quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Hidrologia ruim e o abastecimento do Nordeste

ONS: hidrologia ruim não traz risco de abastecimento ao Nordeste
Nível ao fim do ano não será confortável, mas atendimento está seguro.
Mesmo com uma situação complicada, enfrentando um regime hidrológico bastante desfavorável há mais de um ano, a região Nordeste não deve passar por um racionamento de energia este ano. Apesar das previsões do Operador Nacional do Sistema Elétrico apontarem para uma situação "pouco confortável" ao fim do ano, o assessor da diretoria geral do ONS, Marcelo Prais, ressalta que a segurança está garantida. “Fazemos um monitoramento estrito das condições de atendimento e temos plenas condições de atender a carga do Nordeste sem interrupção. Não vislumbramos questões de suprimento em 2015", afirmou o executivo em evento realizado pela Câmara Americana de Comércio, no Rio de Janeiro (RJ) em 21/09/15.
Ainda de acordo com Prais, o desligamento das térmicas com custo variável unitário superior a R$ 600 MW/h não foi precipitada nem causou desequilíbrio na região. Segundo ele, essa decisão não teria sido tomada caso não houvesse a convicção de que seria possível o atendimento sem o prosseguimento dessa carga. Mas ele ressalta que caso o ONS ateste uma eventual necessidade, ela pode voltar ainda este ano ou no ano que vem.
No período seco, a situação hidrológica na região Sudeste foi boa, ao contrário da registrada no Nordeste. O ONS já solicitou à Agência Nacional de Águas uma alteração na defluência de Três Marias, para que haja uma melhora nos níveis de Sobradinho. O presidente da agência, Vicente Andreu, já afirmou que a decisão deverá ser de consenso entre todos os que fazem uso da água, incluindo as usinas hidrelétricas.
O assessor do ONS também revelou que a carga tem verificado uma queda média de 3.500 MW médios por ano, o mesmo que as usinas de Madeira geram juntas, o que significa uma redução na demanda. A carga já foi revista duas vezes este ano e caso se identifique que a carga cresça em velocidade diferente da esperada, poderá ser feita em conjunto com a Empresa de Pesquisa Energética uma nova revisão da carga. (canalenergia)

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