CCT aprova relatório sobre
avaliação da política para energias renováveis e biocombustíveis.
A Comissão de Ciência e
Tecnologia (CCT) aprovou em 11/12/19 o relatório da senadora Kátia Abreu
(PDT-TO) sobre a avaliação da política pública para energias renováveis e
biocombustíveis. Essa foi a política pública eleita pelo colegiado para ser
analisada em 2019, da qual resultaram várias recomendações de aprimoramento ao
governo federal.
Para a avaliação da política
de energias renováveis, a senadora propôs que fossem realizadas duas audiências
públicas, uma sobre biocombustíveis – analisando o programa governamental
Renovabio – e a outra sobre produção de energia limpa. Foram ouvidos cientistas
e pesquisadores.
O Renovabio objetiva expandir
a produção e o uso de biocombustíveis na matriz energética nacional, com o
objetivo de fomentar a previsibilidade da participação competitiva desses
combustíveis no mercado nacional, auxiliando o Brasil a cumprir metas assumidas
no Acordo de Paris para proteção climática.
Visando à melhoria dessa
política, a comissão acolheu propostas da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP),
da União da Indústria de Cana-de-açúcar, entre outras entidades.
Entre as sugestões acatadas
para biocombustíveis estão a realização de pesquisas para o aprimoramento dos
modelos, das bases de dados e das ferramentas de apoio ao Renovabio; o avanço
na regulamentação e no incentivo à produção de novos biocombustíveis no mercado
brasileiro, com destaque para o diesel verde; a expansão da oferta de
matérias-primas, especialmente oleaginosas, utilizadas na produção de
biocombustíveis; o aumento da produtividade das culturas energéticas, com
redução de custos e produção sustentável; e a manutenção da competitividade dos
biocombustíveis.
Para o desenvolvimento de
fontes renováveis de energia elétrica, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
fez proposta que aponta a necessidade de modernização do setor elétrico e do
aperfeiçoamento da governança de pesquisa, desenvolvimento e inovação. A EPE
alertou também para a importância de uma melhor distribuição de recursos
governamentais para pesquisa no setor, visto que há concentração em áreas como
hidrelétricas, transmissão e distribuição.
Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL) defendeu a necessidade de conferir maior confiabilidade ao
sistema elétrico nacional para que haja crescimento robusto das fontes
alternativas.
Com relação a essa proposta
da ANEEL, a senadora Kátia Abreu explicou que as energias renováveis e os
biocombustíveis são energias que apresentam certo grau de risco, que podem
faltar em determinados momentos. A oferta de energia hídrica, por exemplo, de
acordo com a relatora, pode ser reduzida por conta de crises hídricas; do mesmo
modo, as energias eólica e solar podem faltar também por questões climáticas.
(biodieselbr)
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