EPE
prevê redução no nível de dependência do diesel importado
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projeta que
o mau desempenho da economia fará a dependência do Brasil em relação ao diesel
importado avançará de forma menos acelerada do que se esperava. A informação
dada pelo diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da EPE, Gelson
Serva.
Segundo Serva, a próxima edição do Plano Decenal de
Energia (PDE) – que vai cobrir o período 2016/2025 – deve registrar uma redução
no ritmo de crescimento do consumo de diesel A (não misturado ao biodiesel). O
PDE 2015/2024 previa um crescimento de 2,5% ao ano nas vendas do derivado.
Ainda de acordo com a previsão da EPE, mesmo com as
revisões das premissas do mercado, o Brasil manteria a dependência de
importação do combustível, mas num patamar menor que o estimado. O déficit previsto no mercado de diesel é de 230
mil barris diário em 2024.
Esse novo cenário, influenciado pelo menor
crescimento da frota de veículos leves e menor crescimento da economia no longo
prazo.
A nova informação traz algum alento depois que a
diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, ter afirmado que a agência trabalha
com projeções de que os níveis de importação para este derivado deem um salto
de quatro vezes até 2030.
Gasolina estável
O diretor da EPE também adiantou que a média do
consumo de gasolina A (sem a adição de etanol anidro) deverá se manter estável
ao longo dos próximos dez anos.
No último planejamento da EPE, havia uma
expectativa de crescimento de 1,3% ao ano no consumo do combustível.
“Já vislumbramos uma estabilização da demanda. A
nossa expectativa preliminar aponta para uma tendência de que não teríamos mais
déficit de gasolina ao final desse período decenal”, disse o diretor, durante
evento do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), no
Rio.
Segundo Serva, um eventual crescimento do consumo
de combustível pelos veículos leves seria suprido pelo aumento da produção de
etanol, que deve aumentar sua participação na matriz.
De acordo com dados preliminares apresentados hoje
pelo diretor, o déficit de gasolina das regiões Nordeste, Norte e Centro¬-Oeste
seria suprido pelas refinarias do Sudeste e não demandaria mais importação.
(biodieselbr)
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