terça-feira, 26 de abril de 2016

Força eólica do Brasil avalia investir em fonte solar

Joint Venture entre Iberdrola e Neoenergia aguarda por melhores preços e estabelecimento de cadeia produtiva nacional para viabilizar seus projetos no país.
A joint venture Força Eólica do Brasil, uma sociedade entre a espanhola Iberdrola e a brasileira Neoenergia, tem planos para entrar na geração solar. Ainda não há uma previsão de quando começarão os aportes nesse segmento, mas já há projetos no foco da empresa, entre eles um de 120 MW na região Sudeste. Por enquanto, a companhia aguarda a melhoria dos preços nos leilões ao mesmo tempo em que busca áreas de interesse para implantar os empreendimentos e realiza estudos com a meta de avaliar a viabilidade desses projetos no país.
Segundo a diretora da geradora, Laura Porto, o modelo de implantação desse tipo de geração não inclui a realização de aportes em parques híbridos, que unem a solar fotovoltaica e a eólica. Essa posição é assumida ao avaliar que as duas fontes possuem ponto de eficiência diferente em um mesmo lugar. “Não se consegue o máximo de ambas. O normal é existir terrenos muito bons para a solar e que não são tão bons para a eólica e o contrário também”, exemplificou.
Um dos pontos de atenção da empresa é o caminho do desenvolvimento da cadeia fornecedora no país. O mercado solar ainda está em formação no Brasil e isso pode trazer riscos como o cambial ou de um fabricante que afirmou estar interessado em aportar recursos por aqui, mas que por algum motivo desiste de instalar sua fábrica para atender o mercado nacional. Isso pode impactar no custo final do projeto, pois pode ser que não se consiga obter equipamentos financiáveis e consequentemente há a necessidade de recorrer a financiamentos muito mais caros que o ofertado pelo BNDES.
“Estamos atentos para saber quais fabricantes chegarão por aqui. Isso é importante para fazer as contas”, comentou Laura Porto. Até o momento a diretora disse que há planos para um projeto de 120 MW de capacidade no Sudeste. E cita possibilidades nos estados de São Paulo e Minas Gerais, locais que apresentam áreas com bastante insolação e temperaturas amenas, importantes para a obtenção de maior eficiência da fonte solar em projetos de geração centralizada. (canalenergia)

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