domingo, 26 de abril de 2015

Projetos para eficiência energética ganha força no Brasil

Schneider: divisão de projetos para eficiência energética ganha força no Brasil
Tarifa elevada traz a necessidade de atacar o problema do desperdício de energia por meio dos benefícios econômicos que essas medidas de conservação trazem.
A sondagem sobre a percepção das empresas sobre eficiência energética que a Schneider divulgou esta semana servirá de base para que a companhia possa oferecer soluções para o segmento que menos tem ações de conservação de energia, as médias e pequenas empresas. Apesar da multinacional francesa considerar que o uso mais eficiente de energia está presente em toda a sua linha de produtos, é justamente a área que cuida do segmento de projetos de eficiência energética que deverá continuar sendo a que mais cresce dentro da organização no Brasil.
De acordo com o presidente da Schneider Electric Brasil, Rogério Zampronha, a divisão de projetos em conservação de energia é a que mais cresce no momento. Esse comportamento é atribuído ao momento econômico pelo qual passa o país, associado à crise hídrica, que tem elevado cada vez mais os custos de energia elétrica. Segundo a sondagem da empresa, esta é a maior fonte energética das companhias no país.
“Há a divisão para soluções [de eficiência energética], que cresce muito, é a que mais cresce nesse momento em função de um mercado que está incerto em óleo e gás e com a perspectiva de que teremos um PIB andando para trás. Essa é sem dúvida uma área que se destaca na empresa”, disse o executivo à Agência CanalEnergia. “Nossa sondagem gera informações de valor para nós entendermos e atingirmos determinados mercados”, acrescentou.
Nessa compreensão do que o mercado espera de projetos nesse área estão soluções que tragam mais benefícios econômicos do que aqueles com apelo ambientais, apesar de estarem ligados de certa forma. Na avaliação do executivo, os resultados mostram que há um distanciamento das ações individuais de cada empresa e seu impacto ambiental no que se refere à preservação do meio ambiente. Por isso, a Schneider deve procurar atender as necessidades desses clientes de forma a considerar os benefícios econômicos que as medidas de redução de consumo podem trazer.
“Essa característica nos força a gerar soluções que tragam payback mais interessante aos clientes. Ainda mais se as empresas estão com as finanças pressionadas pelo ambiente macroeconômico que o pais vive”, indicou Zampronha.
Essa solução seria um modelo de contratação de projetos que levaria mais em conta a remuneração pelo projeto em decorrência dos ganhos proporcionados pela sua operação e não pelo investimento necessário para a sua implementação. A Schneider, acrescentou ele, já atua dessa forma, onde o cliente paga o projeto com o ganho que tem na operação de medidas com eficiência energética.
Entre as formas de se trabalhar projetos de eficiência energética, o executivo da Schneider disse que a GD Fotovoltaica é um tipo de projeto que tende a se massificar. Contudo, ainda há entraves burocráticos e tributários que impedem sua expansão. Quanto aos preços, tomando como base o leilão de energia de reserva em que se contratou 1GWp em capacidade instalada, Zampronha, comentou estar surpreso com o patamar que chegou. “Falta resolver apenas esses entraves para vermos a GD fotovoltaica deslanchar. Temos visto empresas procurando telhados para alugar e ali colocar um projeto desses. Afinal, a nossa pior insolação é melhor que a melhor que existe na Europa, então não dá para desperdiçar essa fonte”, finalizou. (canalenergia)

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