sexta-feira, 10 de abril de 2015

JN entra na usina de Fukushima e mostra zona proibida

Jornal Nacional entra na usina de Fukushima e mostra zona proibida
Usina do Japão concentrou as atenções de todo o planeta quatro anos atrás – quando aconteceu um dos piores acidentes nucleares da história.
O correspondente na Ásia, Márcio Gomes, entrou na usina de Fukushima, no Japão, que concentrou as atenções de todo o planeta quatro anos atrás - quando aconteceu um dos piores acidentes nucleares da história.
O caminho até Fukushima é uma zona proibida. Em um raio a dez quilômetros da usina, interdições e abandono. Sacos guardam terra radioativa, raspada da superfície, mas o índice de contaminação ainda é elevado.
A visita da equipe do Jornal Nacional foi autorizada, desde que ficasse a maior parte do tempo em um ônibus. A equipe usou um nível mínimo de proteção: para os pés, mãos e ainda uma máscara e um medidor de radiação.
Os sinais do tsunami logo aparecem. Uma grande torre de energia no chão, retorcida pela força da água, em março de 2011.
Ondas de 15 metros de altura atingiram o nordeste do Japão depois do terremoto. Houve explosões e vazamento de material radioativo.
Hoje, sete mil pessoas trabalham para desmontar Fukushima, e isso pode levar 40 anos. O combustível nuclear foi retirado de apenas um dos reatores. Em outros três, a situação é grave por ser indefinida. O representante da usina explica: sequer robôs conseguem entrar ali.
O nível de radiação é altíssimo. O urânio ainda gera calor e precisa ser resfriado: são 300 mil litros d’água por dia.
Existem cerca de mil tanques que armazenam água radiativa em toda a região da usina de Fukushima. Foram construídos há quatro anos de maneira emergencial, mas ainda estão lá.
A usina está tratando essa água, com a ideia de lançá-la, menos contaminada, no mar, mas ainda não tem autorização para isso.
Sobre os desafios que Fukushima tem pela frente, um dos diretores da usina diz: "Ainda estamos analisando os cenários para definir as prioridades ".
Seja qual for o caminho, o certo é que não há chance para erro. (g1)

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