quarta-feira, 20 de abril de 2016

EDF desenvolve simulador de operação térmica

EDF Norte Fluminense desenvolve simulador de operação térmica
Plataforma computacional poderá ser utilizada para treinamento de operadores de termelétricas de ciclo combinado ou aberto.
Após cinco anos de trabalho, a EDF Norte Fluminense concluiu um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento inédito no Brasil, segundo a empresa. Trata-se de um simulador full scope, que reproduz fielmente o ciclo completo de operação de uma usina termelétrica. O "Simulador Dinâmico de Usinas Termelétricas de Ciclo Combinado" contou com a colaboração da empresa GT2 Energia e já está sendo utilizado nas instalações da usina a gás natural da EDF, em Macaé (RJ), para o treinamento de operadores. A plataforma computacional foi desenvolvida com recursos da EDF Norte Fluminense no âmbito do programa de P&D da Aneel e recebeu investimento de R$ 9,5 milhões.
Segundo a companhia, o termo "full scope" designa o simulador capaz de representar o comportamento de todos os equipamentos utilizados no processo de geração termelétrica, desde a entrada do gás, até os transformadores da subestação, incluindo grandes equipamentos, tais como turbinas a gás, caldeiras de recuperação de calor, turbinas a vapor e condensador, além de componentes de menor porte, como válvulas e pequenas bombas, excetuando-se apenas o processo de tratamento de água. Além de indicar as condições operativas da usina em uma determinada condição ambiental e operacional, essa ferramenta é capaz de reproduzir os fenômenos transitórios pelos quais passam os equipamentos durante manobras para alteração de carga, partida e parada, auxiliando na identificação dos agentes causadores de falhas e na formulação de procedimentos de manutenção que venham a minimizar o tempo de parada de uma usina.
Além de atender à EDF Norte Fluminense, o simulador pode ser utilizado no treinamento de operadores de usinas similares à EDF Norte Fluminense. A plataforma poderá ser utilizada para o desenvolvimento de outros simuladores, para usinas de ciclo combinado ou ciclo aberto, de qualquer fabricante, e para análise de fenômenos associados a esse tipo de usina, aumentando a confiabilidade operacional na geração de energia, pois as manobras poderão ser executadas virtualmente antes de serem aplicadas em campo. O programa foi apresentado à Aneel, em reunião que contou com a presença de membros da superintendência de P&D da agência e de outras superintendências do órgão. Segundo a EDF, a receptividade da agência foi muito boa, dado o potencial de aplicação para o setor elétrico brasileiro.
(canalenergia)

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