Estudo situa Brasil como um dos piores países em eficiência
energética
O Brasil e o México
encerram o ranking das 16 principais economias do planeta no quesito eficiência
energética, que a Alemanha, com suas rígidas normas de construção, lidera,
informou um grupo ambientalista em 17/07/14.
O estudo sobre as 16
potências, realizado pelo Conselho para uma Economia Energeticamente Eficiente,
colocou o Brasil na penúltima posição e o México, na última, e se disse
preocupado com o ritmo dos esforços de Estados Unidos e Austrália.
Segundo os autores da
pesquisa, o Brasil e o México demonstraram investimentos escassos em programas
de eficiência energética, embora suas usinas térmicas sejam eficientes.
Lanterna do grupo, o
México carecia de eficiência energética no transporte de carga, destinando
poucos recursos ao transporte ferroviário.
No topo da lista, o
conselho atribuiu à Alemanha, a maior economia europeia, a melhor pontuação por
suas normas em prédios residenciais e comerciais, na tentativa de reduzir em
20% até 2020 o consumo de energia com relação a 2008.
“Alegra-nos receber
um segundo prêmio em uma semana”, reagiu Philipp Ackermann, adido na embaixada
alemã de Washington, em alusão à Copa do Mundo de futebol, conquistada no
Brasil.
Ackermann destacou
que seu país alcançou um crescimento econômico, ao mesmo tempo em que melhorou
sua eficiência energética e reduziu os efeitos ambientais do comércio de
energia.
“Todos concordamos,
penso, que a energia mais barata é aquela que não é preciso produzir”, observou
Ackermann.
O estudo situou a
Itália em segundo lugar, destacando a eficiência nos transportes e o conjunto
da União Europeia em terceiro lugar. China e França empataram em quarto,
seguidas de Japão e Inglaterra.
O informe destacou
que a China usou menos energia por metro quadrado do que qualquer outro país,
embora suas normas de construção nem sempre sejam rigorosas.
“A China pode fazer
muito mais, também desperdiçam muita energia, mas estão realmente progredindo”,
afirmou Steven Nadel, diretor executivo do conselho.
O estudo destacou, no
entanto, um “claro retrocesso” na Austrália, cujo primeiro-ministro, Tony
Abbott, é um cético das mudanças climáticas. De fato, nesta quinta-feira a
Austrália aboliu um controverso imposto sobre o carbono.
Os Estados Unidos
ficaram na 13ª posição. Segundo o estudo, a principal economia do mundo fez
avanços, mas em nível nacional desperdiça energia de forma absurda. (ecodebate)
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