Um estudo divulgado
recentemente indica que as atuais mudanças climáticas podem afetar diretamente
a geração de energia renovável através de fonte solar, eólica ou de biomassa,
além da geração hidrelétrica, que sofrerá pela menor vazão dos
rios. Coordenado pelos climatologistas Carlos Nobre e José Marengo e
elaborado por Roberto Schaeffer, especialista em energia da Coppe/UFRJ, em
parceria com a Embaixada do Reino Unido, o trabalho intitulado “Riscos de
mudanças climáticas no Brasil e limites à adaptação” elaborou análise de
impactos em agricultura, biodiversidade, energia e saúde no Brasil sob cenários
de aumento de temperatura em mais de 4ºC.
O estudo aponta que, com o
aumento da temperatura, o déficit no atendimento da demanda de energia elétrica
nacional será inevitável, assim como a própria demanda tende a crescer pela
maior necessidade do uso de ar condicionado e demais aparelhos de refrigeração.
Schaeffer analisa que o planejamento energético atual é elaborado com base na ideia de que o clima é estacionário, o que não é verdade. No que se refere aos impactos das mudanças climáticas sobre fontes renováveis, o estudo esclarece que temperaturas extremas podem alterar o padrão dos ventos, afetando a geração eólica, aumentar a concentração de nuvens, afetando a geração solar, e também impactar diretamente a produção de cana, afetando a geração de bioenergia.
Schaeffer analisa que o planejamento energético atual é elaborado com base na ideia de que o clima é estacionário, o que não é verdade. No que se refere aos impactos das mudanças climáticas sobre fontes renováveis, o estudo esclarece que temperaturas extremas podem alterar o padrão dos ventos, afetando a geração eólica, aumentar a concentração de nuvens, afetando a geração solar, e também impactar diretamente a produção de cana, afetando a geração de bioenergia.
Este quadro, ainda, esconde a
possibilidade de um ciclo vicioso: “Se o Brasil recorrer mais a fontes
renováveis pode ficar mais vulnerável e, para se proteger, voltar-se mais às
fontes fósseis [grandes agentes da mudança climática]”, alertou o especialista,
que espera que o estudo incentive medidas imediatas para solução do problema.
(ambienteenergia)
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