Alemanha fecha a mais antiga usina nuclear e
mantém meta de blecaute nuclear total no país até 2022.
A
central atômica de Grafenrheinfeld, a mais antiga em funcionamento na Alemanha,
encerrará definitivamente no início de agosto/15 sua atividade, dentro do plano
desenhado pelo governo após a catástrofe da usina japonesa de Fukushima e que
fixa para 2022 o blecaute nuclear total no país.
Grafenrheinfeld,
administrada por E.ON, estava em funcionamento há 33 anos e é a primeira
central a fechar na segunda fase desta estratégia energética, aprovada em 2011
pela chanceler alemã, Angela Merkel, após ratificar o compromisso adquirido uma
década antes por seu antecessor, o social-democrata Gerhard Schröder.
O
fechamento provisório das oito usinas foi anunciado após a catástrofe de
Fukushima.
A de
Grafenrheinfeld, que fornecia em torno de 11,5% da energia consumida na
Baviera, estado federado do sul, será a nona instalação cancelada, seis meses
antes da data estabelecida, segundo a E.ON diante da falta de rentabilidade
econômica pelos impostos por sua atividade.
As
oito plantas restantes deverão ser desligadas até 2022. A próxima prevista é a
de Grundremmingen B, no final de 2017.
“Fora.
Acabou. A central de Grafenrheinfeld se desliga da rede. Um motivo de
felicidade, embora ainda devam ser apagadas oito centrais”, lembraram os
deputados dos Verdes no Twitter.
Em
comunicado, a organização ambientalista Greenpeace qualificou o fechamento da
usina de “grande êxito” do movimento anti-nuclear e de um “marco para a
transição energética”.
O
desafio é agora, destacou esta ONG, enfrentar a herança de toneladas de
resíduos nucleares que devem ser armazenadas de maneira segura durante milhares
de anos.
Para
compensar o fechamento das nucleares, a política energética alemã está centrada
no fomento das energias renováveis. (ecodebate)
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