Subsidiária
que iniciou operação este ano já vê a necessidade de rever estimativa de
crescimento diante do cenário mais favorável para esse mercado no país.
O mercado de eficiência energética entrou na pauta de
negócios da CPFL que, desde o início do ano, tem uma subsidiária para atuar
nesse segmento, a CPFL Eficiência. A companhia foi criada para atuar no
ambiente não regulado, e agora, com o atual momento do setor elétrico, há um
pico de oportunidade de atuação, desde os projetos de eficiência, passando pela
geração distribuída e autoprodução, áreas que se tornam atrativos ao passo que
a tarifa de energia fica mais elevada.
Segundo o diretor geral da nova companhia, Luciano
Ribeiro, o atual cenário do setor deve levar a uma revisão do plano de negócios
em um futuro breve para rever as estimativas de crescimento que se tornaram
mais favoráveis. Ele disse à Agência CanalEnergia que a empresa foi idealizada
e estruturada no ano passado para que iniciasse as operações em janeiro de
2015.
“Eficiência energética é um assunto que está sendo muito
discutido atualmente. O setor elétrico sempre investiu no sentido de aumentar a
oferta de energia e no atual cenário, com a questão climática e restrições
ambientais, vemos uma grande dificuldade na questão da oferta. Por isso, temos
agora que atuar no consumo”, disse o executivo.
Entre os produtos que a nova empresa do grupo CPFL
Energia possui estão projetos de eficiência energética com trabalho de
diagnóstico e potenciais soluções por meio de retrofit, projetos de
geração distribuída solar fotovoltaica que envolve desde o projeto, a
instalação e operação. E ainda, automação e a inserção de novas tecnologias
como cogeração. Nesse sentido, disse ele, a novidade é a possibilidade de se
aproveitar o vapor de baixa pressão para o setor industrial, condensar o vapor
e transformá-lo em água.
Na solar, a empresa reporta que tem notado grande
interesse por essa área. Tanto que contabiliza consultas para cinco grandes
projetos para a indústria de capacidades instaladas entre 0,5 MW a 1 MW de
capacidade. A usina de Tanquinho, ressaltou ele, serviu como um grande
aprendizado. No segmento de autoprodução, a nova empresa possui um portfólio
que foi migrado da CPFL Serviços. “Temos hoje cerca de 90 MW instalados no
Brasil. No princípio do ano aumentou para 110 MW por meio de contratos fechados
para geração a diesel”, lembrou ele. A empresa atua nesse segmento como
operador dessas capacidades de produção de energia em horário de ponta ou como backup
para os clientes.
“Onde a tarifa é muito alta os projetos tornam-se viáveis
e podemos atender no Brasil todo. Como temos sinergia com a nossa
comercializadora podemos adquirir a energia excedente se o cliente não precisar
desse volume gerado”, disse ele.
O crescimento da empresa, disse Ribeiro, será o
resultado de uma combinação de soluções. Essa combinação passa pela tendência
do avanço de projetos de GD, que ele classificou como um caminho sem volta
a partir do momento que ganhar escala e ter a desoneração do ICMS. Com relação
à autoprodução, a empresa considera que há, nos próximos anos, um pico de
oportunidades e, de forma geral, projetos de eficiência energética.
A CPFL Eficiência não deverá ficar restrita à
conservação apenas de energia elétrica. No foco de atuação da empresa está
ainda o gás natural e o vapor de água dos processos industriais. O foco,
destacou o executivo, é agregar maior valor ao cliente proporcionando a ele
maior competitividade ao reduzir custos de produção, o que traz mais
eficiência. (canalenergia)
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