Jornal Nacional entra na usina de Fukushima e mostra
zona proibida
Usina do Japão concentrou as atenções de todo o
planeta quatro anos atrás – quando aconteceu um dos piores acidentes nucleares
da história.
O correspondente na Ásia, Márcio Gomes, entrou na
usina de Fukushima, no Japão, que concentrou as atenções de todo o planeta
quatro anos atrás - quando aconteceu um dos piores acidentes nucleares da
história.
O caminho até Fukushima é uma zona proibida. Em um
raio a dez quilômetros da usina, interdições e abandono. Sacos guardam terra
radioativa, raspada da superfície, mas o índice de contaminação ainda é
elevado.
A visita da equipe do Jornal Nacional foi
autorizada, desde que ficasse a maior parte do tempo em um ônibus. A equipe
usou um nível mínimo de proteção: para os pés, mãos e ainda uma máscara e um
medidor de radiação.
Os sinais do tsunami logo aparecem. Uma grande torre
de energia no chão, retorcida pela força da água, em março de 2011.
Ondas de 15 metros de altura atingiram o nordeste do
Japão depois do terremoto. Houve explosões e vazamento de material radioativo.
Hoje, sete mil pessoas trabalham para desmontar
Fukushima, e isso pode levar 40 anos. O combustível nuclear foi retirado de
apenas um dos reatores. Em outros três, a situação é grave por ser indefinida.
O representante da usina explica: sequer robôs conseguem entrar ali.
O nível de radiação é altíssimo. O urânio ainda gera
calor e precisa ser resfriado: são 300 mil litros d’água por dia.
Existem cerca de mil tanques que armazenam água
radiativa em toda a região da usina de Fukushima. Foram construídos há quatro
anos de maneira emergencial, mas ainda estão lá.
A usina está tratando essa água, com a ideia de
lançá-la, menos contaminada, no mar, mas ainda não tem autorização para isso.
Sobre os desafios que Fukushima tem pela frente, um
dos diretores da usina diz: "Ainda estamos analisando os cenários para
definir as prioridades ".
Seja qual for o caminho, o certo é que não há chance
para erro. (g1)
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