Racionamento pode ser evitado
com reservatório a 35%, diz CPFL
Presidente da empresa diz que
cenário de aumento da oferta e redução da demanda na casa de 5% evitaria
problemas de abastecimento.
O país passará o ano de 2015 sem problemas de abastecimento desde que os
reservatórios estejam entre 35% a 40% e com a redução do consumo entre 3% a 5%.
Esse deve ser o resultado da combinação entre a retração da atividade econômica
que o país vive este ano associado ao início de campanhas para o uso mais
racional da energia promovido tanto pela Abradee quanto pelo governo
federal.
De acordo com o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr, o maior
impacto sobre o consumo deverá ser visto com a redução da atividade econômica.
Ele estimou que no geral o país poderá ter uma queda de 3% no consumo como
fruto do cenário econômico pelo qual o país passa. O restante poderá ser atribuído
à redução da demanda dos consumidores. Porém, ressaltou que esse número depende
diretamente do comportamento de consumo das pessoas. “Com 35% dos reservatórios
passamos o ano sem nenhum problema”, disse ele.
Questionado se o problema não seria transferido para 2016, o executivo
disse que o problema da crise hídrica é, obviamente, a falta de chuvas que
atingiu o país. Com cerca de 70% da capacidade de geração de energia dependendo
da fonte hidráulica, qualquer variação na hidrologia impacta a capacidade de
geração. Contudo, por outro lado, se no próximo verão as chuvas se normalizarem
ou ficarem próximos à média histórica é possível que os reservatórios voltem a
um nível confortável de armazenamento e que não se tenha problema como o atual.
“Costumo dizer que a solução é que se tenha chuva, o racionamento é
pior. No ano de 2001 a condição era diferente porque não tínhamos a capacidade
térmica atual, além disso estamos adicionando nova capacidade de geração como
das usinas do Madeira e eólicas. Portanto, estamos vendo o aumento da oferta ao
mesmo tempo que se espera ligeira redução da demanda e se voltarem as chuvas,
chegaremos ao final de abril de 2016 com 70% de armazenamento”, explicou ele. (canalenergia)
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