domingo, 22 de junho de 2014

Pernambuco estuda projetos híbridos de energia eólica e solar

Ideia é saber potencial de projetos no estado. Estudo deve estar concluído até outubro/14.
O Estado de Pernambuco está aprofundando os estudos sobre a fonte solar. Depois de realizar um leilão exclusivo para a fonte no fim do ano passado, o estado está terminando um estudo em que faz um mapeamento completo das fontes eólica e solar. A ideia é saber qual o potencial de projetos híbridos no estado. Eduardo Azevedo, secretário de Recursos Hídricos e Energéticos de Pernambuco, conta que o estudo contempla tecnologias mais modernas e que deverá ficar pronto ainda em setembro ou outubro deste ano.
"Os resultados preliminares já mostram que a gente tem um potencial interessante e estamos estimulando as empresas a trabalharem em cima desse potencial", contou o secretário à Agência CanalEnergia. De acordo com Azevedo, essa é uma maneira de compartilhar a infraestrutura, uma vez que a conexão já está pronta para os parques eólicos que estão em andamento no estado. "Os custos com segurança, com locação de terra, seriam compartilhados e, consequentemente, teria condições de ter preços mais competitivos na venda da energia solar", explicou.
Ele disse ainda que um segundo leilão solar no estado não está descartado, mas que o foco agora é finalizar o primeiro certame. Segundo ele, ainda faltam algumas licenças e definições que precisam ser tomadas no âmbito do Ministério de Minas e Energia e da Agência Nacional de Energia Elétrica como, por exemplo, o estabelecimento da garantia física dos projetos vencedores.
Além disso, Azevedo contou que deverá ser finalizado em agosto um estudo que identifica se é possível o governo do Estado comprar a energia que for produzida pelos projetos solares que venderam energia no primeiro leilão solar de Pernambuco, que aconteceu em dezembro do ano passado. Na época, foram contratados 122 MWp, que equivale a 23 MW médios, a um preço de R$ 228,63/MWh. A ideia inicial era que a energia ficasse com empresas localizadas no estado e elas teriam desconto de ICMS. "A gente vai identificar se o Estado tem condições de comprar essa energia por um preço mais barato ou na mesmo ordem de grandeza do que bancar o subsídio", apontou. Ele contou ainda que caso venha a ocorrer um novo leilão em Pernambuco, o Estado deverá entrar como comprador.
Azevedo comentou também que a expectativa é que Pernambuco tenha uma participação significativa nos leilões de Energia de Reserva e A-5, que contemplam a fonte solar. De acordo com o secretário, somente no leilão A-5, dos 6 GW inscritos, quase 1 GW são de projetos no estado. "A gente está muito confiante de que teremos uma participação importante no leilão federal", declarou. (canalenergia)

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