Geração própria de energia solar ultrapassa um terço de Itaipu com 6 gigawatts.
A energia solar acaba de atingir a marca histórica de 6 gigawatts/GW de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos de residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil, o que equivale a mais de ⅓ de toda a capacidade da usina hidrelétrica de Itaipu, segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica/ABSOLAR.
De
acordo com a entidade, segmento promove enormes benefícios à população e já
trouxe mais de R$ 30,6 bilhões em investimentos e 180 mil empregos acumulados
no Brasil desde 2012.
Para a
associação, o Projeto de Lei nº 5.829/2019, que cria o marco legal da
modalidade, fortalecerá a segurança de suprimento elétrico em tempos de crise
hídrica e bandeira vermelha na conta de luz.
De
acordo com a entidade, o País possui atualmente mais de 518 mil sistemas
solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade
ambiental para mais de 652 mil unidades consumidoras. São mais de R$ 30,6
bilhões em investimentos acumulados desde 2012, que geraram mais 180 mil
empregos acumulados no período, espalhados ao redor de todas as regiões do
Brasil.
Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua atrasado no uso da geração própria de energia solar. Dos mais de 87 milhões de consumidores de energia elétrica do País, menos de 0,7% já faz uso do sol para produzir eletricidade, limpa, renovável e competitiva.
Para a entidade, a aprovação pelo Congresso Nacional de um marco legal para a geração própria de energia renovável, como proposto no Projeto de Lei (PL) nº 5.829/2019, fortalecerá a diversificação da matriz elétrica brasileira e a segurança de suprimento elétrico em tempos de crise hídrica e bandeira vermelha na conta de luz, decorrente do uso maciço de termelétricas fósseis. O PL nº 5.829/2019, de autoria do deputado federal Silas Câmara e relatoria do deputado federal Lafayette de Andrada, garantirá em lei o direito do consumidor de gerar e utilizar a própria eletricidade, a partir de fontes limpas e renováveis.
Segundo
a ABSOLAR, a tecnologia solar fotovoltaica está presente em mais de 5.300
municípios e em todos os estados brasileiros, sendo que os estados líderes em
potência instalada são, respectivamente: Minas Gerais (1.066 MW), São Paulo
(752 MW), Rio Grande do Sul (743 MW), Mato Grosso (450 MW) e Paraná (341 MW).
“A
geração própria de energia solar ajuda a economizar água dos reservatórios das
hidrelétricas do País e reduz o uso de termelétricas fósseis, caras, poluentes
e responsáveis pela terrível bandeira vermelha. Com isso, ajuda a diminuir a
conta de luz de todos os brasileiros. Por isso, é fundamental fortalecer e
incentivar o uso desta tecnologia no Brasil”, comenta Ronaldo Koloszuk,
presidente do Conselho de Administração da entidade.
Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, a aprovação PL nº 5.829/2019 pode trazer R$ 139 bilhões em novos investimentos ao País até 2050. “Os benefícios aos consumidores proporcionados pela modalidade representarão mais de R$ 150 bilhões somente com a redução de custos no uso de termelétricas fósseis neste mesmo período. Também serão proporcionados mais de R$ 23 bilhões de economia em perdas elétricas na transmissão, distribuição e geração da energia elétrica em usinas de grande porte, distantes dos locais de consumo. A soma destes dois fatores representará uma redução de custos de mais de R$ 173 bilhões aos consumidores brasileiros até 2050”, ressalta Sauaia.
Indicadores da geração própria de energia solar
A fonte
solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em energia
elétrica de forma renovável, limpa e sustentável, lidera com folga o segmento
de microgeração e minigeração distribuída, com mais de 99% das instalações do
País.
Em
número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da
lista, representando 75,2% do total de conexões. Em seguida, aparecem as
empresas dos setores de comércio e serviços (15,2%), consumidores rurais
(7,0%), indústrias (2,2%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços
públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%).
Em
potência instalada, os consumidores residenciais lideram o uso da energia solar
fotovoltaica, com 40,7% da potência instalada no País, seguidos de perto pelas
empresas dos setores de comércio e serviços (36,6%), consumidores rurais
(13,2%), indústrias (8,3%), poder público (1,1%) e outros tipos, como serviços
públicos (0,1%) e iluminação pública (0,02%). (ecodebate)
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