Geração híbrida pode elevar
fontes renováveis na matriz energética brasileira
Após
estabilizar demanda, oferta e distribuição, desafio do País para os próximos
anos é ampliar o uso de fontes como eólica e solar.
Projeto
inédito instala placas solares sobre lado de hidrelétrica no AM – Se 1% da área
da represa for coberta com geradores fotovoltaicos, capacidade de geração da
usina de Balbina será multiplicada por 10, diz presidente da Eletrobras.
A
falta de planejamento para o setor elétrico, no passado, já trouxe grandes
dificuldades para o povo brasileiro. A dependência, quase que exclusiva, de
usinas hidrelétricas para a geração de energia exigia que o regime de chuvas
não ficasse abaixo do esperado, abastecendo os reservatórios e garantindo o
funcionamento das hidrelétricas. Após investimentos realizados nas áreas de
geração e transmissão, a realidade brasileira mudou e a falta de energia já não
é um problema atualmente.
O
desafio agora é outro: aumentar a participação de energias limpas e renováveis
na matriz energética brasileira.
Esse
processo tem norteado as ações do governo federal no setor. O setor eólico é um
bom exemplo disso. Há 10 anos, a geração de energia elétrica usando o vento era
praticamente nula, e hoje já é responsável por 5% de toda a energia que chega
aos comércios e residências. Segundo estimativas do Plano Decenal de Expansão de
Energia 2024, elaborado pelo Ministério de Minas e Energia, a participação de
fontes renováveis de energia (incluindo eólica, solar e biomassa, e excluindo
as hidrelétricas) será de 27,3%.
O
avanço dessas tecnologias, contudo, ainda depende de melhorias tecnológicas que
permitam mais eficiência e menores custos, possibilitando que elas possam
substituir outras formas de geração, como a termelétrica movida a óleo diesel,
utilizada hoje nos períodos de baixa em reservatórios de hidrelétricas.
“As pessoas as vezes não percebem que energia elétrica custa caro, principalmente quando é necessário o uso de combustível fóssil e esse combustível precisa atravessar grandes distâncias”, comentou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, durante a cerimônia de lançamento do projeto piloto de geração híbrida, na hidrelétrica de Balbina (AM). Segundo ele, o custo do megawatt por hora em regiões mais distantes pode sair até quatro vezes mais caro do que é efetivamente cobrado.
“As pessoas as vezes não percebem que energia elétrica custa caro, principalmente quando é necessário o uso de combustível fóssil e esse combustível precisa atravessar grandes distâncias”, comentou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, durante a cerimônia de lançamento do projeto piloto de geração híbrida, na hidrelétrica de Balbina (AM). Segundo ele, o custo do megawatt por hora em regiões mais distantes pode sair até quatro vezes mais caro do que é efetivamente cobrado.
“Como
é que nós vamos mudar essa realidade? Só de uma maneira: adicionando novas
tecnologias e com inovações para baratear o custo de energia elétrica”,
avaliou. Braga ainda lembrou que, desde a implantação do programa ‘Luz para
Todos’, o governo tem buscado associar o equilíbrio financeiro do setor com
tarifas justas do ponto de vista social.
Uma
das formas de baratear esses custos é a chamada geração híbrida, em que duas
fontes de energia compartilham uma infraestrutura já montada. O projeto piloto
que associa a geração hidrelétrica com solar vai estudar a viabilidade da
tecnologia em Balbina e também na Hidrelétrica de Sobradinho (BA).
“Acho
que a geração híbrida é mais um ponto que o ministro Eduardo Braga está
colocando para o setor elétrico. É uma inovação. Vamos ter que olhar para a
geração hidrelétrica com solar, solar com eólica, eólica com hidrelétrica,
temos que ter essa capacidade de saber como utilizar o sistema e otimizar
nossas infraestruturas”, avaliou Orestes Gonçalves Junior, diretor da
Sunlution, uma das empresas envolvidas na proposta de geração solar em
hidrelétricas. (ecodebate)
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