Schneider: divisão de projetos
para eficiência energética ganha força no Brasil
Tarifa elevada traz a
necessidade de atacar o problema do desperdício de energia por meio dos
benefícios econômicos que essas medidas de conservação trazem.
A
sondagem sobre a percepção das empresas sobre eficiência energética que a
Schneider divulgou esta semana servirá de base para que a companhia possa
oferecer soluções para o segmento que menos tem ações de conservação de
energia, as médias e pequenas empresas. Apesar da multinacional francesa
considerar que o uso mais eficiente de energia está presente em toda a sua
linha de produtos, é justamente a área que cuida do segmento de projetos de
eficiência energética que deverá continuar sendo a que mais cresce dentro da
organização no Brasil.
De
acordo com o presidente da Schneider Electric Brasil, Rogério Zampronha, a
divisão de projetos em conservação de energia é a que mais cresce no momento.
Esse comportamento é atribuído ao momento econômico pelo qual passa o país,
associado à crise hídrica, que tem elevado cada vez mais os custos de energia
elétrica. Segundo a sondagem da empresa, esta é a maior fonte energética das
companhias no país.
“Há
a divisão para soluções [de eficiência energética], que cresce muito, é
a que mais cresce nesse momento em função de um mercado que está incerto em
óleo e gás e com a perspectiva de que teremos um PIB andando para trás. Essa é
sem dúvida uma área que se destaca na empresa”, disse o executivo à Agência
CanalEnergia. “Nossa sondagem gera informações de valor para nós entendermos e
atingirmos determinados mercados”, acrescentou.
Nessa
compreensão do que o mercado espera de projetos nesse área estão soluções que
tragam mais benefícios econômicos do que aqueles com apelo ambientais, apesar
de estarem ligados de certa forma. Na avaliação do executivo, os resultados
mostram que há um distanciamento das ações individuais de cada empresa e seu
impacto ambiental no que se refere à preservação do meio ambiente. Por isso, a
Schneider deve procurar atender as necessidades desses clientes de forma a
considerar os benefícios econômicos que as medidas de redução de consumo podem trazer.
“Essa
característica nos força a gerar soluções que tragam payback mais
interessante aos clientes. Ainda mais se as empresas estão com as finanças
pressionadas pelo ambiente macroeconômico que o pais vive”, indicou Zampronha.
Essa
solução seria um modelo de contratação de projetos que levaria mais em conta a
remuneração pelo projeto em decorrência dos ganhos proporcionados pela sua
operação e não pelo investimento necessário para a sua implementação. A
Schneider, acrescentou ele, já atua dessa forma, onde o cliente paga o projeto
com o ganho que tem na operação de medidas com eficiência energética.
Entre
as formas de se trabalhar projetos de eficiência energética, o executivo da
Schneider disse que a GD Fotovoltaica é um tipo de projeto que tende a se massificar.
Contudo, ainda há entraves burocráticos e tributários que impedem sua expansão.
Quanto aos preços, tomando como base o leilão de energia de reserva em que se
contratou 1GWp em capacidade instalada, Zampronha, comentou estar surpreso
com o patamar que chegou. “Falta resolver apenas esses entraves para
vermos a GD fotovoltaica deslanchar. Temos visto empresas procurando telhados
para alugar e ali colocar um projeto desses. Afinal, a nossa pior insolação é
melhor que a melhor que existe na Europa, então não dá para desperdiçar essa
fonte”, finalizou. (canalenergia)
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