Simple Energy: com 1 GW chamada
para geração própria será um sucesso
Apesar de existir 1,7 GW em
capacidade que pode ser entrar no sistema, consultoria que realizou estudo
acredita que volume a ser injetado na rede será menor.
A Portaria 44 do Ministério de Minas e Energia abriu a
perspectiva para o óleo diesel entrar na contratação de geração própria. Com
essa possibilidade há 1,7 GW de capacidade instalada que poderão entrar na
forma de geração distribuída para reforçar o sistema, segundo a Cogen. Contudo,
se o país conseguir viabilizar 1 GW essa medida já poderá ser considerada bem
sucedida na visão da Simple Energy, a consultoria que iniciou os estudos para
se introduzir a contratação da energia a gás natural fora do horário de ponta.
Os
valores de R$ 1.420,34/MWh para geração a diesel e RR$$ 792,49/MWh para o gás
natural – além do teto regulatório do PLD para as demais fontes – foram
considerados interessantes. Contudo, o retorno, explicou o sócio diretor da
Simple Energy, Braz Justi, dependerá do grau de maturação do projeto
internamente. Mas, no geral, disse ele, esse nível de remuneração servirá
para qualquer tipo de situação de geradores próprios.
“No
modelo que desenvolvemos chegamos à viabilidade do gás natural, mas com a
portaria 44 entraram também os geradores a diesel. Com a ampliação das fontes
de geração aumentou o leque de possíveis clientes que com quem poderemos
trabalhar”, afirmou o executivo à Agência CanalEnergia que se mostra otimista com o
avanço dos negócios decorrentes da geração própria.
Aliás,
com a redução do PLD à metade do ano passado, contou Justi, o cliente que havia
encomendado o estudo estava receoso de que o trabalho feito para viabilizar o
modelo perdesse validade. O que não ocorreu porque a solução foi a remuneração
via Encargo de Serviço de Sistema, uma vez que havia o limite do PLD. Com
a regulamentação por meio do artigo 5º da portaria, a viabilização estava
garantida.
Na
ideia original, disse o executivo, a Simple que possui uma empresa de
consultoria e uma comercializadora ficaria com a responsabilidade de
liquidação. Mas, com a definição da distribuidora como a agente liquidante do
processo a empresa perderia essa atividade, compensada de certa forma com a
possibilidade de entrada dos geradores a diesel. E como esses geradores
próprios precisam de uma estrutura para atender a essa nova geração ampliada, a
empresa viu a perspectiva de expandir seus negócios.
Para
isso, disse Justi, a Simple organizou uma estrutura tripartite sendo que ficou
com a expertise regulatória para viabilizar o negócio, um parceiro logístico
entrou com a responsabilidade de gerenciar a questão do combustível e uma
terceira empresa para a operação e manutenção. Até porque, lembrou, cada um
desses pilares é importante em função desse consumidor ter a capacidade de
gerar energia apenas 3 horas por dia, agora podendo ser o dia todo, que são
coisas bem distintas.
Outra
perspectiva, apesar da portaria estabelecer a data de 18 de dezembro para
finalizar os contratos da chamada pública que será feita para a geração
própria, é que a medida pode ser postergada. Com essa possibilidade é viável
até mesmo a ampliação dos negócios para a aquisição de geradores adicionais
onde o cliente mantém um equipamento para atender seu suprimento regular além
de ter outro adicional para operar por 24 horas e jogar a energia na rede.
(canalenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário