“Selo Verde” Certificado de Energia Gerada a partir da Cana de Açúcar
Um protocolo de cooperação que cria o primeiro
certificado de energia verde do estado de São Paulo, assinado pelo governador
Geraldo Alckmin, durante a cerimônia de abertura do Ethanol Summit 2011, é uma
medida fundamental para que esse tipo de geração de energia cresça e realize
seu imenso potencial. A opinião é da União da Indústria de Cana-de-Açúcar
(Unica), realizadora do evento.
O protocolo cria o chamado “Selo Verde”, um esforço
conjunto da Unica, do governo paulista e da Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica (CCEE), que vai identificar produtores e usuários de energia
elétrica gerada de forma limpa e renovável a partir do bagaço e da palha da
cana-de-açúcar. “É um avanço importantíssimo, que servirá para mostrar ao
consumidor que ao adquirir a energia elétrica contratada direto de uma usina,
ele estará utilizando um produto que vem da cana-de-açúcar, uma planta que em
todo o seu ciclo produtivo ajuda a resgatar dióxido de carbono da atmosfera”,
afirma o presidente da Unica, Marcos Jank.
O protocolo prevê a emissão por parte do governo de
São Paulo, através de sua Secretaria de Energia, de certificados para consumidores
que adquiram energia elétrica de usinas do setor sucroenergético paulista,
junto ao chamado Ambiente de Contratação Livre. Essas usinas devem ser,
obrigatoriamente, signatárias do Protocolo Agroambiental do Setor
Sucroenergético, assinado em 2007, que entre outros pontos promove a
antecipação dos prazos legais para o fim da queima da palha da cana.
A previsão é que, consumidores
livres e especiais que adquiram bioeletricidade das usinas participantes do
programa já poderão solicitar o Selo Verde junto à Secretaria de Energia do
Estado de São Paulo. Consumidores livres e especiais são aqueles que podem
escolher seu fornecedor de energia elétrica, conforme a regulamentação
setorial.
O consumidor livre ou especial localizado fora de São
Paulo também poderá obter o Selo Verde, desde que adquira bioeletricidade de
usinas sucroenergéticas que participem do Programa de Certificação. Atualmente,
o mercado livre de energia elétrica representa 25% do consumo nacional. (gestaonocampo)
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