terça-feira, 30 de setembro de 2014

Energia: Belo Monte o maior projeto do mundo

Hidroelétrica de Belo Monte será a maior geradora de energia do mundo.
Atualmente, cerca de 76,9% da energia elétrica produzida no Brasil vem de usinas hidrelétricas. De acordo com dados do Governo Federal, hoje existem 37 hidrelétricas no país e o plano é expandir o número. As usinas hidrelétricas produzirem muito menos poluentes que outras fontes de energia e não produzirem dejetos tóxicos ou radioativos, como as usinas nucleares.
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte será a terceira maior usina hidrelétrica do mundo, atrás de Três Gargantas, na China, e de Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai. Sua localização é o Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no norte do Pará. Quando ficar pronta, a Usina de Belo Monte deve gerar o suficiente para atender ao consumo de 20 milhões de pessoas durante um ano.
O complexo Belo Monte na verdade será composto de 3 barragens. A primeira, será de 36 metros de altura, mais de 6 km2, e criará um lago com uma superfície de 129 km2. Isto irá fornecer uma estação de energia. Dois canais irão canalizar a água para outro reservatório criado pela barragem de Belo Monte, que fornecerá outra usina. A barragem de Belo Monte será de 90 metros de altura, mas apenas 3,5 km de largura, e criará um lago de 42 km2.
No lado positivo, uma imensa quantidade de energia será gerada, a hidrelétrica de Belo Monte é o maior projeto de hidrelétrica do mundo. A capacidade prevista de Belo Monte ainda não é certa, mas é reivindicada pela Eletrobrás, e deve abastecer o Estado do Pará (população 7,5 milhões). Uma vez construídas, as despesas de funcionamento será mínima, e a energia elétrica da usina, se fornecida continuamente, pode fazê-lo durante mais de 50 anos.
A Região Norte do Brasil carece de centrais elétricas de base e isso faz com que a região seja recordista nacional de blecautes, situações em que o fornecimento de energia elétrica é interrompido.
Para atender todas as necessidades da Região Norte do Brasil, ela conta com várias pequenas usinas termelétricas. Só para termos uma ideia da situação atendidos precária à época do “apagão”, 2001, esses 45% do território brasileiro eram por mais de 1.200 unidades geradoras que compunham uns 300 sistemas isolados de fornecimento de energia elétrica e somavam uma potência total instalada de 2,6 GW; dos quais 2,1 GW eram providos por termelétricas, algumas a gás natural.
O Brasil precisa de mais energia. A demanda no país, segundo a Agência Internacional de Energia, deve crescer 2,2% ao ano entre 2009 e 2035. Mais do que a média mundial, de 1,3%, e até do que a China, de 2%. Neste ritmo, o Brasil precisaria dobrar sua capacidade de geração de energia a cada 12 anos. Uma solução bastante viável que as empresas poderiam adotar, com o objetivo de reduzir o consumo elétrico, seria o estudo de adequação tarifária.
A área alagada de 640 km2 é pequena. Tucuruí ocupa 2 850 km2. Itaipu, 1 350. Também criticam o fato de que a usina vai operar a 42% de sua capacidade, em média. Mas é o normal, por causa das estiagens. E mais eficiente do que lá fora, que possui como média da sua capacidade de operação:
ESPANHA – 21%
FRANÇA – 35%
BELO MONTE – 42%
EUA – 46%
BRASIL – 50%
Belo Monte tem a seu favor o fato de que a potência instalada fará dela a maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira, visto que a Usina Hidrelétrica de Itaipu está localizada na fronteira entre Brasil e Paraguai. A geração de energia limpa e a autossuficiência na sua geração são um diferencial invejável para a maioria dos países do planeta.
O maior atrativo é a geração de energia barata: mil chuveiros ligados por uma hora dão um megawatt-hora (MWh). Em Belo Monte, 1 MWh custará R$ 22. Essa energia tirada de uma usina eólica custaria R$ 99 e de uma solar, quase R$ 200. (tecnocontrol)

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