Ideia é saber potencial de projetos no estado. Estudo deve estar concluído até outubro/14.
O Estado de
Pernambuco está aprofundando os estudos sobre a fonte solar. Depois de realizar
um leilão exclusivo para a fonte no fim do ano passado, o estado está
terminando um estudo em que faz um mapeamento completo das fontes eólica e
solar. A ideia é saber qual o potencial de projetos híbridos no estado. Eduardo
Azevedo, secretário de Recursos Hídricos e Energéticos de Pernambuco, conta que
o estudo contempla tecnologias mais modernas e que deverá ficar pronto ainda em
setembro ou outubro deste ano.
"Os resultados
preliminares já mostram que a gente tem um potencial interessante e estamos
estimulando as empresas a trabalharem em cima desse potencial", contou o
secretário à Agência CanalEnergia. De acordo com Azevedo, essa é uma maneira de
compartilhar a infraestrutura, uma vez que a conexão já está pronta para os
parques eólicos que estão em andamento no estado. "Os custos com
segurança, com locação de terra, seriam compartilhados e, consequentemente,
teria condições de ter preços mais competitivos na venda da energia
solar", explicou.
Ele disse ainda que
um segundo leilão solar no estado não está descartado, mas que o foco agora é
finalizar o primeiro certame. Segundo ele, ainda faltam algumas licenças e
definições que precisam ser tomadas no âmbito do Ministério de Minas e Energia
e da Agência Nacional de Energia Elétrica como, por exemplo, o estabelecimento
da garantia física dos projetos vencedores.
Além disso, Azevedo
contou que deverá ser finalizado em agosto um estudo que identifica se é
possível o governo do Estado comprar a energia que for produzida pelos projetos
solares que venderam energia no primeiro leilão solar de Pernambuco, que
aconteceu em dezembro do ano passado. Na época, foram contratados 122 MWp, que
equivale a 23 MW médios, a um preço de R$ 228,63/MWh. A ideia inicial era que a
energia ficasse com empresas localizadas no estado e elas teriam desconto de
ICMS. "A gente vai identificar se o Estado tem condições de comprar essa
energia por um preço mais barato ou na mesmo ordem de grandeza do que bancar o
subsídio", apontou. Ele contou ainda que caso venha a ocorrer um novo
leilão em Pernambuco, o Estado deverá entrar como comprador.
Azevedo comentou
também que a expectativa é que Pernambuco tenha uma participação significativa
nos leilões de Energia de Reserva e A-5, que contemplam a fonte solar. De
acordo com o secretário, somente no leilão A-5, dos 6 GW inscritos, quase 1 GW
são de projetos no estado. "A gente está muito confiante de que teremos
uma participação importante no leilão federal", declarou. (canalenergia)
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