Desafio
do setor elétrico será planejar o sistema num contexto de mudanças climáticas.
Segundo
o CEO da PSR, Luiz Barroso, o mundo caminha para esse novo normal em que as
condições climáticas ainda são desconhecidas pelos estudiosos do setor.
“Estamos transitando para o novo normal, cuja distribuição de probabilidades
ainda não é conhecida”.
Hoje o planejamento do sistema de geração no Brasil é feito por uma métrica conhecida como garantia física, que reflete para cada gerador do sistema qual é a quantidade de energia que ele consegue entregar em um período crítico. Segundo Barroso, o planejamento precisará se adequar a essa nova realidade e isso trará novos desafios.
“Uma dificuldade muito grande é a implementabilidade destas decisões, já que implementar decisões de planejamento acarreta no Brasil em efeitos comerciais nos agentes”, diz.
Segundo
o executivo, essa medida de confiabilidade do planejamento vai precisar cada vez
mais incluir fatores climáticos adversos. Ele diz que a atual crise hídrica que
o Brasil passa atualmente pode ser atribuída a mudanças climáticas. “Essa é uma
seca contra a qual o planejamento não está organizado”.
O
cientista do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), José
Marengo, prevê que esses eventos climáticos severos serão cada vez mais
frequentes e as atividades humanas estão afetando o clima.
“Isso aumenta o risco de crises hídricas, incêndios e desastres naturais e mais impactos setoriais na segurança energética, hídrica e social”.
Tendências para a abertura do mercado de energia.
Segundo Marengo, o mundo vive o maior aquecimento em mais de 2000 anos. Isso demonstra que o aquecimento global não pode ser explicado somente por fatores naturais. O Acordo de Paris estabelece um cenário de estabilização do aquecimento de até 2 graus até 2050, todavia, Marengo acredita que os prognósticos serão ainda mais pessimistas. (canalenergia)
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