreas bastante interessante", apontou Evaristo.
A comercializadora do
grupo deve faturar este ano R$ 800 milhões, ficando entre as três maiores
independentes do mercado, contou o executivo. Na área de geração, a empresa já
começou a preparação para a construção da térmica a cavaco de madeira Campo Grande
(BA-150 MW). A usina, vencedora no leilão A-5 de agosto, terá investimento de
R$ 750 milhões e é uma parceria com a alemã Steag, que tem 25% de participação.
Evaristo contou que a empresa está fechando o epcista do projeto e a compra e
arrendamento de áreas para a formação da floresta de eucaliptos que abastecerá
a usina. A área florestal será administrada pela Tree, empresa controlada pelo
FIP Ático Florestal. (canalenergia)
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