segunda-feira, 30 de maio de 2016

Energia hidrocinética de redemoinhos d’água

Este tipo de energia faz parte das energias hidrocinéticas.
A energia hidrocinética de redemoinhos é uma fonte de energia renovável que pode ser produzida graças a um mecanismo criado na Universidade de Michigan/USA que é capaz de gerar energia com os redemoinhos causados pelos fluidos em torno de um corpo.
Cientista cria mecanismo que gera energia com redemoinhos na água
"Realçamos as vibrações e controlamos essa força", diz pesquisador.
É o único mecanismo de energia hidrocinética que utiliza o fenômeno.
Um engenheiro da Universidade de Michigan projetou um mecanismo que, com a "tecnologia do peixe", gera energia com os redemoinhos causados pelos fluídos em torno de um corpo, informou a publicação científica americana "Journal of Offshore Mechanics and Arctic Engineering".
Desenho conceptual de um conjunto de dispositivos.
"Nos últimos 25 anos, os engenheiros, inclusive eu, tentamos suprimir as vibrações induzidas por vórtices", explicou Michael Bernitsas, professor do Departamento de Arquitetura Naval e Engenharia Marinha da Universidade de Michigan e criador da bomba.
"Mas agora fazemos exatamente o oposto", acrescentou. "Realçamos as vibrações e controlamos essa força poderosa e destrutiva na natureza".
As vibrações induzidas por redemoinhos são ondulações causadas por um objeto arredondado ou com forma de cilindro em um fluxo de fluídos, que pode ser ar ou água.
A presença do objeto causa desvios e transtornos na velocidade da corrente na medida em que passa em torno do corpo. Isso causa redemoinhos ou vórtices.
Esses vórtices empurram o objeto para cima ou para baixo, para a esquerda ou para a direita, de maneira perpendicular à corrente.
Bernitsas batizou sua criação de Vivace, sigla em inglês para Vortex Induced Vibration Aquatic Clean Energy, ou seja, Vórtice -- forte movimento giratório -- Induzido por Vibração para Energia Aquática Limpa, traduzindo para o português.
O sistema não depende de ondas, marés, turbinas e represas, e é o único de energia hidrocinética que utiliza as "vibrações induzidas por um redemoinho".
Vivace é a primeira bomba que poderia obter energia da maioria das correntes aquáticas do mundo porque funciona em fluxos que se movimentam a menos de 2 nós (aproximadamente 3,2 km/h).
Há muito tempo se soube que os peixes aproveitam muito bem os vórtices que causam estas vibrações.
"Vivace copia aspectos da tecnologia do peixe", explicou Bernitsas no artigo. (g1)

Energia hidráulica

Este tipo de energia faz parte das energias hidrocinéticas.
Diagrama de um gerador de uma usina que utiliza da energia hidráulica
A energia hidráulica ou energia hídrica é a energia obtida a partir da energia potencial de uma massa de água. A forma na qual ela se manifesta na natureza é nos fluxos de água, como rios e lagos e pode ser aproveitada por meio de um desnível ou queda d’água. Pode ser convertida na forma de energia mecânica (rotação de um eixo) através de turbinas hidráulicas ou moinho de água. As turbinas por sua vez podem ser usadas como acionamento de um equipamento industrial, como um compressor, ou de um gerador elétrico, com a finalidade de prover energia elétrica para uma rede de energia.
A potência hidráulica máxima que pode ser obtida através de um desnível pode ser calculada pelo produto:
Em unidades do sistema internacional de unidades (SI)
· Potência (P): Watt (W)
· Queda (H): m
· Densidade (ρ): 
· Vazão volumétrica (Q):
· Aceleração da gravidade(g):
É necessário que haja um fluxo de água para que a energia seja gerada de forma contínua no tempo, por isto embora se possa usar qualquer reservatório de água, como um lago, deve haver um suprimento de água ao lago, caso contrário haverá redução do nível e com o tempo a diminuição da potência gerada (ver equação acima). As represas (barragens) são nada mais que lagos artificial, construído num rio, permitindo a geração contínua.
As represas podem ser importantes, pois caso a água fosse coletada diretamente de um rio, na medida em que houvesse uma redução da vazão do rio, como em uma época de estiagem, haveria redução da potência gerada. Assim com a formação de um lago (reservatório da barragem), nas épocas de estiagem pode-se usar a água armazenada, e se este for suficientemente grande poderá atender a um período de estiagem de vários meses ou mesmo plurianual.
No Brasil, devido a sua enorme quantidade de rios, a maior parte da energia elétrica disponível é proveniente de grandes usinas hidrelétricas. A energia primária de uma hidrelétrica é a energia potencial gravitacional da água contida numa represa elevada. Antes de se tornar energia elétrica, a energia primária deve ser convertida em energia cinética de rotação. O dispositivo que realiza essa transformação é a turbina. Ela consiste basicamente em uma roda dotada de pás, que é posta em rápida rotação ao receber a massa de água. O último elemento dessa cadeia de transformações é o gerador, que converte o movimento rotatório da turbina em energia.
Um rio não é percorrido pela mesma quantidade de água durante o ano inteiro. Em uma estação chuvosa, é claro, a quantidade de água aumenta. Para aproveitar ao máximo as possibilidades de fornecimento de energia de um rio, deve-se regularizar-se a sua vazão, a fim de que a usina possa funcionar continuamente com toda a potência instalada.
Usina Binacional de Itaipu: uma das maiores geradoras de energia elétrica do Brasil
A vazão de água é regularizada pela construção de lagos artificiais. Uma represa, construída de material muito resistente – pedra, terra, frequentemente cimento armado -, fecha o vale pelo qual corre o rio. As águas param e formam o lago artificial. Dele pode-se tirar água quando o rio está baixo ou mesmo seco, obtendo-se assim uma vazão constante.
A construção de represas quase sempre constitui uma grande empreitada da engenharia civil. Os paredões, de tamanho gigante, devem resistir às extraordinárias forças exercidas pelas águas que ela deve conter. Às vezes, têm que suportar ainda a pressão das paredes rochosas da montanha em que se apóiam.
Para diminuir o efeito das dilatações e contrações devidas às mudanças de temperatura, a construção é feita em diversos blocos, separados por juntas de dilatação. Quando a represa está concluída, em sua massa são colocados termômetros capazes de transmitir a medida da temperatura a distância; eles registram as diferenças de temperatura que se possam verificar entre um ponto e outro do paredão e indicam se há perigo de ocorrerem tensões que provoquem fendas.
A potência
A energia que pode ser fornecida por unidade de tempo chama-se potência, e é medida em watt (W). Como as potências fornecidas pelas usinas hidrelétricas são muito grandes, sempre expressas em milhares de watts, utiliza-se para sua medida um múltiplo dessa unidade, o quilowatt (kW), que equivale a 1.000 W.
A potência de uma fonte de energia elétrica pode ser calculada multiplicando-se a tensão em volts que ela é capaz de fornecer pela corrente em amperes que distribui. Dessa maneira, uma fonte capaz de distribuir 1.000 A com uma tensão de 10.000 V possui uma potência de 10 milhões de watts, ou 10.000 kW.
Uma linha de transmissão, portanto, é capaz de transportar a mesma potência de duas maneiras: com voltagem elevada e corrente de baixa intensidade, ou com voltagem baixa e alta corrente.
Quando a energia elétrica atravessa um condutor, transforma-se parcialmente em calor. Essa perda é tanto maior quanto mais elevada for a intensidade da corrente transportada e maior for a resistência do fio condutor. Assim, seria conveniente efetuar a transmissão da energia elétrica por meio de fios muito grossos, que apresentam menos resistência. Porém, não se pode aumentar excessivamente o diâmetro do condutor, pois isso traria graves problemas de construção e transporte, além de encarecer muito a instalação. Assim, prefere-se usar altos valores de tensão, que vão de 150.000 até 400.000 V.
A energia elétrica produzida nas centrais não é dotada de tensão tão alta. Nos geradores, originalmente, essa energia tem uma  tensão de cerca de 10.000 V. Valores mais altos são inadequadas, porque os geradores deveriam ser construídos com dimensões enormes. Além disso, os geradores possuem partes em movimento e não é possível aumentar arbitrariamente suas dimensões.
A energia elétrica é, pois, produzida a uma tensão relativamente baixa, que em seguida é elevada, para fins de transporte. Ao chegar às vizinhanças dos locais de utilização, a tensão é rebaixada. Essas elevações e abaixamentos são feitos por meio de transformadores.
O gerador
O gerador é um dispositivo que funciona com base nas leis da indução eletromagnética. Em sua forma mais simples, consiste numa espira em forma de um círculo. Ela fica imersa num campo magnético e roda em torno de um eixo perpendicular às linhas dessa área.
Quando fazemos a espira girar com movimento regular, o fluxo magnético que atravessa sua superfície varia continuamente. Surge assim, na espira, uma corrente induzida periódica. A cada meia volta da espira o sentido da corrente se inverte, por isso ela recebe o nome de corrente alternada. (wikipedia)

Energia das ondas

Este tipo de energia faz parte das energias hidrocinéticas.
A energia das ondas ou ondamotriz provém do aproveitamento das ondas oceânicas. É uma energia "limpa", isto é, sem quaisquer custos para o ambiente e até a atualidade, não está disponível de forma comercial, apesar de ser estudada desde o ano de 1890. A instalação de equipamentos técnicos capazes de gerar este tipo de energia ocorreu pela primeira vez em 23/09/2008 em Portugal, no Parque de Ondas da Aguçadoura, a cerca de três milhas náuticas de Aguçadoura, no município de Póvoa de Varzim.
A energia das ondas é uma fonte de energia renovável que resulta da transformação da energia contida nas ondas marítimas em energia elétrica. Este tipo de tecnologia, embora não se encontre disponível de forma comercial, tem vindo a ser desenvolvida desde os anos 70 num conjunto de países com potencial para explorar este tipo de energia, que incluem o Reino Uunido, Portugal, Noruega, Japão.
Ao contrário do que acontece na energia eólica, existe uma grande variedade de tecnologias em desenvolvimento para a produção de energia das ondas, que resultam das diferentes formas em que a energia pode ser capturada e também das diferentes profundidades e características geológicas da localização escolhida. Desta forma podem ser encontrados mais do que uma centena de sistemas de energia das ondas em diversas fases de desenvolvimento.
Para além de um conjunto de protótipos em fase de teste, existem em operação há cerca de 10 anos duas centrais de Coluna de Água Oscilante do tipo costeiro em operação na Europa. Uma delas, a Central de Ondas do Pico, está localizada na ilha do Pico, Açores, sendo utilizada para investigação pelo Centro de Energia das Ondas - Wave Energy Centre. A outra está localizada na ilha de Islay na Escócia, sendo utilizada pela Voith Hydro Wavegen.
Mais recentemente têm sido testados protótipos flutuantes para serem utilizados longe da costa. Em 2004 foi testado um protótipo da AWS na Aguçadoura, Portugal, no mesmo local onde em 2008 seriam testados 3 dispositivos Pelamis. Grande parte dos testes mais recentes de protótipos de energia das ondas tem ocorrido no EuropeanMarine Energy Centre nas ilhas Orkney na Escócia.
Energia das ondas no Brasil
Em novembro de 2012, funcionou em caráter experimental, a Usina de Pecém, instalada no quebra-mar do Porto d Pecém no Ceará, nordeste brasileiro. A usina utiliza tecnologia brasileira desenvolvida pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE) na Universidade Federal do Rio de Janeiro, sendo a primeira desse tipo na América Latina, com capacidade de produzir 100MW com a força das ondas do mar. Considerada uma planta de sucesso, deve retomar a produção no ano de 2017, porém em outro local no Ceará. (wikipedia)

Energia maremotriz

Este tipo de energia faz parte das energias hidrocinéticas.
Energia maremotriz ou energia das marés, é o modo de geração de energia por meio do movimento das marés. Dois tipos de energia maremotriz podem ser obtidos: energia cinética das correntes devido às marés e energia potencial pela diferença de altura entre as marés alta e baixa.
O aproveitamento da energia das marés pode ser feito a partir de centrais elétricas que funcionam por ação da água dos mares. É necessária uma diferença de 7 metros entre a maré alta e a maré baixa para que o aproveitamento desta energia seja renovável. Atualmente na Europa existem pelo menos duas destas centrais: Uma no norte de França e outra na Rússia.
Entendimento Físico da Energia das Marés
Maquete representativa da aplicação de uma turbina de bulbo, numa usina geradora de energia maremotriz.
Apesar de ser considerada uma energia "renovável", a energia das marés está longe disso, e é sim uma fonte de energia totalmente passível de um dia acabar. O que acontece, é que levaria um período de tempo muito longo até ocorrer algum efeito significativo no planeta, ou seja, em curto prazo, pode-se considerar inesgotável.
Como a energia retirada neste processo vem principalmente da rotação Terrestre, e também, da translação Lunar, os efeitos de seu uso são a diminuição na velocidade de rotação da Terra, que por consequência, acaba tendo dias mais longos, como também um freamento na rotação e translação do corpo lunar, e uma mudança na distância deste em relação ao nosso planeta. Algo parecido também aconteceria com o Sol, no entanto, em escala bem menor.
No sistema Lua-Terra-Sol, três diferentes corpos permanecem se movimentando um em relação ao outro graças a energia potencial contida neste sistema. A energia das marés, pega exatamente essa energia potencial e transforma em outros tipos de energia para o consumo humano, como elétrica. No entanto, a energia que foi retirada deste sistema, nunca mais retorna, caracterizando assim como uma fonte de energia não renovável, e pior, de consequências irreversíveis para estabilidade dos movimentos lunares, solares e terrestres. (wikipedia)

sábado, 28 de maio de 2016

Alemanha produz muita energia limpa que até doa

Campo de energia eólica em Jacobsdorf, leste da Alemanha.
Alemanha gerou tanta energia limpa que pagou para que a usassem.
Uma hora da tarde em durante o fim de semana é um dos momentos em que menos se consome energia elétrica durante a semana. Mas alguns alemães que faziam isso no último domingo tiveram uma boa notícia: gastar energia foi lucrativo. Tudo porque, perto da hora do almoço, o país teve um momento que uniu sol e ventos fortes.
O clima criou uma condição extraordinária para as usinas de energia eólica e solar. Houve um pico de produção e o sistema recebeu 55 GW de energia renovável – que ainda considera produção hidrelétrica e biomassa –, 87% dos 63 GW que eram consumidos no país naquele momento. Com o excesso de oferta e a falta de procura, o preço da energia despencou durante quase toda a tarde, chegando a valores negativos. Ou seja, o gerenciador do sistema pagou para a energia ser utilizada.
Flutuação de geração, consumo e preço da energia no fim de semana na Alemanha.
Parece uma ótima notícia: a produção de energia limpa é forte e o custo flutuante da energia funcionou ao ponto de ficar negativo quando houve pico de oferta. Mas não é bem assim. O estranho fenômeno do último domingo expõe alguns ajustes que o sistema precisa.
De fato, a Alemanha tem bons motivos para se orgulhar de seu estágio no desenvolvimento sustentável. Em 2015, os alemães tiveram recorde de produção e exportação de energia renovável. Cerca de 33% da eletricidade consumida no país veio de fontes limpas e o preço do quilowatt/hora teve queda média de 10%. A meta do governo é que 100% da energia seja renovável até 2050.
Flutuação de geração, consumo e preço da energia no fim de semana na Alemanha.
Parece uma ótima notícia: a produção de energia limpa é forte e o custo flutuante da energia funcionou ao ponto de ficar negativo quando houve pico de oferta. Mas não é bem assim. O estranho fenômeno do último domingo expõe alguns ajustes que o sistema precisa.
De fato, a Alemanha tem bons motivos para se orgulhar de seu estágio no desenvolvimento sustentável. Em 2015, os alemães tiveram recorde de produção e exportação de energia renovável. Cerca de 33% da eletricidade consumida no país veio de fontes limpas e o preço do quilowatt/hora teve queda média de 10%. A meta do governo é que 100% da energia seja renovável até 2050.
Manifestação do Greenpeace em favor de energia limpa diante do Portão de Brandemburgo, em Berlim.
O problema é que o sistema ainda não é flexível. Usinas de gás conseguem reduzir ou interromper bruscamente sua produção durante uma alta repentina de energia renovável, mas outras fontes “tradicionais”, como nuclear e carvão, não têm a mesma capacidade. Com isso, elas seguem sua operação normal, mantendo o consumo de recursos naturais e criando superoferta de energia no mercado – que acabou levando ao preço negativo.
Outro lado ruim é que o usuário comum não tem a conta de luz condicionada às flutuações do preço da energia. Para ele, a baixa repentina do último domingo teve efeito muito pequeno. Os principais beneficiados foram as indústrias.
Fica para o próximo dia de sol e vento forte. (outracidade)

Conta de energia elétrica fica negativa na Alemanha

Um dos países mais industrializados do mundo atingiu um marco histórico ao suprir 95% da sua demanda por energia elétrica com fontes renováveis.
Impressionante!
Conta de energia elétrica fica negativa para consumidores na Alemanha.
A Alemanha, um dos países mais industrializados do mundo atingiu um marco histórico na geração de energia. Na primeira semana de maio, o país supriu 95% da sua demanda por energia elétrica com fontes renováveis.
O recorde foi alcançado graças a um empurrãozinho das condições meteorológicas: sol e vento forte.  A demanda de 57,8 gigawatts foi suprida em 45,2% por energia solar, 36% por energia eólica, 8,9% por biomassa e 4,8% por usinas hidrelétricas. “Os preços chegaram a ser negativos por algumas horas”, comenta Michael J. Coren, da Quartz, o que significa que os consumidores receberam para consumir eletricidade.
Atualmente, a Alemanha está em curso de uma iniciativa de transição energética, pela qual o governo pretende reduzir a emissão de gases de efeito estufa de 80 a 95% e atingir a meta de 60% de uso de fontes de energias renováveis.
Depois da tragédia de Fukushima em 2011, o governo alemão decidiu acabar com as usinas termonucleares até 2022. Hoje, o país se divide com turbinas eólicas ao norte e usinas solares ao sul. Essas posturas adotadas são vistas com bons olhos por especialistas, que esperam que a Alemanha se torne um modelo para o mundo.
Outros países têm atingido bons níveis de uso de energias renováveis. Em 2015, a Escócia gerou mais da metade de sua energia com esse tipo de usina. O Uruguai atinge os 95%, enquanto grande parte da Áustria já alcançou 100%. (yahoo)

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Programa de eficiência energética - energia eficiente

Programa de eficiência energética - energia eficiente
A Cemig, desde a década de 1960, investe sistematicamente em projetos e ações para promover a correta utilização da energia elétrica, adiando os investimentos com novas obras, evitando mais impactos ao meio ambiente, disseminando assim a cultura de eficiência energética.
Conforme a Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel e a legislação vigente, as concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica devem aplicar, anualmente, o montante de, no mínimo, 0,5% de sua receita operacional líquida em ações que combatem o desperdício de energia, o que consiste no Programa de Eficiência Energética das Empresas de Distribuição – PEE.
Distribuição regional de investimentos em projetos do PEE em Minas Gerais.
Eficiência Energética já chegou ao Sul de Minas.
Autoclaves e ILPI no Sul de Minas (Cemig)

Nova Lei fortalece ações de eficiência energética

Minas e Energia
Lei sancionada pela então presidenta Dilma Rousseff garante mais recursos para o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica.
A medida poderá direcionar ao Procel cerca de R$ 100 milhões por ano.
A partir de agora, Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) passou a ter direito a 20% dos recursos que as distribuidoras de eletricidade devem investir em ações de Eficiência Energética. Conforme o Ministério de Minas e Energia (MME), com base nos recursos alocados pelas distribuidoras nos últimos tempos, a lei pode direcionar ao Procel cerca de R$ 100 milhões por ano. As novas regras estão presentes na Lei nº 13.280, publicada no Diário Oficial da União em 04/05/16.
A nova Lei também cria o Comitê Gestor de Eficiência Energética (CGEE) e atribui à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a competência para definir o calendário de recolhimento e a forma de pagamento dos recursos que devem ser investidos no Procel.
O Procel tem o objetivo de promover a Eficiência Energética por meio de ações de combate ao desperdício de energia elétrica e à redução do consumo. Instituído há mais de 30 anos, o Procel tem alcançado resultados significativos. Em 2015, foi responsável pela economia de mais de 11 bilhões de kWh, ou aproximadamente 2,5% do consumo de energia elétrica no País.
Aprovado em 2012 no Senado e encaminhado à Câmara dos Deputados, onde sofreu alterações, o projeto altera a Lei nº 9.991/2000, que dispõe sobre a redistribuição de investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento e em Eficiência Energética por parte das empresas concessionárias de distribuição de energia elétrica. (brasil)

Prefeitura de Joinville investe em modernização energética

O programa de modernização energética implantado pela Prefeitura de Joinville gera uma economia de pelo menos R$ 1 milhão ao ano para os cofres públicos. A ação envolve a substituição de luminárias de alta potência por lâmpadas tipo LED na rede pública e nos semáforos.
Até fevereiro, a Secretaria de Infraestrutura Urbana havia contabilizado 1.850 pontos contemplados com a modernização. O trabalho é realizado em 110 ruas da cidade, com redução de carga instalada de 50%, que representa uma economia de mais de R$ 400 mil ao ano em energia elétrica.
“Uma das grandes vantagens desses equipamentos é a cor branca da iluminação, que garante maior visibilidade e segurança, com menos energia consumida e maior vida útil”, comenta o gerente da Unidade de Transportes e Vias Públicas da Seinfra, Glaucus Folster.
Glaucus explica que os trabalhos de modernização com esta tecnologia estão sendo direcionados principalmente para a área central do município, expandindo para os bairros em vias de ligação com grande fluxo de veículos e pedestres no período noturno.
Semáforos
Segundo o Departamento de Trânsito (Detrans), a substituição de cinco mil lâmpadas incandescentes dos semáforos de Joinville por lâmpadas com tecnologia LED vai proporcionar uma economia superior a R$ 500 mil por ano.
Essa ação ocorre por intermédio do convênio firmado entre o Detrans, Celesc e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), dentro do Programa de Eficiência Energética (PEE). De acordo com o Detrans, Joinville conta atualmente com 161 conjuntos semafóricos.
Destes, 23 já contam com tecnologia LED – são considerados eficientizados. Os demais passam por processo gradativo de implantação da nova tecnologia, reduzindo o consumo em até 90% e proporcionando uma economia considerável.
“Os recursos economizados serão superiores a R$ 500 mil por ano”, informa o gerente de Operacional do Detrans, Samuel Luiz Bernardes Gomes. O gasto médio com a energia elétrica dos semáforos em Joinville chega a R$ 80 mil por mês, cerca de R$ 960 mil por ano, segundo o Detrans.
Lâmpadas de LED
LED – do inglês Light Emitting Diode (Diodo Emissor de Luz) – é um semicondutor que emite luz quando percorrido por uma corrente elétrica.
A cor da luz emitida pode ser branca, branco comercial, amarela ou qualquer cor do espectro de cores. Em termos de capacidade e qualidade de iluminação, as luzes de LED são similares às incandescentes, porém utilizam dez vezes menos energia para isso. Com a sua utilização, a economia na conta pode chegar a 90%.
As lâmpadas de LED também se destacam por sua durabilidade. Sua vida útil média é de 40.000 horas. Isso significa que uma lâmpada LED pode ficar mais de quatro anos e meio acesa de forma ininterrupta. (ambienteenergia)

Sistema identifica ligações clandestinas na rede de energia

As ligações clandestinas de energia figuram como um grande problema para as distribuidoras. O prejuízo, segundo a Aneel, corresponde a cerca de 15% da energia comprada pelas empresas de energia.
Para tentar solucionar essa questão alunos e professores centro tecnológico da faculdade de Criciúma em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, desenvolveram um sistema que pode reduzir os gatos na rede de energia elétrica e identificar as ligações clandestinas.
O equipamento é instalado nos postes e nas subestações de energia, transmite os dados das possíveis perdas e colaboram para que os técnicos ajam com mais rapidez, além de diminuir os furtos de energia e as perdas provocadas por falhas na rede de distribuição.
O sistema, inédito no Brasil, uma vez instalado, permite que o técnico confira dados e identifique os pontos mais propícios a algum tipo de furto ou alguma perda elétrica.
A cooperativa de energia de Forquilhinha, no sul do RS, já adquiriu o sistema e pretende reduzir até 1 % das perdas com energia elétrica por ano, o que representa R$ 1 milhão por ano. (ambienteenergia)

terça-feira, 24 de maio de 2016

Combustíveis fósseis

Os combustíveis fósseis recebem esse nome pelo fato de a teoria mais aceita sobre suas origens dizer que eles surgem da decomposição de restos orgânicos.
Os combustíveis fósseis são, por definição, o grupo de recursos naturais disponíveis na natureza utilizados para a produção de energia por meio de sua queima e que são oriundos da decomposição de material orgânico ao longo do tempo. Os três principais combustíveis fósseis são o Petróleo, o Gás Natural e o Carvão Mineral, embora existam outros, como o Xisto Betuminoso.
Esses recursos naturais recebem o nome de “combustíveis fósseis” pelo fato de sua origem estar associada ao processo de decomposição de material orgânico em camadas de bacias sedimentares, de forma semelhante ao que ocorre no processo de formação dos fósseis. Apesar disso, existem teorias menos populares no meio científico que defendem a origem desses combustíveis por outros meios, como a teoria inorgânica ou abiótica do petróleo. No entanto, essas proposições ainda carecem de uma maior validação nos meios acadêmicos, uma vez que se pautam apenas em hipóteses e alguns indícios.
Como são de origem fóssil, o petróleo e demais combustíveis a ele associados não são renováveis – ou melhor, sua reposição na natureza ocorre de maneira muito lenta. Com isso, a geopolítica do petróleo acirra-se no mundo, haja vista que, desde a Revolução Industrial, esses recursos são de extrema necessidade para o funcionamento da economia capitalista mundial.
O Petróleo é considerado, ao lado da água, o principal recurso natural da era moderna. Embora existam esforços governamentais em todo o mundo para diminuir a dependência em relação a esse elemento, ele ainda é o combustível mais utilizado. Além do fato de ser um recurso não renovável, o petróleo apresenta como desvantagem a emissão em grande quantidade de poluentes na atmosfera durante a sua queima.
A principal utilização do petróleo é a sua conversão em gasolina e óleo diesel para veículos. Além disso, a partir dele, são produzidos o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo, utilizado como gás de cozinha), a nafta (um derivado utilizado na indústria petroquímica), a querosene de avião, o plástico, alguns tipos de solvente e outras finalidades.
O carvão mineral, por sua vez, ganhou uma maior relevância na estruturação das sociedades com a Primeira Revolução industrial, sendo o principal recurso dessa época. No entanto, ainda nos dias atuais, ele é amplamente utilizado, principalmente nas chamadas termelétricas, que funcionam a partir do aquecimento da água, que é convertida em vapor, para girar uma turbina e ativar um gerador de eletricidade.
O carvão mineral é uma rocha sedimentar com um alto teor de carbono em sua estrutura. Sua origem remonta à decomposição de materiais vegetais, principalmente de grandes grupos vegetais antigos, que foram soterrados há uma média de tempo de 300 milhões de anos. Embora o seu poder calorífico e o seu tempo de combustão resultem em uma grande vantagem em termos de produtividade, o carvão mineral é o mais poluente dos combustíveis fósseis, mas é o mais abundante entre eles. Quase metade de suas reservas encontra-se na China.
Carvão mineral é obtido a partir da extração mineral
O gás natural vem tornando-se o mais promissor dos combustíveis fósseis em termos de investimentos e utilização. As suas vantagens são: é menos poluente do que os demais de seu grupo, possui amplas reservas e o custo de produção de energia a partir dele é menor do que a partir de carvão e urânio enriquecido. O seu processo de formação ocorre, geralmente, em conjunto com o petróleo, embora nem sempre eles se encontrem nas mesmas áreas.
As duas principais potências mundiais em termos de reservas e exploração do gás natural são a Rússia e os EUA. Os russos, inclusive, fazem um bom uso geopolítico desse recurso, uma vez que boa parte da Ásia e da Europa são dependentes da importação desse produto que circula em gasodutos construídos por esse país em vários territórios, incluindo a Ucrânia. (brasilescola)

O que fazer com combustíveis fósseis

Há uma crise econômica e crise política, mas enquanto isso eu escrevo sobre meio-ambiente? Por que ler esse texto?
A verdade é simples: não haveria crise nenhuma se não houvesse um ambiente.
Não estou dizendo que falar sobre esses assuntos não é importante, porém não podemos deixar de lado o local em que vivemos, afinal, o que somos nós sem ele?
Isso sem contar que há conexão entre política, economia e ambiente, desde as questões da reforma agrária até Petrobrás.
Nós não podemos ignorar a poluição que fere a nossa água, o nosso ar, tendo por consequência doenças que se tornam cada vez mais comuns no dia-a-dia, como bronquite e câncer.
Refinaria de petróleo onde são obtidos os derivados deste que é o combustível fóssil mais usado atualmente.
Parte dessa poluição é causada pelos combustíveis fósseis, ou seja, petróleo, carvão mineral, gás mineral.
Todos os combustíveis fósseis são utilizados no dia-a-dia, seja no transporte ou não. A questão é que um futuro sem esses combustíveis não é apenas possível como é melhor: teremos desde cidades mais limpas até oceanos, pois boa parte do petróleo é encontrada nos oceanos, inclusive aqui no Brasil (Pré -Sal).
O que utilizaremos no lugar desses combustíveis?
Energia eólica, solar, da biomassa (lixo orgânico produzindo energia), e até mesmo do hidrogênio.
As possibilidades são muitas, mas para que consigamos realmente alterar os alicerces da energia brasileira é necessário, primeiramente, mudar as concepções que regem nossas mentes.
Assim como para retirar o germe da corrupção (que vem desde o berço- colar na prova, roubar um lápis), existe a necessidade de mudar a cultura, para diminuirmos o consumo dos combustíveis fósseis também.
Como cada um de nós pode ajudar nessa mudança?
Trocando o carro pela bicicleta (nem que seja uma vez por semana, qualquer esforço conta), plantando e preservando árvores (afinal elas transformam o CO2 em oxigênio), participando de movimentos que reforcem a necessidade de mudança perante políticos, como no caso do Break Free e até do evento que tivemos aqui em São João, o Instameet cujo tema será a Terra e sustentabilidade.
Qual será o resultado?
Caso tenhamos força de vontade e cometimento, acredito que em alguns anos a possibilidade de uma sociedade sustentável será uma realidade. As principais metrópoles mundiais já estão aderindo conceitos de sustentabilidade em seu âmago, como Amsterdã, que tem 8000 domicílios com energia sustentável, estações de abastecimento para carros elétricos por toda cidade, projetos como Escola Inteligente e Rua do Clima, que incluem tanto os jovens quanto adultos.
No Brasil estamos começando a apresentar propostas, a realizar mudanças concretas. O programa Cidades Sustentáveis ‘reúne uma série de ferramentas que vão contribuir para que governos e sociedade civil promovam o desenvolvimento sustentável nos municípios brasileiros.’
O programa promove prêmios para as cidades que apresentam maiores mudanças, políticas públicas melhores. Atualmente são 283 cidades participantes. (ecodebate)

O que fazer com combustíveis fósseis

domingo, 22 de maio de 2016

Brasil circula entre maiores investidores em renováveis mundiais

Investimentos em energias renováveis atingiram o valor de 286 bilhões de dólares em 2015. O montante é um dos mais altos já registrados e foi, pela primeira vez, maior que o dobro do registrado para os recursos gastos com carvão e gás. Além de quebrar este recorde, 2015 também foi o primeiro ano em que países em desenvolvimento investiram mais em energias limpas do que as nações desenvolvidas. O Brasil esteve entre os dez maiores investidores em renováveis do mundo.
As informações são de um novo relatório elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em parceria com o organismo de Finanças de Nova Energia da Bloomberg (BNEF) e o Centro de Colaboração para o Clima e o Financiamento de Energia Sustentável da Escola de Frankfurt e da agência da ONU.
A pesquisa revela que fontes renováveis geraram 134 gigawatts adicionais em 2015, em comparação com os 106 GW produzidos em 2014. O valor equivale a 54% de toda a potência energética adicional produzida no ano passado. Essa quantidade de energia limpa impediu que 1,5 gigatonelada de gás carbônico fosse liberada na atmosfera. Desde 2004, países teriam investido 2,3 trilhões em energias renováveis.
Somados, os investimentos da China, Índia e Brasil – os “três gigantes” – registraram um aumento de 16% em 2015, alcançando 120,2 bilhões de dólares. A China responde pela maior fatia deste volumoso orçamento – quase 100 bilhões.
Recursos do Brasil foram calculados em cerca de 7 bilhões. A maior parte dos investimentos foi destinada à produção de energia eólica (5,7 bilhões). Estimativas indicam que esse tipo de energia produziu dois gigawatts a mais em 2015 para o país.
Também no ano passado, pela primeira vez, os projetos brasileiros em energia solar alcançaram a casa das centenas de milhões, chegando a 657 milhões de dólares. Segundo o relatório, isso poderia indicar o início de um novo grande mercado para o uso de placas fotovoltaicas.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi citado pela pesquisa como o quarto banco de desenvolvimento mais ativo do mundo no setor de financiamento de projetos de energia limpa.
O organismo brasileiro informou ao PNUMA e às outras instituições responsáveis pela pesquisa que emprestou o equivalente a 1,8 bilhão de dólares para iniciativas envolvendo energia eólica.
Quando considerados os investimentos globais, o documento mostra que as energias solar e eólica dominaram a produção limpa em 2015, gerando 118 gigawatts do total. Esse cálculo do PNUMA excluiu os valores associados a grandes hidrelétricas.
O uso de biomassa, de energia geotermal, de resíduos e de pequenas hidrelétricas produziu quantidades mais modestas de potência de acordo com a pesquisa.
“O acesso à energia limpa e moderna é de enorme valor para todas as sociedades, mas especialmente em regiões onde a energia confiável pode oferecer profundas melhorias para a qualidade de vida, o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental”, afirmou o diretor-executivo do PNUMA, Achim Steiner. (ambienteenergia)

Grandes empresas investem para tornarem-se 100% renováveis

O número de multinacionais comprometidas a usar energias renováveis está crescendo. É o caso do Google, Ikea e Mars.
Em 2012, a Ikea teve destaque na imprensa internacional com a promessa de usar fontes de energia renovável em todas as suas lojas até 2020. Em mqio/16 a HP – multinacional da área de tecnologia com sede nos EUA – assumiu o mesmo compromisso, prometendo alterar todo o seu sistema de energia para fontes renováveis até 2020. O fato de a Ikea e a HP estipularem o mesmo prazo para a mudança, apesar da diferença de quatro anos entre as promessas, mostra uma grande mudança em direção à geração de energias renováveis. Quando a Ikea fez a sua promessa, a empresa estava em processo de construção da sua própria instalação de geração de energia. Atualmente, quatro anos depois, a HP possui muitas outras opções.
Além dessas empresas, existem diversas outras migrando para energias renováveis. Como parte da sua iniciativa, a HP assinou um compromisso com a RE100, juntando-se a multinacionais como Google, Starbucks, Novo Nordisk e Goldman Sachs. A RE100 é uma iniciativa global em que as empresas mais influentes do mundo se comprometem a usar eletricidade 100% renovável e trabalham para criar um crescimento na demanda corporativa por esse tipo de energia. A iniciativa foi lançada há menos de dois anos por uma aliança de empresas e organizações sem fins lucrativos.
De acordo com um relatório liberado pela aliança no último mês, as empresas parceiras já mudaram, em média, metade das suas fontes de energia para renováveis, sendo que algumas já atingiram suas metas.
Esse é um momento decisivo para empresas interessadas em acelerar a mudança para energias renováveis. A constante queda no preço das energias renováveis – energia solar caiu mais de 50% desde 2008 – representa uma opção certa para a sustentabilidade corporativa. Diversas empresas já perceberam as vantagens financeiras: o uso de fontes de energia renováveis significa menos preocupações com a instabilidade dos preços dos combustíveis fósseis.
“Nós vemos esse fato como um segredo para os negócios sustentáveis”, explica Kevin Rabinovitch, diretor global de sustentabilidade da Mars, Inc. “Preservar o planeta também pode economizar seu dinheiro”.
No entanto, de forma geral, legisladores, reguladores e prestadores de serviços ainda não entenderam a vontade das corporações em adotarem fontes de energia sustentáveis. Apesar da melhora nos preços, não é tão fácil adquirir energias renováveis ao mesmo custo das energias convencionais em algumas localidades, devido a leis locais e limitações de abastecimento, conforme o relatório publicado pela organização não governamental de responsabilidade corporativa Ceres. Além disso, alguns países, incluindo os EUA, têm apresentado inconsistência no apoio às energias renováveis, tornando o acesso a essas fontes menos evidente.
As empresas participantes da RE100 oferecem diversas possibilidades de acesso a 100% de energia renovável, seja comprando créditos de energias renováveis (RECs), seja comprando energia limpa direto dos produtores ou gerando energia no local.
Os RECs permitem que as companhias compensem o uso de energia tradicional, garantindo que a quantidade equivalente de energia gasta seja gerada por meio de fontes renováveis. No entanto, essa é uma medida controversa e algumas empresas investigam detalhadamente os RECs, antes de comprarem, para ter certeza de que eles estão de acordo com os seus princípios ambientais e sociais. A Steelcase, por exemplo, só compra RECs gerados por projetos sem emissão de carbono. No caso da SAP, multinacional do setor de tecnologia, que tem o objetivo de tornar-se ainda mais sustentável, a empresa desenvolveu um guia de compras que exige padrões bem específicos dos fornecedores.
“Apenas consideramos a compra de eletricidade renovável produzida por meio de biomassa, se a produção não estiver ligada ao carvão ou outro combustível fóssil e se a biomassa não estiver ligada ao desmatamento”, explica o responsável ambiental global da SAP, Marcus Wagner. “Além disso, nós exigimos que as usinas não tenham mais de dez anos, pois queremos incentivar a inovação na produção de energia renovável”, completa.
O próximo passo no caminho das energias renováveis será a compra dessas energias por meio de grandes produtores de energia eólica ou solar para atender parte das necessidades das empresas. Algumas empresas já estão realizando parcerias com fornecedores de energia para construir usinas de energia solar ou eólica. A Mars fez uma parceria com a Sumitomo para a construção de uma usina eólica no Texas com 118 turbinas, 200 megawatts, lançada em 2015. Atualmente, a instalação produz eletricidade equivalente a 100% das necessidades de energia da empresa nos EUA, o que elevou sua participação de energia renováveis a 25% do seu uso global.
No ano passado, o Walmart fez uma parceria com a Pattern Energy em outra usina eólica no Texas, comprometendo-se a comprar metade da energia produzida pela instalação com capacidade de 200 megawatts. Essa parceria corresponde a 18% da energia utilizada pela empresa nos EUA. O Walmart já atingiu 32% do seu objetivo de usar apenas energia renovável.
Poucas empresas geram diretamente parte da sua energia elétrica. Uma dessas exceções é a Gloogle, que possui atualmente 37% do seu consumo energético total baseado em fontes de energia renovável. A Google usa uma combinação de compra de energia renovável de fontes próximas às suas instalações e investimento em projetos renováveis para atingir a sua meta, incluindo uma planta solar de 1,9 megawatts na sua sede na Califórnia, que é capaz de gerar 30% da necessidade energética nos horários de pico de uso energético. O tamanho, o sucesso e a vontade da Google de ser o líder mundial em sustentabilidade são exemplos para a indústria.
O processo de mudança para energia renovável, no entanto, nem sempre é tranquilo. O entendimento completo do assunto, inclusive como as energias são geradas, como comprá-las e como apoiar tecnologias inovadoras, pode ser um desafio. Para evitar esse tipo de dificuldade, o Walmart e outras 11 empresas decidiram criar em 2014 o grupo chamado Corporate Renewable Energy Buyers’ Principles, uma organização que promove novas ideias e tecnologias, tornando mais fácil a adoção de energias renováveis por empresas. Entre as sugestões dadas pela organização, estão a criação de contratos em longo prazo e acesso a financiamentos.
Outras fontes de informação sobre o assunto também estão sendo criadas. John DeAngelis, responsável pelas energias renováveis do departamento de sustentabilidade da Steelcase, falou sobre o Business Renewables Center, parte da organização não governamental Rocky Mountain Institute, localizada no Colorado. A organização é focada em encontrar soluções voltadas a energias limpas, transportes eficientes e construções sustentáveis. O Business Renewables Center da RMI trabalha oferecendo conselho para empresas com o objetivo de migrar para as energias renováveis.
Diversas empresas participantes estão descobrindo que o comprometimento com energias renováveis oferece muito mais vantagens do que apenas o sentimento de fazer o que é certo. Além disso, a presença de grandes corporações no mercado dos renováveis contribui com a criação de uma demanda estável.
“O Walmart e outras grandes empresas comprometidas com o uso de energias renováveis geram certa garantia ao mercado e incentivam novos investimentos, o que ajuda a reduzir os custos para todo mundo”, explica Gardner. (renenergyobservatory)

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Termelétricas são o que há de pior para as pessoas e o clima

Movimento Liberte-se dos Combustíveis Fósseis: Termelétricas são o que há de pior para as pessoas e o clima
O movimento global LIBERTE-SE DOS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS realiza no Ceará em 14/05/16, uma grande manifestação contra as termelétricas e a política energética do governo brasileiro que insiste em investir nessa modalidade indústria fóssil, poluente, injusta e altamente consumidora de água.
A ação no Ceará será na comunidade tradicional de Bolso pertencente ao território indígena Anacé e uma das que foi mais impactada pela indústria termelétrica e pelo Complexo Industrial e Portuário do Pecém. A articulação local está a cargo dos integrantes do Fórum Ceará no Clima, que integra o movimento LIBERTE-SE que está sendo organizado no país pela 350.org Brasil e América Latina, COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil e pela Sustentabilidade – e movimentos sociais e climáticos.
ASSISTA O VÍDEO DA AÇÃO DO LIBERTE-SE NO CEARÁ
“Estamos travando uma batalha justa pelo fim dos fósseis, que irá trazer benefícios para as pessoas e para o clima com geração e energia renovável, sem prejudicar o desenvolvimento econômico e o progresso. Queremos crescer, mas sem poluir, respeitando a natureza, as pessoas e todos os seres vivos”, afirma a diretora da 350.org Brasil e América Latina, Nicole Figueiredo de Oliveira.
Segundo o professor da Universidade Estadual do Ceará, PhD em Ciências Atmosféricas Alexandre Araújo Costa, a expectativa é que haja a participação de pessoas de cerca de 20 municípios, além de Fortaleza, incluindo localidades que sofrem com diferentes impactos da mudança climática e da exploração dos combustíveis fósseis, como Crateús e Santa Quitéria, no sertão, e Aracati e Paracuru, no litoral.
“Vamos reunir representantes destas e outras comunidades que são fortemente atingidas pelas secas ou pelo avanço do mar na zona costeira, bem como de comunidades indígenas e pescadores, estudantes universitários e secundaristas, ambientalistas, acadêmicos e muitos outros segmentos”, garante o professor. Muitos dos que participarão na ação atuam em movimentos como o Coletivo Agroflorestar, Povo Anacé, Ecosurf, RUA Juventude Anticapitalista, SOS Cocó, Jangu Ambiental, entre outros apoiadores.
Não a termelétricas
Usina Termelétrica de Pecem
Ainda de acordo o professor, a partir dessa concentração, os manifestantes protestarão contra os enormes impactos da termelétrica: Emissões gigantescas de CO2 (mais do dobro de todos os automóveis particulares do estado); consumo de uma quantidade colossal de água (70 milhões de litros diários, suficientes para abastecer meio milhão de pessoas); liberação de pó de carvão a partir da esteira transportadora, provocando doenças respiratórias e de pele na região, entre outros impactos.
As populações que vivem no entorno da Termelétrica de Pecém sofrem os impactos gerados pela atividade da indústria fóssil. O carvão utilizado na geração de energia é transportado de navio da Colômbia até o Porto de Pecém.
Pela esteira, a matéria-prima ‘viaja’ 13 quilômetros numa esteira, fazendo com que o pó de carvão se espalhe e provoque doenças respiratórias e de pele em quem encontra pelo caminho. “Até chegar às caldeiras da termelétrica, onde, ao final desses mesmos dois anos, terá virado CO2 numa quantidade impressionante. A mesma que seria lançada na atmosfera se 15 Parques do Cocó fossem inteiramente queimados”, compara e acrescenta: Tudo para gerar apenas 331 empregos, produzir a eletricidade mais cara e suja de todas e enriquecer um punhado de bilionários. “E uma aberração que precisa ser combatida”.
O Ceará tem grande potencial para geração de energia renovável, como a solar e eólica. Mesmo assim, o governo estadual tenta aprovar na Assembleia Legislativa projeto de lei para isentar do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para novas termelétricas no estado. “Vamos resistir e impedir que o Ceará se transforme no paraíso dos combustíveis fósseis”, finaliza Alexandre Araújo Costa. (ecodebate)

Energia Térmica

É uma forma de energia que está diretamente associada à temperatura absoluta de um sistema, e corresponde à soma das energias cinéticas que suas partículas constituintes possuem em virtude de seus movimentos de translação, vibração ou rotação. Assume-se um referencial inercial sob o centro de massa do sistema. A energia térmica de um corpo macroscópico corresponde à soma das energias cinéticas de seus constituintes microscópicos. À transferência de energia térmica de um sistema termodinâmico a outro se dá o nome de calor. A energia térmica é definida como:
Etermica = Σi Eci
Eci : soma das energias cinéticas
E para sistemas onde vale o princípio da equipartição da energia é definida como:
Etermica
KB : corresponde à constante de Boltzmann
N : corresponde ao número de partículas no sistema
T: corresponde à temperatura absoluta do sistema
r: corresponde ao número de graus de liberdade por partícula do sistema, podendo r assumir valores entre r=9 (três graus de translação, três de rotação e três de vibração) para sistemas compostos por partículas mais complexas e r=3 nos sistemas tridimensionais mais simples (compostos por partículas pontuais com três graus de translação apenas).
Prós e Contras
- Vantagens:
. Obtida com a queima de lenha: é barata, basta pegar no mato.
. Obtida com Resistência Elétrica e Bobinas de Indução: Não polui o meio ambiente.
. Obtida com o aquecimento Solar (serpentinas): Não polui o meio ambiente.
- Desvantagens:
. Obtida com Queima de Lenha: Acaba com as florestas, polui o ar com fuligem preta e CO2.
. Obtida com Aquecimento Solar (serpentinas): Caro, rendimento baixo e só funciona de dia e sem nuvens.
. Obtida com Queima de derivados de Petróleo: Polui o ar com fuligem preta e CO2.
. Obtida com Queima de Carvão Mineral: Polui o ar com CO2 e produz muita fuligem preta e deixa muitas cinzas que vão poluir os rios.
. Obtida com Queima de Carvão Vegetal: Acaba com as florestas, polui o ar com CO2 e produz muita fuligem preta.
. Obtida com Queima de Gás GLS: Polui o ar com CO2 provoca efeito estufa.
. Obtida com Queima de Gás Natural: Polui o ar com CO2 provoca efeito estufa.
. Obtida com Queima do Bagaço de Cana: Polui o ar com CO2 provoca efeito estufa.
Custo da geração térmica
O custo da geração de energia térmica em 2010 já atinge a marca de R$ 730 milhões ante R$ 580 milhões em todo o ano passado, disse o consultor da PSR Energia, Mario Veiga, após participar do Enase 2010. O aumento no custo se deve a um maior acionamento das térmicas este ano, para poupar a água dos reservatórios de hidrelétricas com a forte estiagem que atingiu a região Sudeste este ano.
Usina Termoelétrica ou Usina Termelétrica
É uma instalação industrial usada para geração de energia etrica/eletricidade a partir da energia liberada em forma de calor, normalmente por meio da combustão de algum tipo de combustível renovável ou não renovável. Outras formas de geração de eletricidade são energia solar, energia eólica ou hidrelétrica.
Funcionamento da Usina Termoelétrica
Funciona com algum tipo de combustível fóssil como gasolina, petróleo, gás natural ou carvão, é queimado na câmara de combustão, com o ar que aumenta sua pressão através de um compressor axial anteposto a câmara, é interligada à turbina provinea misturada para a queima da combustão.
Com grande pressão (compressor) maior a temperatura câmara de combustão) essa união é 'levada' a turbina sendo transformada em potência de eixo, fazendo assim o giro da turbina "neste caso TG-Turbina a gás". Dos gases provenientes da turbina, ou seja, os gases de exaustão são direcionados a uma caldeira de recuperação de calor que pode ser aquatubular ou flamotubular. Em se tratando da Aquatubular: a água passa por dentro das serpentinas "interno da caldeira por vários estágios- Evaporador, economizador e superaquecedor trocando calor com estes gases de exaustão criando assim uma grande massa de vapor que então será direcionado a uma turbina à Vapor. Essa água pode provir de um rio, lago ou mar, dependendo da localização da usina.
O vapor movimenta as pás de uma turbina e cada turbina é conectada a um gerador de eletricidade. O vapor é resfriado em um condensador, a partir de um circuito de água de refrigeração, e não entra em contato direto com o vapor que será convertido outra vez em água, que volta aos tubos da caldeira, dando início a um novo ciclo. Essa energia é transportada por linhas de alta tensão aos centros de consumo.
Vantagem ad instalação
Uma das vantagens é a possibilidade de localização próxima aos centros consumidores, diminuindo a extensão das linhas de transmissão, minimizando as perdas de energia que podem chegar até a 16%. E a principal vantagem é que constrói-se em pouco tempo e a desvantagem é que polui muito o ar com CO2 e contribui com o efeito estufa.
Tipos de Usinas Termoelétricas
Há vários tipos, sendo que os processos de produção de energia são praticamente iguais porém com combustíveis diferentes. Alguns tipos podem serem menos rentáveis que as hidrelétricas, como:
· Usina a óleo;
· Usina a gás: usa gás natural como o combustível para alimentar uma turbina de gás. Porque os gases produzem uma alta temperatura através da queima, e são usados para produzir o vapor para mover uma segundo turbina, e esta por sua vez de vapor. Como a diferença da temperatura, que é produzida com a combustão dos gases liberados torna-se mais elevada do que uma turbina do gás e por vapor, portanto os rendimentos obtidos são superiores, da ordem de 55%;
· Usina a carvão;
· Usina nuclear.
Produção da Energia Termoelétrica no Brasil
Produção da Energia Termoelétrica
A termoeletricidade é produzida por um gerador e transportada até os locais de consumo por linhas de transmissão. Este gerador é impulsionado pela energia resultantes da queima de um combustível. Ao queimar, o combustível aquece a caldeira com água, produzindo vapor com uma pressão tão alta que move as pás de uma turbina, que por sua vez aciona o gerador.
Qualquer produto capaz de gerar calor pode ser usado como combustível, do bagaço de diversas plantas aos restos da madeira. Os combustíveis mais utilizados são: óleo combustível, óleo diesel, gás natural, urânio enriquecido (que dá origem à energia nuclear) e o carvão mineral.
Quase todo o carvão mineral brasileiro é empregado na geração termoelétrica, uso que requer o controle de efluentes líquidos e resíduos sólidos, além de CO2 (gás carbônico), CO, reticulados, hidrocarbonetos, óxidos de enxofre e nitrogênio.
O CO2 é o principal responsável pelo aumento do efeito estufa. Os demais poluentes causam danos às pessoas, animais e plantas, além de causar as chuvas ácidas, que afeta o solo, recursos hídricos, vegetação e construções.
Impactos Ambientais
Como vários tipos de geração de energia, a termoeletricidade também causa impactos ambientais. Contribuem para o aquecimento global através do Efeito estufa e da chuva ácida. A queima de gás natural lança na atmosfera grandes quantidades de oxidantes e redutores, que se entrar em contato com o ser humano, pode acarretar doenças como diarreia; além de ser um combustível fóssil que não se recupera. O Brasil lança por ano 4,5 milhões de toneladas de carbono na atmosfera, com o incremento na construção de usinas termelétricas esse indicador chegará a 16 milhões. Chamam-se Termoelétricas por que são constituídas de 2 partes, uma térmica onde se produz muito vapor a altíssima pressão e outra elétrica onde se produz a eletricidade.
1- A Energia Elétrica é produzida por um Gerador.
2- O Gerador possui um eixo que é movido por uma Turbina.
3- A Turbina é movida por um Jato de Vapor sob forte pressão. Depois do uso, o vapor é jogado fora na atmosfera.
4- O Vapor é produzido por uma Caldeira.
5- A Caldeira é Aquecida com a queima de óleo combustível. (grupoperfeito)