quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Está indefinida inauguração da usina solar fotovoltaica da UFGD

Data de inauguração da usina solar fotovoltaica da Universidade Federal da Grande Dourados segue indefinida.
A concessionária Energisa já efetuou a vistoria e aprovou a instalação e os testes finalizaram-se no final de novembro.
A maior usina do setor público brasileiro, a ser instalada na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), em Dourados, Mato Grosso do Sul, ainda não tem data prevista para inauguração. A princípio sua estreia estava prevista para 31/10/19, mas foi cancelada. A concessionária Energisa já efetuou a vistoria e aprovou a instalação e os testes finalizaram-se no final de novembro.
As 16 unidades de 70,35 kWp (quilowatt pico) operavam em fase de testes desde meados de outubro, totalizando uma potência instalada de 1.125,6 kWp, com capacidade para abastecer o equivalente a 1,2 mil casas em um ano.
Desde o início dos testes, o desempenho da geração está acima do esperado. “Esse resultado deve-se graças ao criterioso trabalho da equipe de gestão e fiscalização da Prefeitura Universitária e do eficiente trabalho pela contratada”, destacou o engenheiro eletricista e fiscal do contrato, Alessandro da Paixão.
A partir de fevereiro de 2020, todas as informações sobre a economia na conta de energia serão contabilizadas e divulgadas para o público, que poderão ser acompanhadas em tempo real na TV instalada na Prefeitura Universitária.
A usina instalada na universidade tem 16 módulos de 70,35 kWp (quilowatt-pico) cada, 12 deles estão nas coberturas dos blocos da Unidade 2 (2.520 placas em teclados). O restante está instalado diretamente no solo (840 placas em solo), logo na entrada na UFGD, chamando a atenção de quem chega na universidade. Em um ano, o sistema solar fotovoltaico produziria 1.705.000 quilowatt-hora, alcançando 30% de economia e com o custo de manutenção anual de apenas R$ 18 mil.
Hoje, a UFGD gasta cerca de R$ 2,6 milhões por ano com a conta de energia elétrica da Unidade 2. Com o sistema solar fotovoltaico, a estimativa é de que os painéis solares gerem uma economia anual aproximada de R$ 915 mil na conta de energia.
Além da parte financeira, há o lado sustentável do sistema, por gerar energia limpa e renovável. Assim, o montante de energia gerado corresponderá à capacidade de retirada de carbono da atmosfera de 1.411 árvores anualmente, o que evitaria a emissão de 17,6 toneladas de CO2 por mês.
Para a construção da usina, a Prefeitura Universitária recebeu R$ 4,5 milhões de investimentos por meio Termo de Execução Descentralizada (TED), via Secretaria de Educação Superior (SESU-MEC), no ano de 2018. O projeto ainda visa a ampliação para atingir 100% do consumo de toda universidade, incluindo a Unidade 1, FADIR e Fazenda.
A ideia é que o valor economizado na conta de luz possa ser revertido para pesquisas acadêmicas de graduação e pós-graduação, gerando novos conhecimentos na área.
A UFGD iniciou a instalação da usina de energia solar fotovoltaica na Unidade 2 (Cidade Universitária), em maio deste ano. “Essa é uma das maiores usinas de energia fotovoltaica da América Latina em uma universidade pública”, disse Paixão. (portalsolar)

Governo quer mais pesquisa em mineração e energia

Os ministérios de Minas e Energia (MME) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) preparam estratégias integradas para estimular a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias para mineração, energia elétrica e produção de petróleo, gás e biocombustível.
Os ministros titulares das pastas, Bento Albuquerque (MME) e Marcos Cesar Pontes (MCTIC), assinaram em Brasília, portaria conjunta criando um grupo de trabalho interministerial que, nos próximos 45 dias, deverá elaborar plano e propor medidas administrativas e legais para viabilizar a aproximação entre os setores de mineração e de energia dos centros de pesquisa.
“O MCTIC sabe onde estão os melhores laboratórios, os melhores centros de pesquisa para esse desenvolvimento”, afirmou Bento Albuquerque ao falar sobre a parceria. “Estamos no ministério que sabe muito bem todo o potencial que o país tem de transformar toda riqueza natural em bens e qualidade de vida”, acrescentou Marcos Pontes.
De acordo com Albuquerque, há recursos para incrementar as pesquisas nos setores de mineração e energia. “Falta de recursos não há, o que falta é governança. Existem recursos e estão dispersos, são dissociados dos resultados que eles poderiam proporcionar e, muitas vezes, não são aplicados. Ficam aguardando os projetos serem viabilizados.”
Durante a cerimônia de assinatura da portaria, Albuquerque enfatizou que as agências reguladoras dispõem de recursos para pesquisa, arrecadados juntos às empresas, e que não estão sendo utilizados. Só no caso da Agência Nacional do Petróleo, dos R$ 16 bilhões disponíveis, só apenas R$ 6 bilhões foram gastos.
O objetivo do ministro é sofisticar as cadeias produtivas e agregar valor, por exemplo, na transformação de commodities (produtos primários negociados em mercados internacionais) minerais. “Nós somos exportadores de commodities e não conseguimos agregar valor. Isso só será feito pela ciência e tecnologia”, afirmou. (biodieselbr)

Juiz de Fora terá produção biodiesel de macaúba

Biocombustível à base de macaúba vai ser produzido em Juiz de Fora/MG.
Com apoio Britânico, Juiz de Fora terá produção biodiesel de macaúba.
Mais um passo foi dado em favor da produção de biocombustíveis em Juiz de Fora, na Zona da Mata. O projeto, que envolve a cidade mineira, o governo britânico, por meio do seu Fundo de Prosperidade, a empresa britânica Green Fuels, entre outros, foca a produção do recurso por meio da plantação de macaúba, palmeira nativa do Brasil.
Acordado em 2018, o programa vai dar início agora à construção da usina que transforma óleo vegetal em biocombustível – com previsão de término para a metade do ano que vem – e a uma unidade técnica onde haverá o cultivo da planta, de forma sustentável, com foco no treinamento dos produtores. O investimento nessa primeira etapa está estimado em R$ 2 milhões, de um total de R$ 6 milhões, aproximadamente.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuário da cidade, Rômulo Veiga, a perspectiva é que, ao longo do projeto, sejam plantados 130 mil hectares de macaúba, o que equivale a 220 milhões de litros de biocombustível. O produto poderá ser usado, inclusive, na aviação civil.
A quantia, destaca ele, não é muita, mas o sucesso da iniciativa poderá levá-la a mais cidades mineiras e a outros estados que tenham as características necessárias para o cultivo da planta.
Outras vantagens do projeto, lembra ele, são a “ressignificação da agricultura familiar, a geração de emprego e renda e a recuperação de áreas degradadas”. De acordo com o secretário, até 30 mil empregos poderão ser gerados, entre produtores, envolvidos no desenvolvimento industrial, entre outros. As expectativas são de que em 2026 a cidade já produza o biocombustível em alta escala – destacando que a produção da macaúba leva cerca de quatro anos.
Ao longo do tempo, não deverá faltar cooperação técnica com a Inglaterra, em um primeiro momento, e com a Alemanha, posteriormente, para a implantação de tecnologias que contribuam com todo esse processo. “Toda essa condução tecnológica envolve diretamente pesquisadores brasileiros. A ideia é termos domínio tecnológico para não exportar matéria-prima e, sim, termos o produto acabado”, diz Veiga.
Cooperação
O Fundo de Prosperidade do governo britânico dá apoio ao desenvolvimento econômico em países que poderão se tornar alguns dos principais parceiros comerciais do local. Além do foco no combate à pobreza, a iniciativa ainda tem como expectativa a criação de oportunidades para a realização de negócios internacionais, incluindo as organizações britânicas.
“O mundo hoje enfrenta um imenso desafio em relação às mudanças do clima, que desconhece fronteiras e vai impactar a todos, independentemente de riqueza, políticas, gênero, idade ou raça. O Reino Unido está comprometido com ações transformadoras como comprova, de modo específico, a parceria firmada em Juiz de Fora por meio do programa de energia do Fundo de Prosperidade do Governo Britânico, e, de modo geral, a seleção de Glasgow, na Escócia, como sede da COP 26”, disse o embaixador britânico para o Brasil, Vijay Rangarajan, em comunicado para a imprensa. (biodieselbr)

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Avaliação da política para energias renováveis e biocombustíveis

CCT aprova relatório sobre avaliação da política para energias renováveis e biocombustíveis.
A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) aprovou em 11/12/19 o relatório da senadora Kátia Abreu (PDT-TO) sobre a avaliação da política pública para energias renováveis e biocombustíveis. Essa foi a política pública eleita pelo colegiado para ser analisada em 2019, da qual resultaram várias recomendações de aprimoramento ao governo federal.
Para a avaliação da política de energias renováveis, a senadora propôs que fossem realizadas duas audiências públicas, uma sobre biocombustíveis – analisando o programa governamental Renovabio – e a outra sobre produção de energia limpa. Foram ouvidos cientistas e pesquisadores.
O Renovabio objetiva expandir a produção e o uso de biocombustíveis na matriz energética nacional, com o objetivo de fomentar a previsibilidade da participação competitiva desses combustíveis no mercado nacional, auxiliando o Brasil a cumprir metas assumidas no Acordo de Paris para proteção climática.
Visando à melhoria dessa política, a comissão acolheu propostas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), da União da Indústria de Cana-de-açúcar, entre outras entidades.
Entre as sugestões acatadas para biocombustíveis estão a realização de pesquisas para o aprimoramento dos modelos, das bases de dados e das ferramentas de apoio ao Renovabio; o avanço na regulamentação e no incentivo à produção de novos biocombustíveis no mercado brasileiro, com destaque para o diesel verde; a expansão da oferta de matérias-primas, especialmente oleaginosas, utilizadas na produção de biocombustíveis; o aumento da produtividade das culturas energéticas, com redução de custos e produção sustentável; e a manutenção da competitividade dos biocombustíveis.
Para o desenvolvimento de fontes renováveis de energia elétrica, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) fez proposta que aponta a necessidade de modernização do setor elétrico e do aperfeiçoamento da governança de pesquisa, desenvolvimento e inovação. A EPE alertou também para a importância de uma melhor distribuição de recursos governamentais para pesquisa no setor, visto que há concentração em áreas como hidrelétricas, transmissão e distribuição.
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) defendeu a necessidade de conferir maior confiabilidade ao sistema elétrico nacional para que haja crescimento robusto das fontes alternativas.
Com relação a essa proposta da ANEEL, a senadora Kátia Abreu explicou que as energias renováveis e os biocombustíveis são energias que apresentam certo grau de risco, que podem faltar em determinados momentos. A oferta de energia hídrica, por exemplo, de acordo com a relatora, pode ser reduzida por conta de crises hídricas; do mesmo modo, as energias eólica e solar podem faltar também por questões climáticas. (biodieselbr)

Tesla planeja aumentar capacidade de bateria gigante na Austrália

Sistema de armazenamento localizado no parque eólico de Hornsdale aumentará em 50%, passando para 150 megawatts
A empresa norte-americana Tesla quer elevar a capacidade da maior bateria de íon de lítio existente no planeta, instalada no parque eólico de Hornsdale, no sul da Austrália. Segundo comunicado da Neoen, empresa francesa que opera a usina, o sistema aumentará em 50%, passando para 150 megawatts. O aumento da capacidade de armazenamento traz ainda mais eficiência assegurando a intermitência das energias renováveis, como a eólica e a solar.
Dessa forma, essa superbateria, instalada no final de 2017, trabalha para trazer estabilidade a rede, evitar cortes de energia e reduzir custos, compensando a intermitência da geração de energia renovável.
Em apenas um ano de operação, a economia gerada pelo parque de armazenamento foi de mais de US$ 34 milhões para os consumidores australianos.
“O projeto inovador da bateria de Hornsdale só comprova como as baterias podem ajudar o nosso sistema elétrico”, destacou Darren Miller, responsável pela Arena, a agência de energia renovável do governo que também financia a expansão.
O parque eólico foi ligado no primeiro dia de verão em 2017, para alimentar a instável rede de energia da Austrália. Conforme prometido pelo fundador e controlador da Tesla, Elon Musk, a usina foi construída em apenas 100 dias.
Ainda neste ano, a Tesla lançou um novo sistema de armazenamento sustentável de energia elétrica em baterias de lítio. Trata-se da criação de um software baseado em inteligência artificial, que gerencia e monitora o equipamento de estocagem e libera a carga nos horários de maior demanda.
A novidade integra o projeto de expansão dos negócios da Solar City, unidade dedicada à energia solar adquirida no ano passado. A empresa pertencia ao irmão de Elon Musk.
Assim como a experiência na Austrália, com a utilização da inteligência artificial, a carga é liberada para o sistema público de abastecimento, principalmente nos horários de pico, diminuindo o acionamento de outras fontes de geração de energia mais poluentes, como usinas termelétricas. (portalsolar)

Usina solar “vertical” será instalada em barragem alpina à 2.500 metros

Usina solar “vertical” será instalada em barragem nos Alpes a 2.500 metros de altura.
Um projeto proposto pela empresa suíça Axpo prevê a instalação de uma usina solar vertical com 2 Megawatts de capacidade em uma barragem hidrelétrica no país.
Com mais de 1 km de extensão, a barragem do Lago Muttsee é maior de toda a Europa e está situada a uma altitude de quase 2.500 metros do nível do mar.
Segundo a empresa, as 6.000 placas de energia solar fotovoltaica serão fixadas em uma área de 10 mil m² da parede da barragem.
A sua posição não será exatamente vertical e seguirá a inclinação da obra, com ângulos de 77° para a faixa de placas superiores e 55° na faixa inferior.
De acordo com os responsáveis, o local apresenta fatores ideais para a construção do projeto, que terá uma capacidade de produção anual estimada de 2,7 Gigawatts-hora.
As temperaturas mais baixas, que aumentam o desempenho das placas, o efeito reflexivo da neve e a ausência de neblina são algumas das condições favoráveis apontadas.
Fora isso, a barragem está voltada ao sul, posição ideal para a instalação de placas solares em países do hemisfério Norte, sendo o contrário em países do hemisfério austral, como o Brasil.
Suíça terá Usina Solar "Vertical" em barragem nos Alpes.
O projeto também poderá aproveitar a rede de transmissão já existente da hidrelétrica, a Linthal 2015, como no caso da usina solar flutuante de Sobradinho, inaugurada este ano.
Durante o inverno, a produção de energia na Suíça é significativamente menor do que o seu consumo, o que levou o governo do país a apostar em fontes de energia renováveis em seu plano energético para 2050.
Várias usinas solares foram construídas no planalto suíço durante os últimos anos, mas a sua capacidade de produção ainda não foi suficiente para resolver a queda de produção no inverno.
Embora a baixa capacidade do projeto piloto da Axpo não torne a usina uma solução em si, ela servirá como base de avaliação para o potencial de geração nessa região do país, abrindo caminho para projetos maiores.
Teoricamente, o potencial existe e foi divulgado em um recente estudo realizado pelo Instituto Federal Suíço de Tecnologia.
Segundo a Swisssolar, associação solar fotovoltaica da Suíça, o país precisa de 50 Gigawatts de nova capacidade solar instalada para atender seu consumo de forma sustentável no futuro.
A usina solar vertical da Axpo pode ser uma luz para guiar essa transformação energética do país. (ecodebate)

domingo, 26 de janeiro de 2020

Startup cria super forno usando espelhos, luz solar e inteligência artificial

Patrocinada por Bill Gates, empresa criadora registrou recorde de temperatura, podendo baixar o impacto ambiental da produção de cimento, aço e vidro.
A startup Heliogen, apoiada por Bill Gates, criou um forno de 1000°C, com a possibilidade de produzir cimento, aço, vidro e outros materiais sem o uso de combustíveis fósseis. Essa é a primeira vez que um equipamento atinge tal índice calorífico. A temperatura recorde atingida em energia solar foi resultado da aplicação de campo de espelhos e inteligência artificial (IA) no equipamento.
A tecnologia combinou os dois sistemas para refletir raios solares que geraram calor acima de mil graus Celsius – um quarto da temperatura do Sol. O método não é novidade, mas é a primeira vez que alguém consegue atingir temperaturas altas o suficiente para produzir cimento e aço, por exemplo.
Ao invés de usar painéis solares para capturar energia, o sistema usa “energia solar concentrada”. “Se você pegar mil espelhos e alinhá-los exatamente em um único ponto, poderá atingir temperaturas extremamente altas”, diz Bill Gross, fundador e CEO da Heliogen. Segundo Gross, a startup alcançou essa marca no primeiro dia em que ligou sua fábrica.
A IA foi fundamental para o desenvolvimento dessa inovação com o uso de um software de computação de visão, detecção automática e outras tecnologias sofisticadas para treinar um campo de espelhos para refletir a luz solar em apenas um ponto.
Agora, empresas podem reduzir em até 60% o uso de combustíveis fósseis para a produção de cimento, aço, vidro e outros materiais, diminuindo significativamente as emissões de poluentes. O cimento, por exemplo, representa 7% da emissão de carbono mundial, de acordo com a Agência Internacional de Energia.
“A capacidade do forno atingir as altas temperaturas exigidas para esses processos é um desenvolvimento promissor na busca de um dia substituir o combustível fóssil”, afirma Bill Gates. Mesmo em dias nublados, as indústrias conseguiriam gerar calor pela tecnologia, graças a um sistema de reserva.
Segundo a Heliogen, sua usina está gerando energia suficiente para, no futuro, sintetizar hidrogênio em larga escala. A ideia é que o hidrogênio possa ser transformado em combustível para automóveis e aeronaves. “Se você conseguir produzir hidrogênio verde, isso muda o jogo”, diz Gross. “A longo prazo, queremos ser a empresa de hidrogênio verde”.
Porém, no momento, a startup está focada em energia solar. Agora, o maior desafio para a Heliogen é convencer as empresas a investirem na troca para esse sistema, mais sustentável. Os primeiros clientes serão anunciados em breve, segundo Gross.
Engenharia solar: ciência e natureza caminhando juntas.
Cada vez mais projetos são desenvolvidos com o objetivo de promover o uso de fontes de energia natural a fim de reduzir danos ao meio ambiente. E uma das formas que mais é disseminada hoje em dia é a de painéis que captam a energia gerada pela luz solar. Mas, isso não vem de hoje. (portalsolar)

Pesquisadores criam vodca a partir de energia solar, água e CO2

Tecnologia sustentável produz álcool mais puro, pois não requer destilação para remover as impurezas dos grãos, leveduras ou processos de fermentação.
Pesquisadores da empresa Air Co conseguiram produzir uma vodca feita de água, energia solar e CO2. Essa técnica é totalmente inovadora, uma vez que a bebida originária da Europa Oriental, até então, era produzida por meio de arroz, cevada, milho, trigo, centeio e até ervas.
A diferença desse processo para o convencional é que a técnica não emite gases de efeito estufa, sendo totalmente sustentável. Além disso, o álcool é mais puro do que as vodcas tradicionais, pois não requer destilação para remover todas as impurezas dos grãos, leveduras ou processos de fermentação.
Para desenvolver a nova versão da vodca, os pesquisadores tiveram que gerar etanol puro. Para isso utilizaram uma máquina movida a energia solar para extrair CO2 (Dióxido de Carbono) do ar para que o gás pudesse ser dividido em carbono e oxigênio. Após a separação das moléculas, elas foram misturadas com água sobre um catalisador à base de metal, que gerou o etanol puro.
Conheça a vodka feita de ‘nada’, produzida a partir de energia solar, água e CO2.
O criador do processo, o eletroquímico e cofundador da empresa, Stafford Sheehan, explicou que a técnica usa os mesmos princípios que a fotossíntese nas plantas, mas de forma mais eficiente. Depois de criado o etanol puro, ele foi destilado, até que o resultado fosse uma vodca como qualquer outra, com volume alcóolico de 40%.
A Air Co tem sede em Nova York e, no momento, a vodca ecológica está sendo vendida em bares e restaurantes da cidade e também em mercados específicos por U$ 65,00. “A novidade não leva açúcar, carboidratos, glúten ou impurezas, e com certeza será a bebida do futuro”, destacou Sheehan.
A inovação tecnológica para a produção da bebida alcoólica chamou a atenção da NASA, que inclusive premiou a empresa pela criação do produto. A vodca é um destilado obtido a partir de arroz, mais comumente na China e no Japão e da cevada, milho, trigo, centeio, ervas, figos ou batatas, fermentados mais comuns na Rússia e Polônia. Cada uma dessas matérias primas confere à bebida sabor e qualidade diferentes, variando a fórmula de acordo com a região onde é produzida.
Geralmente, a vodca tem 40% de teor alcoólico, mas a sua graduação pode variar entre os 35 e os 60% sendo acrescido de água local, o que lhe diferencia também. Na União Europeia, o teor alcoólico imposto é de mínimo de 37,5%. Já as bebidas produzidas na América têm em geral 37% de teor alcoólico, pois o processo de destilação é diferente do europeu.
A vodca é destilada a altas temperaturas e depois submetida a filtragens químicas para neutralizar os aromas dos cereais. A água também é um ingrediente da bebida. (portalsolar)

Mundo precisará de 7,7 TW de energias renováveis até 2030

Mundo precisará de 7,7 TW de energias renováveis até 2030 para combater mudanças climáticas.
Um novo relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) alerta que é preciso acelerar a adoção mundial de energias limpas até 2030 para combater as mudanças climáticas.
O estudo, divulgado durante a Conferência do Clima da ONU (COP25) em Madri, faz apelo aos países para que aumentem as suas metas atuais de fontes de energias renováveis.
Segundo a IRENA, as Contribuições Nacionalmente Determinadas (CNDs) de cada país atualmente visam uma capacidade mundial de renováveis de 3,2 Terawatts (TW) até 2030.
Isso, no entanto, não será suficiente para reduzir substancialmente as emissões globais de CO2 e manter a temperatura média global a 1.5°C acima dos níveis pré-industriais.
A agência afirma que, no ritmo atual, em até 10 anos o mundo poderá esgotar seu “orçamento de carbono” para as emissões relacionadas ao setor de energia estipulado para o final do século.
O relatório afirma que seria preciso dobrar essa meta de fontes limpas e atingir uma capacidade de 7,7 TW delas na geração mundial até 2030.
Atualmente, a capacidade instalada de fontes renováveis na matriz elétrica mundial é de 2,3 Terawatts.
“Muito mais é possível. Há uma oportunidade decisiva para os países intensificarem a ação climática, aumentando suas metas em energias renováveis, que são a única solução imediata para atender à crescente demanda de energia, enquanto descarbonizam a economia e desenvolvem resiliência”, afirma o diretor da IRENA, Francesco La Camera.
O relatório alega ainda que esse aumento das renováveis pode ser alcançado de maneira econômica e com consideráveis benefícios socioeconômicos em todo o mundo.
Entre os benefícios estão a geração de milhões de empregos no setor de renováveis, que empregou 10,3 milhões de trabalhadores em 2018, segundo a agência.
“As renováveis são boas para o crescimento, boas para a criação de empregos e proporcionam benefícios significativos ao bem-estar. Com as energias renováveis, também podemos expandir o acesso à energia e ajudar a erradicar a pobreza energética em linha com a Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030”. (ecodebate)

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

RJ lidera ranking de produção de energia solar no Brasil

Rio de Janeiro lidera o ranking de produção de energia solar distribuída no País.
Apesar da crescente busca por energia solar no Brasil, o país ocupa a 10ª posição dos que mais produzem e consomem energia solar.
Apesar da crescente busca por energia solar no Brasil, o país ocupa apenas a 10ª posição dos que mais produzem e consomem energia solar, representando hoje 1,2% da matriz energética brasileira. Em 2018, a capacidade instalada de energia solar representou 1,2 GW, totalizando 2,4GW de capacidade instalada acumulada.
Em termos de potência instalada na geração distribuída, o Rio de Janeiro lidera o ranking da cidade com maior volume de geração, com 17,7MW. Porém, Minas Gerais é o estado que lidera a geração distribuída da energia limpa.
Segundo dados de 2019 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (ABSOLAR), três municípios do estado mineiro estão presentes no ranking das dez cidades em potência instalada na geração distribuída do País.
Essa liderança de Minas Gerais deve-se aos grandes incentivos do governo do estado, que foi pioneiro em conceder isenção do ICMS para projetos de energia fotovoltaica.
A cidade mineira com maior número de instalações de sistema é Uberlândia, com um total de 14,8MW instalados, seguida da capital Belo Horizonte que possui 10,3MW e Buritizeiro (uma cidade com menos de 30 mil habitantes) com 8,8MW.
No ranking das cidades também se destacam Brasília (Centro-Oeste), Fortaleza, Cuiabá, Teresina e Goiânia (Nordeste). Curiosamente, o Rio Grande do Sul está em segundo lugar no ranking dos estados brasileiros com mais potência instalada no País, apenas com a pequena Santa Cruz do Sul, no centro do Estado, com 189,7 MW instalados.
Esse destaque é explicado pelo fato do Rio Grande do Sul ter mais sistemas de energia solar comerciais instalados, que possuem maior potência se comparados aos sistemas residenciais. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a cidade de Santa Cruz do Sul possui em operação mais de 500 usinas de geração de energia fotovoltaica instalados em residências e comércio.
Em terceiro lugar está a cidade de São Paulo que possui um dos maiores registros de sistemas instalados em residências, de acordo com dados da Aneel. “Uma das nossas maiores riquezas é o nosso sol, temos o clima e território perfeito, e saber aproveitar este recurso que está disponível é mais que inteligente, é sustentável e necessário. Eu vejo o nosso trabalho como um serviço de utilidade pública”, comenta Alcione Belache, CEO da Renovigi, líder brasileira na produção de sistemas fotovoltaicos.
De acordo com um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o uso da energia renovável é uma tendência mundial. Hoje, é considerada a principal responsável pelo desenvolvimento sustentável. Somente em 2018, foram investidos US$ 139,7 bilhões em energia solar no mundo.
Ranking municipal em potência instalada (MW) no país
1º Rio de Janeiro – RJ – 17,7 (1,5%)
2º Brasília – DF – 16,3 (1,3%)
3º Fortaleza – CE – 15,6 (1,2%)
4º Uberlândia – MG – 14,8 (1,2%)
5º Cuiabá – MT – 12,4 (1%)
6º Santa Cruz do Sul – RS – 11,0 (0,9%)
7º Teresina – PI –– 8,8 (0,9%)
8º Belo Horizonte – MG – 10,3 (0,8%)
9º – Goiânia – GO – 9,6 (0,8%)
10º Buritizeiro – MG – 8,8 (0,7%)
Ranking entre os estados
1º Minas Gerais – 241,9 (19,9%)
2º Rio Grande do Sul – 189,7 (15,6%)
3º São Paulo – 156,3 (12,9%)
4º Mato Grosso – 81,7 (6,7%)
5º Paraná – 59,4 (4,9%)
6º Rio de Janeiro – 55,3 (4,6%)
7º Santa Catarina –– 54,9 (4,5%)
8º Goiás – 48,3 (4%)
9º – Ceará – 47,7 (3,9%)
10º Pernambuco – 33,9 (2,8%) (portalsolar)

Ex-presidente da Eletrobrás defende equilíbrio em relação à energia solar na GD

José da Costa Carvalho Neto entende que contratos de energia fotovoltaica devem ser mantidos com ponderação, diminuindo gradativamente os subsídios para os consumidores.
O engenheiro e ex-presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), José da Costa Carvalho Neto, que também presidiu a Eletrobrás, entende que contratos de energia fotovoltaica devem ser mantidos, mas é preciso muito equilíbrio. A afirmação foi feita com base nas possíveis mudanças propostas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que está em consulta pública para taxação do uso do fio pelo consumidor de energia solar.
Segundo ele, quando foi lançado esse programa (de incentivo à energia solar) não tinha escala. “Para fazer isso, tinha de dar um subsídio inicial. Mas não se pode dar um subsídio permanente. Porque senão a sociedade não está ganhando com isso. Então, você tem de criar mercado e, a partir daí, diminuir o subsídio. O que a Aneel está querendo fazer é isso. Mas acho que não se pode ser tão radical ao ponto de se cortar o incentivo a esse tipo de energia”, disse.
Ele acredita que é preciso bom senso, alegando que os subsídios não podem durar eternamente. “Ao mesmo tempo, não se pode matar a galinha dos ovos de ouro. As discussões têm de ser colocadas democraticamente, levando-se em consideração os pontos positivos. Porque se você tem uma energia produzida no Amazonas, é preciso trazê-la para cá. Para isso, você tem o custo grande de transporte e as perdas. Já quando se tem uma energia sendo produzida mais próxima do consumidor, se tem menos perdas e, também, menos investimento em transmissão e até, teoricamente, menos investimentos em distribuição e na própria geração, que é mais barata”, afirmou.
Energia solar e vento passam hidrelétricas em 25 anos no país, diz estudo.
Ele reforça que é preciso um conjunto de ganhos que também tem de ser levado a efeito para verificar como devem ser as regras. O ponto central é buscar o equilíbrio. “Tem de diminuir o subsídio, mas não se pode terminar com ele de repente, nem pode rasgar contratos. Você prometeu que o subsídio vai demorar 25 anos e agora diz que é só por 10 anos? Preservar o contrato é muito importante”, finalizou.
Para atender ao Acordo de Paris, segundo Neto, será preciso usar as fontes alternativas, que estão cada vez mais baratas, mas com ponderação, já que são muito voláteis. O certo é combinar a solar e a eólica com as hidrelétricas, para obter uma matriz energética mais segura.
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu em 15/10/19 consulta pública que vai até 30/12/19, para alterar as regras da chamada geração distribuída, sistema pelo qual consumidores podem produzir sua própria energia, normalmente por meio do uso de painéis solares.
A proposta da agência é alterar as regras sobre a energia que o consumidor gera a mais ao longo do dia e joga na rede da distribuidora de energia. Pela regra atual, a energia que o consumidor gera a mais durante o dia é devolvida pela distribuidora praticamente sem custo para que ele consuma quando não está gerando energia.
Com a mudança proposta, o consumidor passará a pagar pelo uso da rede da distribuidora e também pelos encargos cobrados na conta de luz. A cobrança será feita em cima da energia que ele receber de volta do sistema da distribuidora.
Instalação de painéis solares.
Segundo o relator do processo, diretor da Aneel, Rodrigo Limp, pelas regras atuais, os consumidores que não têm sistema de geração próprio de energia acabam pagando pelos incentivos dados a quem instalou o próprio sistema de geração. (portalsolar)

Poder Legislativo debate avanço das energias limpas

Parlamentares ampliam as discussões sobre uma nova matriz energética
A necessidade de investir nas energias limpas foi levada à Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (CNLE). O evento, que é realizado pela União dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), ocorreu entre 20 e 22 de novembro, na cidade de Salvador (BA). A proposta de colocar a energia limpa em pauta foi do deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar de Biocombustíveis e Energias Renováveis da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Tovar Correia Lima (PSDB).
Segundo o deputado, a Unale vai colocar em pauta em todas as Casas Legislativas do Brasil a questão das energias limpas, principalmente a energia solar. “O Poder precisa atuar como protagonista nessa discussão, promovendo debates, apresentando soluções, participando da formulação de políticas públicas e acompanhando e fiscalizando a aplicação das leis já existentes sobre a temática”, disse.
Para ele, economicamente, as fontes de energias limpas carregam a grande vantagem de colaborar com a preservação do meio ambiente, gerando emprego, renda e sustentabilidade. “É essa ideia que pretendo apresentar durante a conferência, como uma alternativa que reduz custos e que está ao nosso alcance. Precisamos de vontade política, organização e mais consciência ecológica”, afirmou.
A Paraíba está em 13º lugar no país como Estado que mais gera energia por meio do sol na geração distribuída, ficando no meio do caminho entre os estados que estão mais e menos avançados no setor. De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), atualmente, a Paraíba tem 20,3 megawatts operacionais em geração distribuída solar e fotovoltaica, o que representa mais de R$ 120 milhões de investimentos.
O evento organizado pela União dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), é um ambiente democrático de discussões, que tem por objetivo discutir soluções para o futuro do país. A conferência conta com parlamentares de todas as regiões e partidos do Brasil.
Está em consulta pela Aneel a resolução que trata da micro e minigeração de energia distribuída, na qual o consumidor pode tanto consumir quanto injetar na rede de distribuição a energia produzida. Esse excedente fica como crédito e pode ser usado para o abatimento de uma ou mais contas de luz do mesmo titular.
A agência decidiu adiar por 30 dias o prazo para a conclusão de consulta pública para rever as regras que tratam da chamada geração distribuída, modalidade na qual os consumidores também podem gerar a própria energia elétrica em suas residências.
O prazo inicial para a consulta, aberta em 17/10/19 e terminaria em 30/11/19. Com o adiamento, a consulta pública será encerrada em 30/12/19.
Elaborada em 2012, a resolução estabelece subsídios para incentivar esse tipo de prática, como a isenção do pagamento de tarifas pelo uso da rede elétrica e também do pagamento de outras componentes da conta de energia, como os encargos setoriais (que geram receita para subsidiar a tarifa social, por exemplo).
Esses incentivos são cobrados de todos os consumidores, inclusive dos usuários “comuns” que recebem a energia somente da distribuidora. Com a revisão da norma, a intenção da agência reguladora é reduzir gradualmente esses subsídios. Na avaliação da ANEEL, atualmente a produção desse tipo de energia já tem um custo viável, diferentemente de quando a medida foi implantada. (portalsolar)

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

75% dos projetos brasileiro de geração distribuída são residenciais

75% dos projetos de geração distribuída desenvolvidos no Brasil são para áreas residenciais.
Busca cada vez maior por sistemas fotovoltaicos é impulsionada pelo fato de ser uma energia limpa e econômica.
Os consumidores residenciais lideram o ranking do uso de energia solar fotovoltaica na geração distribuída. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) apontam que 75% dos projetos desenvolvidos no Brasil são para áreas residenciais. A busca cada vez maior por esse sistema deve-se pelo fato de ser uma energia limpa e focada na sustentabilidade, sem contar que os projetos chamam a atenção por suprirem quase a totalidade do consumo de energia do condomínio.
A energia excedente, gerada e injetada na rede da concessionária, rende créditos energéticos que podem ser compensados, ou seja, utilizados, em até 60 meses. “Quando bem dimensionado, um projeto pode trazer uma economia de até 90% em energia para o condomínio, reduzindo a escalada da conta de luz que varia muito com a presença de bandeiras de consumo”, explica a especialista Krystiane Bergamo, Mestre em Governança e Sustentabilidade da Platão Energia.
O número de sistemas de energia solar em funcionamento saltou de 8,7 mil para 111 mil no Brasil, nos últimos seis anos. No Paraná, os números também cresceram. Já são quase 3 mil, fazendo do estado o sexto no ranking nacional. “Em Curitiba, apesar do tempo nublado, o índice de radiação é excelente e faz com que tenhamos 39% mais capacidade de geração de energia limpa do que a Alemanha”, argumenta a pesquisadora que vive na região.
Para a instalação do sistema não é exigido obra, nem quebra-quebra. Uma instalação média demanda apenas alguns dias de atividade e a produção de energia depende do tamanho da área para a instalação dos painéis e do índice de radiação das cidades.
O inversor faz a conversão da energia para o formato desejado, sem necessidade de alteração das instalações. Caso o condomínio não utilize toda a energia produzida, o excedente é injetado na rede e rende créditos.
“As principais vantagens do sistema são os preços mais em conta e o tempo de retorno de investimento reduzido, que a cada dia conquista novos endereços em edifícios, condomínios horizontais, indústrias e templos religiosos”, relata Krystiane.
A empresa paranaense com ação nacional oferece serviço completo de sistemas de geração de energia solar residencial, empresarial, industrial ou rural para geração distribuída. Trabalha tanto com sistemas conectados à rede quanto isolados.
Foi criada com a missão de contribuir na transição para um novo modelo de geração energética mais eficiente, mais sustentável e mais próximo do consumidor. Com um corpo técnico com experiência internacional e uma equipe multidisciplinar, a empresa cuida de todas as etapas do projeto: desenvolvimento, instalação, homologação, manutenção e monitoramento. (portalsolar)

Carvão mineral ainda é o vilão global em geração de energia

Investimento em fontes limpas ainda é insuficiente, mas faz parte de megatendências do mercado que sinaliza buscar um caminho para combater mudanças climáticas.
A principal mensagem que o UNFCCC, agência das Nações Unidas para as questões relacionadas às mudanças climáticas, vem difundindo durante a COP-25, que é realizada até 13/12/19 em Madri, é que é tempo de agir. Em parte, esse posicionamento decorre da necessidade de acelerar os investimentos em energias renováveis para ajudar na redução das emissões de gases de efeito estufa. Em termos globais, um dos grandes vilões tem sido a geração por meio de carvão mineral, principalmente na Europa e na Ásia.
De acordo com o professor Emilio La Rovere, do Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente da Coppe-UFRJ e que também é membro do IPCC, no segmento elétrico a questão do combustível mineral é o principal ponto a ser combatido. Ainda mais no momento em que o mercado vem buscando novas fontes de geração.
Segundo ele, nesse sentido, o Brasil está relativamente bem posicionado em decorrência de sua tradicional matriz elétrica que sempre esteve baseada em fontes renováveis, anteriormente, hídrica e agora com o avanço de eólica, solar e biomassa. Aqui o problema está mais concentrado na agricultura e pecuária, que devem adotar medidas que mitiguem as emissões.
“Em termos globais eu diria que o grande vilão é o carvão mineral. Esse é um problema na Europa, vemos a Alemanha que se entusiasmou e implementou um cronograma irrealista de desmobilização de energia nuclear e se viu diante da necessidade de retomar as usinas a carvão que devem ficar até 2038”, lembrou ele. “Na China vemos o avanço do uso desse elemento para a geração e nas siderúrgicas, ao ponto de no ano passado termos a adição de volumes mais elevados do que toda a energia eólica acrescentada por lá, e isso é preocupante, mostra que o carvão está forte. Enquanto não nos livrarmos dele fica complicado alcançar as metas de redução de emissões”, acrescentou.
Por outro lado, o mercado começa a mostrar as suas opções. Tanto que apesar do governo dos Estados Unidos apoiar o setor de carvão e petróleo, o avanço das renováveis tem prevalecido. Para o acadêmico, esse é o resultado da escolha do mercado, que está cada vez mais consciente da necessidade de preservação. De certa forma ele corroborou a visão de Luiz Barroso, da PSR e João Mello, da Thymos, durante a edição 2019 do Encontro Anual do Mercado Livre de que o mercado é quem escolheu as renováveis.
Ainda esta semana a Climate Trends, uma organização não governamental ambiental indiana, indicou que o carvão naquele país entrou em um processo que classificou como o início do fim desse combustível por lá. Cinco estados já adotaram políticas para não ter mais novas instalações de geração a base de carvão mineral.
Na opinião de Carlos Alonso, diretor de Políticas Energéticas e Mudanças Climáticas da Iberdrola, essa é uma das megatendências globais das quais os mercados não podem fugir, e quem demorar para tomar uma decisão de mudança para a economia verde – ou de baixo carbono – ficará para trás.
Sua opinião tem como base a experiência da companhia espanhola. Cerca de 20 anos atrás houve uma decisão por investir em fontes renováveis. Desde então aportou, segundo cálculos da empresa, algo como 100 bilhões de euros e hoje possui 31 GW em potência instalada de geração por meio de fontes renováveis ante um volume de 19 GW em outras usinas. Contudo, nesse último grupo não estão nem carvão nem combustíveis derivados do petróleo, apenas nuclear e gás natural, esta última apontada por ele como um combustível de transição e que ao passo que as fontes limpas avançam – com apoio de dispositivos como baterias (ou usinas reversíveis que atuam como baterias) – deverá ser chamada a despachar cada vez menos.
“Temos demonstrado que a economia verde não é boa apenas para o planeta e para as pessoas, mas para os acionistas também, afinal uma empresa deve apresentar rentabilidade”, comentou ele. “Portanto, o exemplo de negacionistas em grandes empresas de negócios tradicionais atacando as renováveis que são fontes que não geram resultados, empregos e crescimento econômico não é verdade”, afirmou o executivo durante o evento na capital da Espanha.
Alonso destacou ainda que a redução dos preços das fontes é consequência dessa aposta do mercado. Lembrou que há 10 anos a tarifa para a solar estava em 450 euros por MWh e hoje é comum ver patamares abaixo de 20. Ou seja, tecnologias mais antigas, como a do carvão estão perdendo competitividade porque o mercado não quer mais.
“São megatendências contra as mudanças climáticas que a sociedade vem demandando e o mercado de capitais vem valorizando, um sinal de que há uma exigência pela descarbonização, por isso nossa estratégia dos últimos 20 anos se mostra correta”, avaliou. “Posso incluir ainda a luta contra a poluição atmosférica local, nas cidades que visam melhorar a qualidade do ar ao reduzir os níveis de CO2, NOx, particulados e enxofre. E essa atuação envolver as renováveis, eletrificação e a expansão dos veículos elétricos, ao aplicar tecnologias disruptivas”, acrescentou. (canalenergia)

Taxação de energia solar pela ANEEL é inaceitável

Taxação de energia solar pela ANEEL é inaceitável, diz deputado.
José Mário Schreiner (DEM-GO) reforçou que medida impactará diretamente os produtores rurais do Estado.
O deputado federal José Mário Schreiner (DEM-GO) destacou, em audiência pública, em Brasília, no dia 20 de novembro, que a proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) com intenção de taxar a energia solar trará impactos negativos para os produtores rurais que utilizam o sistema. A proposta, que está em consulta pública, postergada até dia 30 de dezembro, prevê que a energia injetada na rede de distribuição da concessionária elétrica seja apenas parcialmente compensada na conta de luz do consumidor gerador de energia solar e não totalmente, como é realizada atualmente.
Para o deputado, a medida da ANEEL é inaceitável e retira o ânimo dos investidores. “Essa energia foi tão incentivada, as pessoas acreditaram, investiram, empresas construíram parques fotovoltaicos. O que nos estranha é que pouco menos de 1% da energia gerada no Brasil vem da energia solar. Agora vem a ANEEL fazendo essa proposta indecorosa”, rebateu.
Os parlamentares seguem discutindo, através das audiências públicas, e junto ao governo federal a proposta. “Nós esperamos que a ANEEL possa ouvir aquilo vem sendo falado”, diz. Na oportunidade, o deputado aproveitou para criticar a qualidade do serviço de distribuição de energia elétrica em Goiás, onde muitos produtores rurais já foram afetados.
“Em Goiás, onde temos a pior companhia de distribuição de energia do país, pelo sexto ano consecutivo, a ANEEL não toma iniciativa. Produtores rurais ficam até 15 dias sem energia na sua propriedade, perdendo sua produção, não podendo ordenhar suas vacas, não podendo exercer suas atividades e a agência não faz nada”, disse.
Como alternativa, Schreiner propõe a criação de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que possa derrubar a portaria da ANEEL. “Nós podemos fazer a interlocução com o governo federal, mas as agências reguladoras são autônomas”, pondera.
“As entidades e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) estão totalmente contra essa medida e nós não vamos nos acomodar até resolver isso e dar tranquilidade aos investidores que querem apostar nesse modelo de produção de energia limpa”, comentou.
O deputado ainda citou a portaria da ANEEL que prevê que produtores irrigantes apresentem a outorga do uso da água e licenciamento ambiental para conseguir descontos na conta de luz. Segundo ele, os órgãos ambientais demoram de cinco a 10 anos para dar uma outorga ou licença.
A polêmica taxação da energia solar pela ANEEL.
“Isso é mais uma dificuldade que temos enfrentado e que, sem dúvida, nenhuma a ANEEL precisa ter uma sensibilidade maior e discutir mais efetivamente com as pessoas que carregam o Brasil nas costas”, acrescentou. (portalsolar)