Energias solar e eólica representam o caminho mais
seguro para descarbonizar o setor elétrico mundial.
Um
novo estudo realizado por cientistas alemães mostrou que as fontes de energia
solar e eólica são a melhor solução para reduzir as emissões da geração
elétrica mundial.
Intitulado
“Co-benefícios Ambientais e Efeitos Colaterais Desfavoráveis Para Estratégias
de Descarbonização do Setor Elétrico”, o estudo foi publicado na revista Nature
Communications.
Segundo
seus autores, essas duas fontes de energia renováveis são mais eficientes para
combater o aquecimento global ao mesmo tempo em que causam os menores impactos
à saúde humana.
São
essas vantagens, em conjunto com a competitividade dos seus preços, que puxam o
crescimento anual das fontes solar e eólica em todo o mundo.
No
Brasil, por exemplo, a eólica já se consolidou como a segunda fonte de maior
participação na matriz elétrica, com mais de 15 Gigawatts (GW) de capacidade.
A
geração por placas solares, por sua vez, apresenta o maior crescimento anual,
com destaque para a energia
solar em Salvador, na Bahia, estado com maior capacidade solar do Brasil.
De
acordo com o estudo, a geração de energia por fontes fósseis responde por cerca
de 40% das emissões mundiais de CO2, principal causador do efeito estufa.
Além
disso, é responsável também pelo uso e poluição da água, ocupação de terras,
radiação ionizante e dejetos radioativos.
No
entanto, os cientistas afirmam que a geração de energia é a atividade humana
que apresenta os métodos de menor custo para sua descarbonização e combate à
poluição.
Fontes Renováveis Podem Reduzir em 70% as Emissões
do Setor Elétrico Mundial Até 2050.
Benefícios e Desafios das Energias Limpas
Apresentando
quatro diferentes cenários de transição, o estudo mostra os benefícios e os
percalços de um setor elétrico mundial descarbonizado.
Para
isso, os cientistas utilizaram duas metodologias diferentes, que avaliam a
integração das novas tecnologias em um cenário global e seus respectivos ciclos
de vida.
O
estudo analisa que a maior implantação das tecnologias limpas, em especial a
solar, exigiria o maior uso de recursos minerais.
No
entanto, diferentemente do seu uso nas tecnologias de geração por fontes
fósseis, esses materiais seriam passíveis de reciclagem ao fim de sua vida
útil, apontam os cientistas.
Desta
forma, eles sugerem que uma transição global elétrica de baixo carbono baseada
nessas tecnologias seja muito bem alinhada a uma estratégia integrada do uso
desses materiais.
O
uso de terras, por outro lado, poderia ser poupado com as tecnologias solar e
eólica, que demandam menos espaço que outras tecnologias, como no cultivo para
a Biomassa.
A
energia do sol e do vento também libera menos substâncias químicas do que
outras fontes tradicionais e renováveis, como na produção do biocombustível,
afirmou o estudo.
No
melhor cenário de transição traçado pelos cientistas, seriam 30% a menos dessas
substâncias lançadas ao Meio Ambiente do que no pior cenário.
Outro
recurso vital que seria poupado com a expansão das fontes solar e eólica seria
a água, utilizada nessas tecnologias em bem menos quantidade do que a Nuclear
ou Bioenergia.
Fontes
solar e eólica serão quase 50% da matriz elétrica mundial em 2050, segundo a
BNEF.
O
documento conclui que o cenário de maior transição para essas fontes limpas
apresenta os níveis mais altos de redução de emissões aliados à maior qualidade
de vida humana. (ecodebate)
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