Este tipo de
energia faz parte das energias hidrocinéticas.
Diagrama de um gerador de uma usina que utiliza da energia hidráulica
A energia hidráulica ou energia hídrica é a
energia obtida a partir da energia potencial de uma massa de água. A forma na
qual ela se manifesta na natureza é nos fluxos de água, como rios e lagos e
pode ser aproveitada por meio de um desnível ou queda d’água. Pode ser
convertida na forma de energia mecânica (rotação de um eixo) através de
turbinas hidráulicas ou moinho de água. As turbinas por sua vez podem ser
usadas como acionamento de um equipamento industrial, como um compressor, ou de
um gerador elétrico, com a finalidade de prover energia elétrica para uma rede
de energia.
A potência hidráulica máxima que pode ser obtida
através de um desnível pode ser calculada pelo produto:
Em unidades do sistema internacional de unidades
(SI)
· Potência (P): Watt (W)
· Queda (H): m
É necessário que haja um fluxo de água para que a
energia seja gerada de forma contínua no tempo, por isto embora se possa usar
qualquer reservatório de água, como um lago, deve haver um suprimento de água
ao lago, caso contrário haverá redução do nível e com o tempo a diminuição da
potência gerada (ver equação acima). As represas (barragens) são nada mais que
lagos artificial, construído num rio, permitindo a geração contínua.
As represas podem ser importantes, pois caso a
água fosse coletada diretamente de um rio, na medida em que houvesse uma
redução da vazão do rio, como em uma época de estiagem, haveria redução da
potência gerada. Assim com a formação de um lago (reservatório da barragem),
nas épocas de estiagem pode-se usar a água armazenada, e se este for
suficientemente grande poderá atender a um período de estiagem de vários meses
ou mesmo plurianual.
No Brasil, devido a sua enorme quantidade de rios,
a maior parte da energia elétrica disponível é proveniente de grandes usinas
hidrelétricas. A energia primária de uma hidrelétrica é a energia potencial
gravitacional da água contida numa represa elevada. Antes de se tornar energia
elétrica, a energia primária deve ser convertida em energia cinética de
rotação. O dispositivo que realiza essa transformação é a turbina. Ela consiste
basicamente em uma roda dotada de pás, que é posta em rápida rotação ao receber
a massa de água. O último elemento dessa cadeia de transformações é o gerador,
que converte o movimento rotatório da turbina em energia.
Um rio não é percorrido pela mesma quantidade de
água durante o ano inteiro. Em uma estação chuvosa, é claro, a quantidade de
água aumenta. Para aproveitar ao máximo as possibilidades de fornecimento de
energia de um rio, deve-se regularizar-se a sua vazão, a fim de que a usina
possa funcionar continuamente com toda a potência instalada.
Usina Binacional de Itaipu: uma das maiores
geradoras de energia elétrica do Brasil
A vazão de água é regularizada pela construção de
lagos artificiais. Uma represa, construída de material muito resistente – pedra,
terra, frequentemente cimento armado -, fecha o vale pelo qual corre o rio. As
águas param e formam o lago artificial. Dele pode-se tirar água quando o rio
está baixo ou mesmo seco, obtendo-se assim uma vazão constante.
A construção de represas quase sempre constitui
uma grande empreitada da engenharia civil. Os paredões, de tamanho gigante,
devem resistir às extraordinárias forças exercidas pelas águas que ela deve
conter. Às vezes, têm que suportar ainda a pressão das paredes rochosas da
montanha em que se apóiam.
Para diminuir o efeito das dilatações e contrações
devidas às mudanças de temperatura, a construção é feita em diversos blocos,
separados por juntas de dilatação. Quando a represa está concluída, em sua
massa são colocados termômetros capazes de transmitir a medida da temperatura a
distância; eles registram as diferenças de temperatura que se possam verificar
entre um ponto e outro do paredão e indicam se há perigo de ocorrerem tensões
que provoquem fendas.
A potência
A potência
A energia que pode ser fornecida por unidade de
tempo chama-se potência, e é medida em watt (W). Como as potências fornecidas
pelas usinas hidrelétricas são muito grandes, sempre expressas em milhares de
watts, utiliza-se para sua medida um múltiplo dessa unidade, o quilowatt (kW),
que equivale a 1.000 W.
A potência de uma fonte de energia elétrica pode
ser calculada multiplicando-se a tensão em volts que ela é capaz de fornecer
pela corrente em amperes que distribui. Dessa maneira, uma fonte capaz de
distribuir 1.000 A com uma tensão de 10.000 V possui uma potência de 10 milhões
de watts, ou 10.000 kW.
Uma linha de transmissão, portanto, é capaz de
transportar a mesma potência de duas maneiras: com voltagem elevada e corrente
de baixa intensidade, ou com voltagem baixa e alta corrente.
Quando a energia elétrica atravessa um condutor,
transforma-se parcialmente em calor. Essa perda é tanto maior quanto mais
elevada for a intensidade da corrente transportada e maior for a resistência do
fio condutor. Assim, seria conveniente efetuar a transmissão da energia
elétrica por meio de fios muito grossos, que apresentam menos resistência.
Porém, não se pode aumentar excessivamente o diâmetro do condutor, pois isso
traria graves problemas de construção e transporte, além de encarecer muito a
instalação. Assim, prefere-se usar altos valores de tensão, que vão de 150.000
até 400.000 V.
A energia elétrica produzida nas centrais não é
dotada de tensão tão alta. Nos geradores, originalmente, essa energia tem uma tensão de cerca de 10.000 V. Valores mais
altos são inadequadas, porque os geradores deveriam ser construídos com
dimensões enormes. Além disso, os geradores possuem partes em movimento e não é
possível aumentar arbitrariamente suas dimensões.
A energia elétrica é, pois, produzida a uma tensão
relativamente baixa, que em seguida é elevada, para fins de transporte. Ao
chegar às vizinhanças dos locais de utilização, a tensão é rebaixada. Essas
elevações e abaixamentos são feitos por meio de transformadores.
O gerador
O gerador é um dispositivo que funciona com base
nas leis da indução eletromagnética. Em sua forma mais simples, consiste numa
espira em forma de um círculo. Ela fica imersa num campo magnético e roda em
torno de um eixo perpendicular às linhas dessa área.
Quando fazemos a espira girar com movimento
regular, o fluxo magnético que atravessa sua superfície varia continuamente.
Surge assim, na espira, uma corrente induzida periódica. A cada meia volta da
espira o sentido da corrente se inverte, por isso ela recebe o nome de corrente
alternada. (wikipedia)
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