ANA alerta para desafios da hidrologia em 2022.
O diretor Oscar Cordeiro Netto frisou que a atenção
não deve ser dedicada apenas este ano. “Temos que ficar bastante atentos,
vigilantes porque a depender do período chuvoso que se inicia a partir de
outubro, se não for generoso temos riscos importantes de administrar situações
complexas para o ano que vem”, avisa.
De acordo com ele, a questão hidro energética é um dos desafios para os próximos anos, em que a demanda por água cresce, com uma maior variabilidade das chuvas e sem a construção recente de grandes reservatórios de acumulação.
A diretora-presidente da ANA, Christianne Dias, lembrou que desde 2013 tem se observado muitas secas em várias regiões, o que pede o acompanhamento mais frequente das condições hídricas. Ela também pediu atenção para os reservatórios em 2022. “No ano que vem continua o desafio”, observa. Já o diretor Vitor Saback também salientou o comportamento da ANA este ano, considerado por ele como duro, de muito trabalho. “A demanda por água é contínua e crescente e as incertezas sobre a oferta existem. A ANA é chamada para atuar nesse momento para que ele não ocorra mais”, frisa.
Durante a apresentação, o superintendente da agência
deixou claro que essa não é a pior crise hidrológica na maioria dos
reservatórios do país, como Sobradinho/BA, Serra da Mesa/GO e Tucuruí/PA, mas
que na Região Hidrográfica do Paraná o cenário era outro, com os piores
resultados da média histórica. Thomas também afastou na bacia risco de falta de
água para consumo ou restrição hídrica, com exceção aos rios meia Ponte e
Piancó, em Goiás.
Já para os usos não consuntivos, foram citados os impactos como a paralisação da hidrovia Tietê-Paraná, na área de turismo e lazer e na geração de energia.
Reservatório de água em período de seca.
Crise hídrica pode se agravar e perdurar até 2022,
diz professor.
À CNN Rádio, Pedro Cortes afirmou que o fenômeno La Niña e o desmatamento da Amazônia contribuem para a seca histórica. (canalenergia)
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