A Unigel, a maior produtora
de acrílicos, fertilizantes nitrogenados e estirênicos da América Latina e a
Casa dos Ventos fecharam um contrato de compra e venda de energia limpa, com
duração de 20 anos. O acordo é o primeiro da petroquímica brasileira no setor
de energia eólica e faz com que a construção do projeto Babilônia Sul, que terá
capacidade de gerar 360 MW de potência, saia do papel na Bahia.
Complexo eólico reduzirá a
emissão de 200 mil toneladas de dióxido de carbono por ano
De acordo com Roberto
Noronha, presidente da Unigel, o contrato com a Casa dos Ventos assegurará que
“parte importante” da energia utilizada pelo grupo, que tem como foco reduzir a
pegada de carbono, venha de fontes renováveis.
A expectativa é que 200 mil
toneladas de carbono deixem de ser emitidas por ano e o executivo afirma que a
sustentabilidade virou uma pré-condição quando qualquer projeto é avaliado. Por
estar em processo de oferta pública inicial de ações (IPO), a Unigel não
afirmou a potência adquirida ao lado da Casa dos Ventos.
Complexo de energia eólica em BA receberá cerca de R$ 2 bilhões em investimentos e o contrato recém-firmado faz parte de uma opção de compra de participação futuramente. Caso a Unigel exerça a opção, será capaz de se tornar sócia da usina de energia eólica e entrar na categoria como uma autoprodutora de energia, conseguindo garantias de suprimento e custos ainda mais competitivos no mercado.
Acordo estratégico da Unigel e Casa dos Ventos promete gerar novos empregos
O contrato das duas empresas
entra em vigor em 2024, com a substituição de parte da energia de fontes não
sustentáveis, que são utilizadas atualmente. Segundo Noronha, o acordo com a
Casa dos Ventos é estratégico, já que coloca a companhia no caminho da meta de
ter uma grande parte da energia que consome vinda de fontes renováveis, como a
energia eólica.
Após investir R$ 500 milhões
para voltar com as operações em 2 fábricas de fertilizantes arrendadas da
Petrobras na Bahia e em Sergipe, a petroquímica anunciou que investirá na 1ª unidade
de produção de amônia verde no país, localizada em Camaçari, na Bahia.
A unidade, que iniciará suas atividades até o fim de 2022, demandará a contratação de mais energia, de preferência renovável, para obter amônia por meio do hidrogênio da água e do nitrogênio do ar. De acordo Noronha, a companhia está buscando novas oportunidades de contratação de energia eólica e solar.
Casa dos Ventos planeja tornar seus projetos eólicos em plantas híbridas
Já para a Casa dos Ventos, a
nova parceria fomentará o desenvolvimento do projeto na Bahia, que terá, ao
total, cinco sociedades de propósito específico. A mobilização dos
empreendimentos iniciou este mês e os aerogeradores já foram comprados junto à
Vestas.
Novos acordos voltados para a
usina eólica já estão prosseguindo junto a clientes do ambiente de contratação
livre, afirma o diretor de Novos Negócios da empresa eólica, Lucas Araripe. O
executivo afirma também que os setores eletro intensivos, como mineração
petroquímica, têm sido grandes demandantes de compra de energia em longo prazo.
(clickpetroleoegas)
Nenhum comentário:
Postar um comentário