Usina binacional manteve
liderança de produção pelo segundo ano consecutivo com 98,5 TWh de energia, mas
diz que poderia ter chegado a 100 TWh.
A Itaipu Binacional
confirmou sua posição de maior geradora hidrelétrica do mundo. A usina de 14
mil MW de capacidade instalada no rio Paraná encerrará o ano em um patamar
próximo à marca de 100 TWh. De acordo com os prognósticos da empresa, entre o
final da tarde de 30/12/13 ao início da
madrugada de 31/12/13, alcançou a marca de 98,5 TWh de energia, crescimento de
pouco mais de 0,2% ante os 98,287 TWh do ano passado. A maior concorrente, a
chinesa Três Gargantas que possui mais de 18 GW de capacidade instalada, deverá
produzir 10% menos que a usina binacional este ano.
De acordo com o
diretor da metade brasileira da empresa, Jorge Samek, a usina poderia ter
alcançado a marca emblemática de 100 TWh se não fossem a Jornada Mundial da
Juventude, com destaque para a visita do Papa ao Rio de Janeiro, e a Copa das
Confederações. O executivo explica que eventos como esses reduzem a produção de
energia em Itaipu.
"Em 2014 acho
difícil alcançarmos um novo recorde porque teremos eventos de grande
importância como a Copa do Mundo", afirmou Samek à Agência CanalEnergia.
"Em 2013 só não atingimos os 100 TWh por conta da vinda do Papa e da Copa
das Confederações, pois quando ocorrem eventos de extrema importância o ONS
divide melhor a carga para não ter dependência de um volume tão grande de
energia apenas de uma usina. Ele trabalha com tripla proteção, a N-3, pega
outras usinas até mais caras para atribuir mais segurança ao sistema elétrico.
Porque se der um azar grande e ocorrer algum problema grande, não se consegue
fazer um backup automático sem que ninguém perceba", explicou ele.
Para alcançar a nova
marca de geração, Samek elencou três fatores que mantiveram a usina na
liderança mundial de geração hidrelétrica. A primeira é a demanda tanto no
Brasil quanto no Paraguai, apesar de o sócio na usina ainda ter
uma demanda que representa apenas 10% da brasileira. Outro fator é a
localização estratégica de Itaipu, que recebe a água que já passou por outras 45
UHEs que estão a montante de sua barragem. Em último lugar está o programa de
manutenção de Itaipu, que levou a um alto nível de eficiência operacional na
usina.
"Tem água que
quando chega em Itaipu já está produzindo energia pela décima sétima vez",
exemplificou ele. "Além disso, temos folga para a manutenção, temos vinte
unidades de geração mas 18 estão em funcionamento", lembrou.
Na avaliação do
diretor brasileiro a linha de transmissão de 500 kV que liga a usina à capital
paraguaia ajudou na obtenção da marca, apesar da participação ter sido
marginal. Outro fator que ajudou foi não ter havido esse ano nenhum registro de
desligamento como o que ocorreu em 2009 quando uma tempestade na subestação de
Tijuco Preto derrubou a principal linha de transmissão de Itaipu. Ou ainda,
quando houve uma falha em um transformador de Furnas e que levou a um
desligamento de cinco estados em 2012.
"Hoje temos
ainda uma nova alternativa de escoamento que é uma linha que a Copel construiu
até a cidade de Cascavel e que nos liga ao tronco principal do Sistema
Interligado Nacional", lembrou Samek. "Agora temos seis linhas de
transmissão para o escoamento da energia da usina de Itaipu", finalizou
ele. (canalenergia)
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