O projeto simboliza a maior
mudança da história automotiva: a eletrificação. O plano é uma parte
fundamental da estratégia do ‘Chefão’ da Renault, Luca de Meo, para reerguer a
montadora.
Mega projeto ambicioso do
chefão da Renault, Luca de Meo, simboliza a maior mudança da história
automotiva: a eletrificação. O super projeto deve ser anunciado pela
multinacional francesa esta semana e a montadora apresentará a ElectriCity, um
projeto que reúne em uma única subsidiária seus três locais em Douai, Maubeuge
e Ruitz para torná-lo um vasto centro de produção de veículos elétricos, na
França.
A causa é ouvida: o futuro do
automóvel é elétrico. Mês após mês, os números de vendas de veículos novos
estão forçando uma revisão das previsões de longo prazo. Em maio, na França, os
veículos híbridos representaram 26% das vendas de carros novos, com 36.221
registros, contra 22% para veículos a diesel.
O hub EV, que poderia
produzir até 400.000 veículos, é uma parte fundamental da estratégia do CEO
Luca de Meo para tirar a montadora em dificuldades e aumentar a produção de
veículos elétricos e híbridos. A mudança também ajudaria a cumprir uma promessa
ao Estado francês, o acionista mais poderoso da Renault, de preservar empregos
e tecnologia EV na França.
O primeiro carro a sair de
Douai será o novo Megane-E elétrico, cujas linhas de montagem estão sendo
implantadas. Neste modelo, restam as esperanças da Renault de voltar à batalha
do segmento C, intermediário e valorizado no mercado europeu.
O segmento B, abaixo do C, popular entre os motoristas franceses, não é negligenciado. Espera-se que a Renault anuncie que a ElectriCity sediará a plataforma de montagem do futuro R5 elétrico, que deve ser lançado em 2024. Tomando códigos estilísticos de seu glorioso antecessor, lançado logo após a crise do petróleo de 1973, este modelo futuro também é aguardado ansiosamente.
Renault imita sua concorrente Toyota e aposta em carros mais caros.
O CEO, Luca de Meo, um craque
de marketing, confirmou o fim da “corrida por volumes” (buscando aumentar o
número de veículos vendidos a todo custo, sob risco de baixa rentabilidade),
decidida pela gestão interina, que sucedeu a saída surpresa de Carlos. Ghosn: o
futuro Renault deve ser mais opulento, ir para cima do mercado, e, portanto,
vendido um pouco mais caro.
Luca de Meo nunca escondeu
isso e, para ele, é uma questão de imitar o trabalho de Carlos Tavares na rival
PSA (hoje Stellantis), que consegue, em cada veículo vendido, ter um lucro
muito maior ao feito pela Renault. Entretanto, é de outro fabricante que vem
Luciano Biondo, que vai liderar a ElectriCity.
Este italiano, ex-chefe da
fábrica da Toyota em Valenciennes, que produz pequenos Yaris, esculpiu uma bela
reputação para si mesmo como um homem eficiente e aberto ao diálogo social.
Finalmente, perto do local poderia ser criada uma grande fábrica de baterias
elétricas liderada pela Envision, uma operadora chinesa.
Multinacional Ford, que
fechou suas fábricas no Brasil, se prepara para a venda da marca cearense de
jipes 4×4 Troller e 470 vagas de emprego estão em jogo no estado
Após deixar de fabricar
veículos e fechar suas fábricas no Brasil, a montadora Ford Motor deverá vender
a fábrica da Troller em Horizonte (CE) até o fim de junho, segundo informou o
secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará, Maia Júnior. Em
entrevista à rádio CBN, Maia confirmou que um grupo do setor de engenharia
automotiva mostrou interesse em adquirir a planta.
O Governo do Estado do Ceará
está atuando como intermediário na negociação, e prometeu incentivos fiscais à
empresa que adquirir o complexo da Ford, principalmente se focar em energias
limpas. “Nossa prioridade é a manutenção dos empregos”, disse Maia à CBN.
“Não posso precisar, porque é uma relação entre vendedor e comprador. Tenho me colocado como facilitador. Estamos apoiando os prováveis compradores, porque interessa ao governo do Estado a continuidade da fábrica e, portanto, a manutenção dos empregos”, disse Maia Júnior à rádio O Povo CBN. Segundo ele, a Ford quer fechar negócio até o fim de junho.
A fábrica da Troller no Ceará gera 470 vagas de emprego diretas e os funcionários correm risco de serem demitidos, como aconteceu com o fechamento da fábrica da Ford em Camaçari (BA), que deixou mais de cinco mil pessoas desempregadas. “Queremos que o futuro comprador venha com avanços na indústria automotiva que não fiquem restritos à produção”, afirma o secretário. (clickpetroleoegas)
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