sexta-feira, 2 de julho de 2021

660 milhões de pessoas não terão acesso à energia elétrica em 2030

Estudo aponta que 660 milhões de pessoas não terão acesso à energia elétrica em 2030.
Para reverter a situação, relatório aponta a necessidade de investimentos em eletrificação por meio de soluções descentralizadas de base renovável.

A menos que os esforços sejam intensificados, o mundo não conseguirá garantir o acesso universal à energia e cerca de 660 milhões de pessoas não terão acesso à eletricidade 2030, a maioria delas na África Subsaariana, vivendo em ambientes frágeis e afetados por conflitos.

Foi o que mostrou um relatório divulgado em 07/06/21 pela Agência Internacional de Energia (IEA), Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UN DESA), Banco Mundial e Organização Mundial da Saúde (OMS). Denominado Tracking SDG 7: The Energy Progress Report (2021), o estudo mapeia as metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7 (ODS 7), que visa assegurar o acesso universal à energia segura, sustentável e moderna para todos.

O documento aponta avanços importantes na última década, que vai de 2010 a 2019, quando mais de um bilhão de pessoas obtiveram acesso à eletricidade em todo o mundo. A eletrificação por meio de soluções descentralizadas de base renovável, em particular, ganhou impulso e o número de pessoas conectadas a mini redes mais que dobrou entre 2010 e 2019, passando de 5 para 11 milhões de pessoas.

No entanto, de acordo com as políticas atuais e planejadas e posteriormente afetadas pela crise Covid-19, isso não será suficiente para universalizar o acesso à energia para toda população mundial.

Por outro lado, o impacto financeiro da Covid-19 tornou os serviços básicos de eletricidade inacessíveis para mais 30 milhões de pessoas, a maioria localizada na África Subsaariana. Atualmente, 759 milhões de pessoas ainda vivem sem eletricidade no mundo.

ODS 7: energias renováveis podem garantir o acesso universal à população mundial

A América Latina e o Caribe têm a maior parcela dos usos modernos de energia renovável, graças à energia hidrelétrica para eletricidade, bioenergia para processos industriais e biocombustíveis para transporte. O Leste e o Sudeste asiático, assim como a América Latina e Caribe, estão se aproximando do acesso universal, com mais de 98% de sua população tendo acesso à eletricidade.

O relatório examina várias maneiras de preencher as lacunas para alcançar o ODS 7, sendo as principais delas dobrar o progresso em eficiência energética, a colaboração internacional e aumentar significativamente o uso de energias renováveis - que se mostraram mais resilientes do que outras partes do setor de energia durante a crise do Covid-19. O estudo completo (em inglês) pode ser acessado aqui.

Cerca de 2,6 bilhões de pessoas não têm acesso a métodos de cozimento ecológicos, que cumpram os critérios da OMS.

Desigualdade é obstáculo para acesso universal à energia sustentável. (canalenergia)

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