segunda-feira, 20 de julho de 2020

Energia solar e demais renováveis vão apoiar na retomada da economia mundial

Vulnerabilidade dos combustíveis fósseis destacada durante a crise da covid-19 abre espaço para investimentos em energias confiáveis, eficientes e limpas.
A demanda global de energia deve sofrer uma queda de 6% neste ano, conforme prevê a Agência Internacional de Energia – AIE. Os principais combustíveis tiveram uma queda impressionante na demanda sobretudo carvão, petróleo e gás, grandes emissores de poluentes, como o CO2. Essa queda representa sete vezes mais que após a crise financeira global de 2008. No caminho inverso, a demanda por energia renovável deverá crescer 1% este ano e ficará no centro das atenções para apoiar a retomada econômica mundiais.
A crise do coronavírus elucidou a vulnerabilidade dos combustíveis fósseis no que tange a problemas de armazenamento e distribuição. “A maioria dos países, segundo a AIE, está adotando ações para impulsionar uma grande mudança em direção a fontes de eletricidade com baixo carbono, como vento, energia solar fotovoltaica, energia hidrelétrica e nuclear”, disse o Dr. Fatih Birol, diretor executivo da AIE.
Ele acrescenta que os governos devem aprender a lição e colocar as tecnologias de energia limpa – renováveis, eficiência, baterias, hidrogênio e captura de carbono – no centro de seus planos de recuperação econômica. “Esse setor pode gerar empregos, aumentar a competitividade das economias e direcionar o mundo para um futuro de energia mais limpo”, frisou.
Em Londres, por exemplo, segundo ele, enquanto as emissões de carbono devem diminuir em quase 8% este ano, por conta da pandemia de coronavírus, a demanda por energia renovável só está aumentando.
Nesse sentido, o governo dinamarquês promoveu, em abril, conversa com a participação de ministros e líderes empresariais de todo o mundo para discutir sobre colocar a energia sustentável como um componente essencial da recuperação econômica global.
Em maio/20, os preços do petróleo ficaram negativos pela primeira vez nos Estados Unidos. Uma análise dos dados da empresa Flightradar 24 apontou que o número de aeronaves a uma altitude de mais de 50 pés caiu pela metade do nível usual em março.
Segundo a AIE, a queda da demanda de energia semanal foi mais brusca em países que adotaram bloqueios rigorosos, chegando a 25%, uma vez que à medida que as indústrias são fechadas e as pessoas ficam em casa. Nos países com bloqueios parciais, a demanda caiu 18%.
A AIE ainda reforça que combustível é a única fonte de energia renovável que não deve crescer neste ano por conta da desaceleração do transporte público. “Dependendo do cenário, algumas usinas de energia verde, sujeitas a coleta de resíduos de alimentos orgânicos podem fechar”. (portalsolar)

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