Digital Wind Farm proporciona até 5% de aumento de
eficiência em parque eólico, afirma GE.
Avanço da internet das coisas viabilizou a otimização dos parques
eólicos que utilizam a ferramenta lançada no Brasil.
A
ferramenta Wind Digital Farm que a GE lançou na edição de 2015 do Brazil
WindPower, evento realizado no Rio de Janeiro, tem conseguido aumentar a
eficiência de parques eólicos no Nordeste em até 5%. Essa é a estimativa
revelada pela multinacional norte-americana durante o evento transmitido via
internet A Energia na Era Digital, que a companhia capitaneou de seu Centro de
Pesquisas na Ilha do Fundão, na capital fluminense.
De acordo
com o CEO da GE Brasil, Gilberto Peralta, o avanço da tecnologia e da internet
das coisas tem permitido, cada vez mais, que haja um controle e acompanhamento
mais detalhado da operação de equipamentos do setor elétrico. No caso dessa
ferramenta aplicada à geração de energia eólica as informações são obtidas por
meio de sensores instalados nas máquinas onde, entre outros dados, são
analisados por meio de softwares a velocidade do vento, direção do vento e o
vortex causado pelas máquinas. “O sistema busca um melhor posicionamento das
máquinas para um melhor resultado em termos de geração, a máquina auto ajusta
ao processo”, comentou.
O
presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, lembrou que a internet das
coisas ajuda o sistema não somente na operação de um parque isoladamente. Esse
fluxo de informações proporciona maior agilidade a uma rede como a do Brasil
que possui uma grande extensão territorial, cerca de 250 grandes UHEs. E ainda,
uma estrutura interligada, que por isso precisa de monitoramento constante em
termos de manutenção e capacidade de responder de forma rápida a necessidades
de urgência, como reconfigurar o sistema de transmissão, o que traz maior
confiabilidade para atender a demanda.
“Se eu
perder uma linha de transmissão de uma usina como Itaipu, que tem uma
participação importante em termos de abastecimento, o sistema consegue se
reconfigurar para minimizar essa perda”, lembrou ele. O executivo comentou que
episódios de desligamentos, os chamados apagões, como o de 1999 dificilmente
ocorreriam hoje em dia em função do avanço pelo qual o setor passou deste
então.
A
internet das coisas é vista ainda como uma fonte de informações que pode gerar
muitos benefícios para o setor elétrico quando combinada com a tecnologia.
Novamente, no foco está a perspectiva de se ter uma operação e manutenção de
forma preditiva que segundo estimativas de Peralta, é cerca de 70% mais barato
que a corretiva, fator que além de baixar custos, ajuda no planejamento.
(canalenergia)
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