Taxação
de energia solar pela ANEEL é inaceitável, diz deputado.
José
Mário Schreiner (DEM-GO) reforçou que medida impactará diretamente os
produtores rurais do Estado.
O deputado federal José Mário
Schreiner (DEM-GO) destacou, em audiência pública, em Brasília, no dia 20 de
novembro, que a proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) com
intenção de taxar a energia solar trará impactos negativos para os produtores
rurais que utilizam o sistema. A proposta, que está em consulta pública,
postergada até dia 30 de dezembro, prevê que a energia injetada na rede de
distribuição da concessionária elétrica seja apenas parcialmente compensada na
conta de luz do consumidor gerador de energia solar e
não totalmente, como é realizada atualmente.
Para o deputado, a medida da ANEEL é inaceitável e retira o ânimo dos investidores. “Essa energia foi tão
incentivada, as pessoas acreditaram, investiram, empresas construíram parques fotovoltaicos. O que nos estranha é que
pouco menos de 1% da energia gerada no Brasil vem da energia solar. Agora vem a ANEEL fazendo essa proposta indecorosa”, rebateu.
Os parlamentares seguem
discutindo, através das audiências públicas, e junto ao governo federal a
proposta. “Nós esperamos que a ANEEL possa ouvir aquilo vem sendo falado”, diz.
Na oportunidade, o deputado aproveitou para criticar a qualidade do serviço de
distribuição de energia elétrica em Goiás, onde muitos produtores rurais já
foram afetados.
“Em Goiás, onde temos a pior
companhia de distribuição de energia do país, pelo sexto ano consecutivo, a ANEEL não toma iniciativa. Produtores rurais ficam até 15 dias sem energia na
sua propriedade, perdendo sua produção, não podendo ordenhar suas vacas, não
podendo exercer suas atividades e a agência não faz nada”, disse.
Como alternativa, Schreiner
propõe a criação de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que possa derrubar
a portaria da ANEEL. “Nós podemos fazer a interlocução com o governo federal,
mas as agências reguladoras são autônomas”, pondera.
“As entidades e a Frente
Parlamentar da Agropecuária (FPA) estão totalmente contra essa medida e nós não
vamos nos acomodar até resolver isso e dar tranquilidade aos investidores que
querem apostar nesse modelo de produção de energia limpa”, comentou.
O deputado ainda citou a
portaria da ANEEL que prevê que produtores irrigantes apresentem a outorga do
uso da água e licenciamento ambiental para conseguir descontos na conta de luz.
Segundo ele, os órgãos ambientais demoram de cinco a 10 anos para dar uma
outorga ou licença.
A polêmica taxação da energia
solar pela ANEEL.
“Isso é mais uma dificuldade
que temos enfrentado e que, sem dúvida, nenhuma a ANEEL precisa ter uma
sensibilidade maior e discutir mais efetivamente com as pessoas que carregam o
Brasil nas costas”, acrescentou. (portalsolar)
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