Grupo paranaense avança na reciclagem de óleo de
cozinha
Depois de usado o óleo de cozinha vira um
problemão: se descartado incorretamente ele se acumula em tubulações e galerias
de esgoto – causando entupimentos e aumentando os custos do sistema – e
contamina a água. Contudo, atividade de coleta e reciclagem de óleos de
gorduras recuperados (OGRs) vai se estruturando com empresas dedicadas aumentando
o volume coletado.
Fundado em 1996, o grupo de origem paranaense
Ambiental Santos já coleta e processa 84 toneladas de OGRs por ano que destina
à produção de biodiesel. “Atualmente 99,9% da nossa demanda é destinada à
produção de biodiesel”, explica Gilberto de Cristo, coordenador de meio
ambiente da Ambiental Santos. A empresa está há 20 anos no mercado, atende mais
de 4 mil contratos no Paraná e Santa Catarina.
O grupo vem se dedicando principalmente ao
atendimento das necessidades de grupos que geram grandes volumes de OGRs. Caso,
por exemplo, do Grupo Risotolândia que gerencia restaurantes coletivos para os
setores corporativo e governamental produzindo 550 mil refeições ao dia que,
por sua vez, geram cerca de 7 mil litros OGRs por mês. “Nossa coleta é sempre
planejada e agendada, de acordo com a demanda da nossa cozinha e os cardápios
da semana. Tudo por aqui é coletado, tratado e higienizado”, diz Claudileine
Scarpa Gomes, supervisora de meio ambiente e conservação do Grupo Risotolândia.
Segundo a consultoria alemã especializada no
mercado de óleos vegetais Oil World, o Brasil produz 9 bilhões de litros de
óleos vegetais por ano. Desse volume, cerca de um terço vai para o mercado de
alimentação o que significa um consumo per capita em torno de 20 litros ao ano.
Desse total, a Ambiental Brasil estima que menos de 1% seja reciclado o que
termina com mais de 200 milhões de litros de óleo usado tendo como destino rios
e lagos todos os meses. (biodieselbr)
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