Vulnerabilidade
dos combustíveis fósseis destacada durante a crise da covid-19 abre espaço para
investimentos em energias confiáveis, eficientes e limpas.
A
demanda global de energia deve sofrer uma queda de 6% neste ano, conforme prevê
a Agência Internacional de Energia – AIE. Os principais combustíveis tiveram
uma queda impressionante na demanda sobretudo carvão, petróleo e gás, grandes
emissores de poluentes, como o CO2. Essa queda representa sete vezes
mais que após a crise financeira global de 2008. No caminho inverso, a demanda
por energia renovável deverá crescer 1% este ano e ficará no centro das atenções
para apoiar a retomada econômica mundiais.
A crise do coronavírus elucidou a vulnerabilidade
dos combustíveis fósseis no que tange a problemas de armazenamento e
distribuição. “A maioria dos países, segundo a AIE, está adotando ações para
impulsionar uma grande mudança em direção a fontes de eletricidade com baixo
carbono, como vento, energia solar fotovoltaica, energia hidrelétrica e nuclear”,
disse o Dr. Fatih Birol, diretor executivo da AIE.
Ele
acrescenta que os governos devem aprender a lição e colocar as tecnologias de
energia limpa – renováveis, eficiência, baterias, hidrogênio e captura de
carbono – no centro de seus planos de recuperação econômica. “Esse setor pode
gerar empregos, aumentar a competitividade das economias e direcionar o mundo
para um futuro de energia mais limpo”, frisou.
Em
Londres, por exemplo, segundo ele, enquanto as emissões de carbono devem
diminuir em quase 8% este ano, por conta da pandemia de coronavírus, a demanda
por energia renovável só está aumentando.
Nesse
sentido, o governo dinamarquês promoveu, em abril, conversa com a participação
de ministros e líderes empresariais de todo o mundo para discutir sobre colocar
a energia sustentável como um componente essencial da recuperação econômica
global.
Em
maio/20, os preços do petróleo ficaram negativos pela primeira vez nos Estados
Unidos. Uma análise dos dados da empresa Flightradar 24 apontou que o número de
aeronaves a uma altitude de mais de 50 pés caiu pela metade do nível usual em
março.
Segundo
a AIE, a queda da demanda de energia semanal foi mais brusca em países que
adotaram bloqueios rigorosos, chegando a 25%, uma vez que à medida que as
indústrias são fechadas e as pessoas ficam em casa. Nos países com bloqueios
parciais, a demanda caiu 18%.
A
AIE ainda reforça que combustível é a única fonte de energia renovável que não
deve crescer neste ano por conta da desaceleração do transporte público.
“Dependendo do cenário, algumas usinas de energia verde, sujeitas a coleta de
resíduos de alimentos orgânicos podem fechar”. (portalsolar)
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