quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Itaipu bate novo recorde de produção em 2013

Usina binacional manteve liderança de produção pelo segundo ano consecutivo com 98,5 TWh de energia, mas diz que poderia ter chegado a 100 TWh.
A Itaipu Binacional confirmou sua posição de maior geradora hidrelétrica do mundo. A usina de 14 mil MW de capacidade instalada no rio Paraná encerrará o ano em um patamar próximo à marca de 100 TWh. De acordo com os prognósticos da empresa, entre o final da tarde de 30/12/13 ao  início da madrugada de 31/12/13, alcançou a marca de 98,5 TWh de energia, crescimento de pouco mais de 0,2% ante os 98,287 TWh do ano passado. A maior concorrente, a chinesa Três Gargantas que possui mais de 18 GW de capacidade instalada, deverá produzir 10% menos que a usina binacional este ano.
De acordo com o diretor da metade brasileira da empresa, Jorge Samek, a usina poderia ter alcançado a marca emblemática de 100 TWh se não fossem a Jornada Mundial da Juventude, com destaque para a visita do Papa ao Rio de Janeiro, e a Copa das Confederações. O executivo explica que eventos como esses reduzem a produção de energia em Itaipu.
"Em 2014 acho difícil alcançarmos um novo recorde porque teremos eventos de grande importância como a Copa do Mundo", afirmou Samek à Agência CanalEnergia. "Em 2013 só não atingimos os 100 TWh por conta da vinda do Papa e da Copa das Confederações, pois quando ocorrem eventos de extrema importância o ONS divide melhor a carga para não ter dependência de um volume tão grande de energia apenas de uma usina. Ele trabalha com tripla proteção, a N-3, pega outras usinas até mais caras para atribuir mais segurança ao sistema elétrico. Porque se der um azar grande e ocorrer algum problema grande, não se consegue fazer um backup automático sem que ninguém perceba", explicou ele.
Para alcançar a nova marca de geração, Samek elencou três fatores que mantiveram a usina na liderança mundial de geração hidrelétrica. A primeira é a demanda tanto no Brasil quanto no Paraguai,  apesar de o sócio na usina ainda ter uma demanda que representa apenas 10% da brasileira. Outro fator é a localização estratégica de Itaipu, que recebe a água que já passou por outras 45 UHEs que estão a montante de sua barragem. Em último lugar está o programa de manutenção de Itaipu, que levou a um alto nível de eficiência operacional na usina.
"Tem água que quando chega em Itaipu já está produzindo energia pela décima sétima vez", exemplificou ele. "Além disso, temos folga para a manutenção, temos vinte unidades de geração mas 18 estão em funcionamento", lembrou.
Na avaliação do diretor brasileiro a linha de transmissão de 500 kV que liga a usina à capital paraguaia ajudou na obtenção da marca, apesar da participação ter sido marginal. Outro fator que ajudou foi não ter havido esse ano nenhum registro de desligamento como o que ocorreu em 2009 quando uma tempestade na subestação de Tijuco Preto derrubou a principal linha de transmissão de Itaipu. Ou ainda, quando houve uma falha em um transformador de Furnas e que levou a um desligamento de cinco estados em 2012.
"Hoje temos ainda uma nova alternativa de escoamento que é uma linha que a Copel construiu até a cidade de Cascavel e que nos liga ao tronco principal do Sistema Interligado Nacional", lembrou Samek. "Agora temos seis linhas de transmissão para o escoamento da energia da usina de Itaipu", finalizou ele. (canalenergia)

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