segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Turbinas a gás HA da GE Vernova atinge 2 milhões hs em operação

Turbinas a gás HA da GE Vernova atinge dois milhões de horas em operação.
A frota tem uma capacidade instalada de mais de 47 GW de energia, suficiente para abastecer mais de 35 milhões de residências

A Gas Power, unidade de negócio da GE Vernova, chegou a marca de dois milhões de horas acumuladas em operação comercial de sua frota de turbinas a gás da Classe H composta por 88 unidades em atividade ao redor do mundo.

Segundo a empresa, a frota é uma das mais ágeis e flexíveis do mercado, permitindo aos gestores de sistemas de transmissão e distribuição despachar eletricidade rapidamente como carga de base, além de complementar as fontes renováveis intermitentes. Desde a primeira operação comercial da turbina a gás HA, carro-chefe da empresa, em 2016, a frota HA agora possui uma capacidade instalada de 47 GW, equivalente à eletricidade necessária para abastecer 35 milhões de residências.

Em 2021, a empresa comemorou o primeiro milhão de horas em operação alcançado pela frota e a primeira operação comercial da turbina a gás 9HA.02 da GE Vernova, na Usina Termelétrica Sultan Ibrahim (Track4A) de 1,4 GW da Southern Power Generation, no sul da Malásia. Em 2022, a GE Vernova anunciou a primeira operação comercial da tecnologia 7HA.03 no Dania Beach Clean Energy Center da Florida Power & Light Company. A turbina a gás 7HA.03 é a próxima evolução da plataforma HA, além de atualmente ser a maior, mais eficiente e flexível turbina a gás de 60 Hertz (Hz) com o menor custo de conversão de gás em energia elétrica em operação no mundo, destacou a empresas. (canalenergia)

Empresas pedem para triplicar capacidade de energia renovável até 2030

União de Stakeholders quer que meta de 11.000 GW renováveis até 2030 seja definida na COP28.

O World Energy Transitions Outlook 2023 da Agência Internacional de Energia Renovável pede uma correção de rumo e triplicar a capacidade global total de energia renovável até 2030 para pelo menos 11.000 GW e duplicar as taxas de melhoria da eficiência energética.

G20 quer triplicar capacidade de renováveis, com ressalva para energia fóssil

Concessão em relação aos combustíveis fósseis ocorreu para atender a Rússia e Arábia Saudita.

Nova Déli, na Índia, está se preparando para receber a cúpula do G20.

O G20 vai se comprometer a triplicar a capacidade de energia renovável até 2030, mas também pretende apoiar tecnologias para sustentar o uso de combustíveis fósseis — uma concessão à Rússia e à Arábia Saudita, que haviam bloqueado um acordo anterior sobre o tema.

Os países membros assumirão o compromisso de “buscar e encorajar” esforços para cumprir a meta de aumentar a geração de energia limpa, de acordo com pessoas familiarizadas com as negociações.

Por outro lado, o bloco também exigirá um impulso semelhante de tecnologias como captura de carbono, que podem reduzir as emissões provenientes do uso de gás natural, carvão e petróleo, e com isso prolongar a aceitação e uso desses combustíveis, disseram algumas das pessoas, que pediram anonimato.

Mesmo com a concessão aos combustíveis fósseis, o acordo deve conferir uma nova dinâmica à transição energética, em meio a preocupações globais sobre segurança, abastecimento e custos que começaram a minar o progresso na adoção de energia limpa.

As discussões entre ministros de energia do G20 em julho terminaram sem acordo depois que Arábia Saudita e Rússia bloquearam a proposto de compromisso com energia renovável.

Combate às mudanças climáticas exigirá 7,7 TW mundial de energias renováveis até 2030.

Apesar da adoção recorde da energia solar e eólica na China, e de uma aceleração nas instalações na Europa e na América do Norte, o mundo continua profundamente dependente do carvão e do gás para obter eletricidade. O consumo de carvão atingiu um recorde em 2022 e permanecerá no mesmo nível este ano, afirmou a Agência Internacional de Energia em julho. (globo)

Câmara monta estratégia para “engolir” pauta verde do governo Lula

Na prática, o discurso dos deputados será o de que a Câmara é “mais verde” que o governo ao propor um aumento de biodiesel no diesel, diferentemente do projeto de Lula. À Coluna, o deputado Alceu Moreira negou que haja uma disputa entre governo e Câmara em relação à pauta verde.

A disputa entre o governo Lula e a Câmara dos Deputados por protagonismo na pauta verde terá um desdobramento que pretende favorecer o Congresso. Por um acordo construído pelo Centrão, o projeto de lei do programa Combustível do Futuro, que foi enviado pelo executivo ao Parlamento em 13/09/23, deve ser apensado a um outro projeto, de autoria do deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel (FPBio).

Na prática, se o acordo for concretizado, o governo Lula – eleito com a plataforma da sustentabilidade – pode ficar a reboque do Congresso na matéria dos combustíveis. O relator do projeto da Câmara, Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), está “fechado” com o texto construído pelos deputados e vai privilegiá-lo. Ele pretende, inclusive, legislar sobre o porcentual de biodiesel no diesel, o que o executivo não deve fazer no Combustível do Futuro.

Encabeçado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o programa Combustível do Futuro será lançado em cerimônia no Palácio do Planalto.

O projeto Combustível do Futuro integra todas as políticas de descarbonização de transporte e propõe elevar de 27,5% para 30% o porcentual máximo de etanol na gasolina, apurou a Coluna do Estadão. Por outro lado, a matéria não versa sobre o porcentual de biodiesel no diesel, uma prerrogativa do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Hoje, o nível está em 12%, com elevações graduais de 1 ponto porcentual até chegar a 15%.

A justificativa nos bastidores do Ministério de Minas e Energia é de que o CNPE deve ter autonomia para a discussão do porcentual de biodiesel no diesel, de forma a considerar o cenário econômico de demanda e oferta dos insumos.

Mas a ideia da Câmara, que será encapada pelo relator, é apertar mais esse porcentual e entrar nos “vácuos” deixados no projeto de Alexandre Silveira. A proposta de Alceu Moreira é elevar o nível de biodiesel no diesel a 15% em um prazo muito menor que o previsto, de até 90 dias após a sanção da lei. E ainda deve atingir, de maneira escalonada, 20% em três anos. A ideia tem apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Na prática, o discurso dos deputados será o de que a Câmara é “mais verde” que o governo ao propor um aumento de biodiesel no diesel, diferentemente do projeto de Lula.

À Coluna, o deputado Alceu Moreira negou que haja uma disputa entre governo e Câmara em relação à pauta verde. Mas disse não ver problema em apensar o projeto do executivo às discussões existentes na Casa. “Precisamos de previsibilidade na política do biodiesel. O nosso projeto traz isso, não tem nada a ver com o do governo”, declarou.

Preservação do meio ambiente é a única maneira que temos para um futuro muito mais sustentável, próspero e feliz.

Já o porcentual de etanol na gasolina proposto por Alceu e Jardim é o mesmo do Palácio do Planalto, 30%. (biodieselbr)

sábado, 28 de outubro de 2023

Preços do diesel e querosene de aviação aumentam incentivo a biocombustíveis

Preços do diesel e do querosene de aviação podem aumentar com projeto de incentivo a biocombustíveis, diz governo.
Preços do diesel e do querosene de aviação podem aumentar com projeto de incentivo aos biocombustíveis. Os preços do diesel e do querosene de aviação podem aumentar com a implementação das medidas de incentivo aos biocombustíveis lançadas na última semana pelo governo federal.

Os preços do diesel e do querosene de aviação podem aumentar com a implementação das medidas de incentivo aos biocombustíveis lançadas em 14/09/23 pelo governo federal.

A informação consta de ofício assinado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O projeto ainda precisa ser aprovado pelo Congresso.

Segundo Silveira, há previsão de aumento de até 0,7% no óleo diesel B – resultado da mistura com o biodiesel, que é vendido nos postos de combustíveis. O aumento seria para cada ponto percentual da mistura obrigatória.

"Registra-se que o impacto da medida geraria elevação máxima de 0,7% no preço do litro do óleo diesel B [vendido nos postos] para cada ponto percentual de mandato de mistura", diz o ministro no ofício.

O diesel verde e o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) são produzidos por meio da transformação de matérias-primas renováveis. Gorduras vegetais ou de origem animal, cana-de-açúcar e resíduos são exemplos de materiais usados na produção.

Querosene de aviação

Já o preço do querosene de aviação pode aumentar até 4% para cada ponto percentual de redução nas emissões. Ou seja, com uma redução obrigatória de 1%, o preço aumentaria até 4%. Com a redução de 2%, mais 4% de aumento.

Contudo, a pasta ressalta que a estimativa foi feita com base na cotação atual do combustível sustentável no mercado internacional. Segundo o ministério, a conjuntura é de alta demanda e baixa oferta do combustível, o que eleva o preço.

"Os volumes não refletem, ainda, os ganhos a serem adquiridos a partir da curva de aprendizado e do aumento da produção esperadas desses combustíveis. Com isso, aguarda-se, em 2027, impacto significativamente menor do que o estimado", escreve Silveira no ofício.

A intenção do governo é que haja um aumento progressivo na mistura. O programa Combustível do Futuro traz o percentual de redução de emissão de gases do efeito estufa por meio da utilização de combustível sustentável de aviação.

De 2027 a 2037, as companhias aéreas devem reduzir as emissões em, no mínimo:

2027 - 1%

2028 - 1%

2029 - 2%

2030 - 3%

2031 - 4%

2032 - 5%

2033 - 6%

2034 - 7%

2035 - 8%

2036 - 9%

2037 - 10% (biodieselbr)

Sem biodiesel, governo lança Programa Combustível do Futuro

“O dia é histórico porque nos devolve à vanguarda dos biocombustíveis. Espaço que nunca deveríamos ter deixado”, resumiu o Erasmo Battistella. O empresário do ramo de biodiesel foi o representante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável – o Conselhão – na cerimônia que foi realizada dia 14/09/23 em Brasília para marcar o lançamento do Programa Combustível do Futuro; nova iniciativa por meio da qual o Planalto pretende articular uma séria de ações voltadas à promoção da mobilidade de baixo carbono.

Embora tenha começado a ser esboçado ainda durante o governo anterior, só agora o projeto de lei que estrutura o programa foi finalizado. O texto foi assinado pelo presidente Lula e será encaminhado ao Congresso Nacional.

Embora o texto completo da proposta ainda não tenha se tornado público até o horário de fechamento deste texto, as informações disponíveis dão conta que o Combustível do Futuro vai incluir as seguintes ações:

– Colocar sob um mesmo guarda-chuva o RenovaBio, o Programa Rota 2030 e o Programa Brasileiro de Etiquetagem;

– Propor uma nova metodologia para medir as emissões de gases do efeito estufa (GEEs) no setor de transportes;

– Criar programas específicos para o fomento da produção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAFs, na sigla em inglês) e diesel verde;

– Estabelecer marcos regulatórios para combustíveis sintéticos e para a atividade de captura e armazenamento de carbono;

– Aumento o teor máximo de etanol anidro na gasolina de 27,5% para 30%;

Segundo o ministro de Minas e Energia, a estimativa do governo é que Combustível do Futuro deva movimentar mais de R$ 250 bilhões em investimentos. “Isso é transição energética. É a verdadeira economia verde. É o Brasil liderando a transformação energética no mundo”, celebrou o ministro acrescentando que o Brasil será o provedor de soluções de baixo carbono para outras nações.

Ironicamente, o lançamento aconteceu no mesmo dia em que o MME publicou uma portaria propondo uma redução bastante substancial nas metas de descarbonização do RenovaBio para os próximos 10 anos.

Sem biodiesel?

Contrariando sinalizações que Ministério de Minas e Energia (MME) havia dado ao setor no começo do mês passado e de ter recebido afagos do presidente Lula durante a cerimônia de lançamento do Combustível do Futuro, o biodiesel ficou de fora do texto elaborado pelo Planalto.

O biodiesel, contudo, é principal foco do PL 4196/2023 de autoria do presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), deputado federal Alceu Moreira (MDB/RS).

Apresentado no final do mês passado, a proposta não apenas apresenta um plano decenal para o setor de biodiesel como, também, encampa muitas outras políticas voltadas à indústria de biocombustíveis – inclusive várias que também fazem parte do Programa Combustível do Futuro.

Segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, há uma articulação dentro da Câmara dos Deputados para que o projeto de autoria do deputado Alceu Moreira seja priorizado em relação ao do Poder Executivo. (biodieselbr)

Lula sugere antecipar o aumento da mistura de biodiesel

O setor de biodiesel ganhou um apoio de peso em seu pleito pela antecipação da mistura obrigatória: o presidente Luis Inácio Lula da Silva, em pessoa.

Durante seu discurso na cerimônia de lançamento do Programa Combustível do Futuro realizada dia 14/09/23 em Brasília, Lula disse que ‘está provado’ que é possível aumentar a produção de biodiesel.

Lula declarou que “está provado que é possível” aumentar a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel fóssil; e que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) pode voltar a reunir este ano para deliberar sobre o tema.

“Quem sabe a gente tenha que convidar outra vez o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e aumentar de 12% para 13% ou de 12% para 14% [a mistura de biodiesel]”, disse o Lula.

Em abril deste ano, o Brasil passou a misturar 12% de biodiesel no óleo diesel vendido nos postos de combustíveis. E uma resolução do CNPE garante que a mistura evolua um ponto percentual por ano até chegar em 15% em abril de 2026.

A expectativa do setor, contudo, era que o mercado brasileiro já tivesse chegado aos 15% em atendimento a uma resolução do CNPE de 2018. Numa tentativa de reduzir os preços dos combustíveis, o governo Bolsonaro cortou a mistura para 10%.

A fala de Lula foi bem repercutida por representantes do setor produtivo. "Todo o setor investiu com uma previsibilidade anterior do B15 (mistura de 15%), que foi quebrada alguns anos atrás. O retorno ao cronograma de mistura retoma essa necessidade de sustentação econômica", disse o vice-presidente da Ubrabio, Leonardo Zilio.

Apoio no 1º estalão

Outros membros do primeiro escalão do governo já vêm defendendo a ideia de antecipar o atual cronograma. No final do mês passado o vice-presidente Geraldo Alckmin apoiou a ideia de termos o B15 já no ano que vem durante uma reunião do Comitê Gestor do do Fundo do Clima.

Algumas semanas antes, o ministro da agricultura Carlos Fávaro já havia se mostrado simpático à proposta. (biodieselbr)

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Turbina eólica de uma pá promete mais potência economica

Turbina eólica de uma única pá promete mais economia e potência.
Turbina eólica da empresa Touchwind vai entrar na fase de testes, mas promete ser de fácil instalação e operar em condições mais rígidas.

Assista ao vídeo de menos de 2 minutos: https://www.dailymotion.com/video/x8nx1n9.

A instalação de turbinas eólicas offshore surgiu como um negócio promissor: além de aproveitar do vento natural vindo dos mares, poupa o espaço que seria usado em terra e os possíveis danos ao meio ambiente. No entanto, os projetos nesse sentido ainda estão tentando equilibrar custo de instalação e manutenção com o potencial de geração de energia. Uma nova turbina eólica de uma única pá prometeu ser a solução, custando metade do valor para gerar ainda mais energia que outras.

Turbina eólica econômica

• Estamos falando da turbina eólica da empresa holandesa Touchwind.

• Apesar de ter uma única pá (as mais conhecidas têm três) e não contar com sistemas sofisticados, o projeto promete custar metade do valor de uma instalação normal e, mesmo assim, ter mais potência.

• Segundo o site New Atlas, para fazer isso acontecer, a turbina foi projetada ao redor de um rotor de peça única, posicionado na extremidade de um poste que, por sua vez, está pendurado em um barril com uma boia flutuante abaixo dele. Toda essa estrutura (na foto abaixo) fica submersa.

• Já na parte de fora da água, a lâmina da turbina eólica é fixada aos mastro e ambos ficam ligeiramente inclinados, sempre permanecendo acima da superfície, por causa da flutuação da boia.

• À medida que o vento começa, a pá começa a girar e, com o peso e movimento, puxa o mastro para cima, ficando quase na vertical, como as turbinas que conhecemos.

Estrutura submersa da turbina eólica

Capacidade e potência

O segredo da instalação é a parte submersa. Com a boia e o lastro sustentando toda a estrutura, não há risco de a turbina eólica ser levantada para fora da água. Assim, ela pode funcionar em situações mais extremas.

Segundo a própria empresa, enquanto uma turbina comum precisa desligar quando o vento ultrapassa 90 km/h, esta pode continuar trabalhando com velocidades até 252 km/h. Com menor tempo de inatividade, vem a maior potência.

Com o vento, turbina mudaria posição inicial para gerar energia.

Aplicação da turbina eólica da Touchwind.

A empresa concluiu os protótipos das plataformas terrestres de apoio e flutuantes que fazem a turbina eólica funcionar, na Holanda. Agora, está expandindo os testes, que receberam investimentos da companhia de navegação japonesa Mitsui OSK Lines.

A Touchwind espera que os investimentos acelerem o tempo de lançamento da turbina no mercado, mas ainda não sabe quando produzirá em larga escala. Com isso, não é possível saber quanto ela custará e se será viável comercialmente na indústria.

Composição básica de um aerogerador.

1. Fundação

2. Conexão com a rede elétrica

3. Torre

4. Escadaria de Acesso

5. Controle de orientação do vento

6. Nacela

7. Gerador

8. Anemômetro

9. Freio

10. Caixa de Câmbio

11. Pá rotatória

12. Controle de inclinação da pá

13. Cubo rotor (olhardigital)

Hospital de Amor de Barretos recebe investimento da CPFL Paulista

O aporte faz parte do programa CPFL nos Hospitais, que beneficia instituições no interior de São Paulo.

O Hospital de Amor de Barretos (SP) concedeu à CPFL Paulista o certificado “Empresa Parceira 2022”, em razão dos investimentos realizados pelo Instituto CPFL na instituição. A parceria entre a CPFL e o Hospital de Amor completa sete anos em 2023. Desde 2017, já foram mais de R$ 8 milhões investidos só no Hospital de Amor de Barretos.

O Programa CPFL nos Hospitais está vinculado ao Instituto CPFL – plataforma de investimento social do Grupo CPFL Energia que completa 20 anos em 2023. A iniciativa funciona por meio de três pilares de investimento social: eficiência energética; iniciativas de humanização hospitalar e melhorias de infraestrutura, e doação para hospitais por meio da conta de energia dos clientes.

Somente no 1º semestre de 2023, a CPFL Energia investiu R$ 36,5 milhões em ações de eficiência energética. Já os investimentos do Instituto CPFL para o ano 2023, com foco em melhorias de infraestrutura e humanização hospitalar, é de R$ 4,3 milhões. Foram 22 unidades de saúde beneficiadas com a instalação de sistemas fotovoltaicos para a geração de energia solar e com a renovação da iluminação. Em 2023 foram contemplados 26 hospitais que contarão com ações sociais promovidas pelo Instituto CPFL. (canalenergia)

Usina Henry Borden comercializará certificados de energia renovável

Usina Henry Borden poderá comercializar certificados de energia renovável.

A usina Henry Borden (889 MW), operada pela EMAE na cidade de Cubatão, em São Paulo, acaba de receber o credenciamento da International REC Standard Foundation para emitir certificados de energia renovável. Os I-RECs são reconhecidos internacionalmente e garantem que a energia produzida na usina é limpa e sustentável.
I-RECs, como são conhecidos, atestam que energia produzida no local é limpa.

A Usina Henry Borden, operada pela EMAE na cidade de Cubatão, em São Paulo, com 889 MW de potência instalada, recebeu o credenciamento da The International REC Standard Foundation para emitir certificados de energia renovável.

O selo I-REC são reconhecidos internacionalmente e garantem que a energia produzida na usina é limpa e sustentável. Eles também podem ser comercializados pela EMAE e adquiridos por empresas que querem compensar suas emissões de gases de efeito estufa e demonstrar sua responsabilidade socioambiental.

Para comprar o I-REC da Usina Henry Borden, as empresas podem enviar suas propostas para o e-mail comercializacao@emae.com.br. A EMAE já vendeu mais de 170 mil certificados desde 2022 por meio da PCH Pirapora, em Pirapora do Bom Jesus (SP). (canalenergia)

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Consolidação da cadeia da eólica offshore pode impulsionar economia

Consolidação da cadeia da eólica offshore pode impulsionar economia, diz CNI.

Experiência onshore e de exploração de petróleo e gás dá bagagem ao Brasil para alavancar a produção offshore.
Estudo divulgado no início da semana pela Confederação Nacional da Indústria sobre oportunidades e desafios para geração eólica offshore no Brasil mostra que a consolidação da cadeia de valor dessa indústria pode impulsionar a economia e a reindustrialização, além de oferecer energia limpa e renovável.

Eólica offshore pode ampliar em quase 4 vezes a capacidade de energia elétrica do País.

Estudo da CNI mostra que potencial da fonte elétrica é de cerca de 700 GW, mas há algumas barreiras a serem superadas para que os projetos saiam do papel.

Considerada uma das apostas para a transição energética, a energia eólica offshore tem um potencial energético de cerca de 700 gigawatts (GW), podendo ampliar em 3,6 vezes a capacidade de energia já instalada no Brasil, hoje de 190 GW.

Os dados foram consolidados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo mostra a grande capacidade para desenvolvimento da tecnologia em diversos Estados brasileiros, mas aponta que, para isso, é necessários aprimoramentos na regulamentação para trazer regras mais claras, previsibilidade e segurança jurídica aos investidores.

A avaliação é que o Brasil pode se tornar uma potência na geração por meio desta fonte. "A consolidação da cadeia de valor da energia eólica offshore no Brasil pode impulsionar a economia e promover a retomada da industrialização. Além de oferecer uma fonte de energia limpa e renovável, o setor deverá gerar empregos, estimular o desenvolvimento tecnológico e científico, reduzir a dependência de fontes não renováveis e colaborar para segurança energética do Brasil".

Uma das questões centrais colocadas pela entidade é como o setor elétrico irá absorver toda essa expectativa de desenvolvimento e expansão da geração. A CNI aponta que a produção de hidrogênio de baixo carbono surge como um caminho para viabilizar estes projetos. "Para que a produção de hidrogênio a partir da eletrólise da água usando energia eólica offshore se torne viável, será preciso uma forte evolução da curva de aprendizado nos próximos 10 anos, assim como ocorreu com a eólica onshore e solar fotovoltaica nos últimos 20 anos".

A partir dos dados, a CNI aponta no documento proposições de projetos para áreas com maior potencial para projetos de produção de hidrogênio com eólica offshore no Brasil, que podem beneficiar setores industriais como da siderurgia e refinarias, além do desenvolvimento de fertilizantes. O estudo aponta que a região Nordeste tem o maior potencial de geração eólica no Brasil, incluindo offshore, devido a melhor constância de ventos e áreas com grande potencial ainda sem pedidos de licenciamento.

Na região Sudeste, verifica-se diversas áreas com pedidos de licenciamento que estão sobrepostas. Também há portos que podem ser adaptados como hubs de hidrogênio. Na região Sul, aplicando-se as restrições ambientais, econômicas e técnicas, o potencial do Rio Grande do Sul fica praticamente reduzido à Lagoa dos Patos, pois o Estado tem uma grande área de conservação mapeada. A avaliação é que, do ponto de vista da demanda, a vocação do Sul para utilização da eólica offshore é mais industrial eletro intensiva.

Segundo a CNI, para que o grande potencial brasileiro seja explorado, é preciso transpor algumas barreiras regulatórias e institucionais, com vistas a criar um ambiente seguro para o investidor; criar um novo mercado seja dentro ou fora do País, para consumo da energia que será gerada; investir na infraestrutura para que essa energia seja competitiva; e melhorar a infraestrutura tecnológica do País para que esta indústria alcance performances que a torne competitiva.

O entendimento é que são necessárias regras claras. A entidade ressalta que o decreto do governo publicado em janeiro de 2022, que trata da regulamentação para cessão do uso de espaços físicos e o aproveitamento dos recursos naturais em águas para o desenvolvimento das eólicas offshore, não é suficiente para garantir segurança jurídica e defende que é preciso um marco regulatório.

O tema já está sendo debatido no Congresso por meio do Projeto de Lei 576/2021, que regulamenta o modelo de cessão de áreas, a cobrança de outorgas e os critérios para a realização dos leilões. (terra)

Sinais animam agentes do PL de offshores também será importante

Sinais animam agentes, mas momento pós-PL de offshore também será importante.
Aprovação este ano já traria movimentações para 2024. Governo ainda precisará editar decretos e portarias.

A previsão apresentada pelo ministro Alexandre Silveira que a Câmara deverá votar até o fim do ano o Projeto de Lei que regulamenta as eólicas offshore animou os agentes do setor.

O aval do parlamento possibilitará a continuidade dos planos de players globais que querem investir no mercado brasileiro. Em painel realizado em 14/09/23, no Brazil Windpower, também ficou claro que o momento pós-PL, em que serão necessárias decretos e portarias infralegais, também será importante.

De acordo com Mariana Espécie, do Ministério de Minas e Energia, o tema é considerado transversal, envolve vários órgãos de governo e demandará diálogos e discussões. Segundo ela, a tecnologia é nova no Brasil e o aprendizado com o que já foi praticado é importante, já que há coisas boas e outras nem tanto. “Temos pouca margem para erro”, avisa. Há uma expectativa de que 270 dias seriam necessários para a conclusão do regramento e arcabouço, o que possibilitaria um leilão de cessão de área de uso no fim de 2024.

Embora todos desejem uma aprovação do marco o mais rápido possível, a velocidade do trâmite no Brasil ainda não foi considerada pelos painelistas um entrave. Eventuais lentidões é considerada parte do processo. Itália, Grécia e Vietnã também estão sendo considerados atrasados na regulação da offshore. A Austrália foi citada como exemplo positivo, por também ter sofrido críticas durante a elaboração do seu marco, mas que evoluiu e conseguiu êxito.

A presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias, que moderou o painel, vê um espaço estreito para a conclusão do processo, menor que dois anos. Segundo a executiva, a definição eminente é necessária, uma vez que outros países também estão passando por esse mesmo processo e o Brasil não pode ficar em desvantagem. “Temos que fazer o arranjo regulatório e nos posicionar. A janela é estreita”, observa.

Diogo Nóbrega, Country Managing Director no Brasil da CIP, elogiou a qualidade dos envolvidos no processo. A CIP é uma das maiores desenvolvedoras no mundo e tem quatro projetos protocolados no Ibama. Para Nóbrega a aprovação do PL em 2023 já traz um outro retrato par ao mercado em 2024 podendo já atrair investimentos. “O que precisamos é de uma forte legislação o mais breve possível”, comenta.

Sergio Pinar, Head de Regulação da Ocean Winds, também pediu a aprovação do PL e salientou que as parcerias entre as companhias nas usinas podem ser importantes no desenvolvimento. Os projetos são grandes e demandam altos investimentos. Para ele, as parcerias ajudam a reduzir os riscos e complementam as expertises nos projetos.

Na Equinor, o Brasil é considerado um país chave nas renováveis. A petroleira norueguesa, que completou 20 anos de atuação no Brasil, recentemente, comprou a Rio Energy. O Diretor de Eólicas Offshore para América Latina André Leite, considera que o Portal Único para Gestão do Uso de Áreas Offshore para Geração de Energia deverá ser criado e avançar dentro das regras. A relevância do momento pós-PL também foi ressaltada pelo diretor. “São instrumentos que vão dizer no detalhe o que vai ter que fazer”, pontua. (canalenergia)

Veículos elétricos são o futuro dos transportes

Veículos elétricos são o futuro dos transportes, segundo BNEF.

VEs de passeio devem ter uma participação nas vendas em cerca de 14% em 2023.
Dados da BloombergNEF mostram que as vendas de veículos elétricos deverão aumentar devido a uma combinação de apoio político e melhorias na tecnologia das baterias, como as de íon de lítio. Só os carros de passeio devem ter uma participação nas vendas em cerca de 14% ainda em 2023.
Tom Rowlands Ress, da BloombergNEF, disse durante a sua participação no Brazil Windpower 2023, que a procura de baterias deverá aumentar consideravelmente, pressionando a cadeia de abastecimento de           materiais como o lítio, o cobalto e o níquel. “Os veículos elétricos deverão ficar mais baratos com o passar do tempo e a evolução das baterias. Além do aumento da produção que deverão, em conjunto, contribuir para o aumento das vendas em nível global”, ressaltou.

Ress também destacou que os veículos elétricos são o futuro dos transportes, pois cerca de 730 milhões de VEs de passeio estarão na estrada em 2040 num cenário de transição econômica. O estudo mostra uma diferença de 335 milhões no número de veículos a bateria na estrada entre o cenário de transição economia e o cenário Net Zero em 2040.

Do lado do hidrogênio, Ress afirmou que o Brasil pode produzir o hidrogênio verde mais barato do mundo. “Hoje, a produção do H2V está mudando muito e no futuro será produzido por eletrolise”, disse. O executivo ainda apontou que a tecnologia tem um papel fundamental em muitas aplicações, mas a maior delas é no setor do aço. (canalenergia)

domingo, 22 de outubro de 2023

Hidrogênio renovável pode ter demanda doméstica

Hidrogênio renovável pode ter demanda doméstica, sinalizam agentes.

Atendimento a setores como fertilizantes e siderurgia não inviabilizariam exportação do energético.
A exportação, tida como destino provável do hidrogênio renovável, poderá ter a companhia do mercado doméstico. No painel ‘Hidrogênio Renovável: Potencial e Investimento’ realizado durante a edição 2023 do Brazil Windpower, em 13/09/23, a produção para consumo interno foi apontada como uma opção real para o energético, não anulando seu potencial para exportação.

A aposta da argentina Atlas Agro é o mercado de fertilizantes. A empresa, que irá construir uma fábrica de fertilizantes nitrogenados em Uberaba (MG), recebeu um aporte que pode chegar a até US$ 325 milhões. O diretor de operações Rodrigo Santana acredita que o primeiro boom do novo energético será para o mercado local. “Nosso projeto é doméstico, próximo aos produtores”, explica. Segundo ele, o Brasil é o maior importador de fertilizantes do mundo, o que vislumbra boas perspectivas.

Outro segmento que é visto como potencial mercado doméstico para o H2 V é o da Siderurgia. Para Mauro Andrade, Business Development Officer da Prumo Logística, a descarbonização desse setor pode trazer vantagens ao Brasil, já que o país é grande exportador de chapas de aço e a balança comercial é positiva. A Europa determinou percentuais de 25% a 30% de descarbonização. Caso o Brasil não se ajuste, deverá sofrer algum tipo de sanção. Ele também aposta nos fertilizantes, assim como os de combustíveis sintéticos, com o metano e SAF.

Guilherme Dantas, Pesquisador do Cebri, afirmou que é importante salientar que o hidrogênio renovável não irá suprir todo os usos programados, embora tenha uma grande capilaridade. Ele também vê espaço para exportação e uso doméstico. Para Dantas, há uma chance de exportar um produto com alto valor agregado ao mesmo tempo que uma política de industrialização verde pode fomentá-lo. “Se a gente quer dinamizar esse mercado interno, tem que pensar em nichos em um primeiro momento”, avisa.

Felipe Ferrés, Siemens Energy, também alertou que há um grande mito em torno do H2R, quando ele não deve ser precificado. O energético está no meio da cadeia, vai ser usado no processo de produção de algo. Outro ponto que ele aborda é que determinadas regiões podem ser beneficiadas em função do que será exportado. “Não há exclusividade, tem que entender qual a indústria que está na ponta, tem que ver as diferenças regionais”, comenta. (canalenergia)

Brasil produz hidrogênio de baixo carbono para atender mercado interno

Brasil precisa produzir hidrogênio de baixo carbono para atender o mercado interno.

Especialistas acreditam que o H2V não será um produto de mera exportação.
A transição energética atualmente é vista como uma oportunidade de investimentos e a reindustrialização do Brasil ganha destaque com o hidrogênio verde no centro das atenções. “Precisamos esclarecer para Brasília que produzir hidrogênio de baixo carbono é necessário para atender o mercado interno e para exportação. O H2V não será um mero produto de exportação e isso tem que ficar claro para todos”, disse a presidente executiva da ABEEólica, Elbia Gannoum, durante o segundo dia do Brazil Windpower 2023 em 13/09/23, em São Paulo.

Segundo a executiva, agora temos o desafio de estruturar a cadeia produtiva de onshore e criar os caminhos para a eólica offshore e hidrogênio renovável, que vem da eólica, solar, biogás e biomassa. “Os investimentos nos novos parques serão para produzir o hidrogênio renovável e eles precisam ter um tratamento tributário melhor”, alertou Elbia.

Já para o professor da LCA/Unicamp, Luciano Coutinho, o hidrogênio renovável pode ser uma alternativa para a indústria brasileira e pode torná-la mais competitiva nesse cenário. “Temos uma grande oportunidade de desenvolvimento nesse mercado”, apontou.

Quando questionado em relação ao caminho interessante para o Brasil traçar essa oportunidade em relação ao cenário de fornecedores de soluções energéticas, o professor destaco que tem a compreensão que as energias renováveis e as bioenergias são trunfos absolutamente imperdíveis para o país. “São muito importantes para retomada crescimento e reindustrialização”, destacou.

Segundo ele, as duas oportunidades permitem que o Brasil assuma a liderança como protagonista de mercado no âmbito internacional e não só atração de investimentos e em desenvolvimento de soluções tecnologias inovadoras. “Um dos principais motores de oportunidades para a indústria brasileira retomar”, disse.

“Temos uma história vitoriosa com a energia eólica, ela era considerada uma aventura e foi bem-sucedida e o país conseguiu estruturar uma cadeira produtiva que gerou muitos empregos e consegui oferecer para o nordeste brasileiro uma oportunidade”, ressaltou. Ainda segundo ele, o futuro aponta não só continuar essa trajetória, mas com sistemas mais modernos e o aperfeiçoamento da cadeia existente de onshore. “E além disso, não podemos perder a oportunidade de desenvolver uma oportunidade adicional que pode ser relevante no offshore. O Brasil tem oportunidades no offshore diferenciadas pela profundidade e regularidade dos ventos”, alertou.

Por fim, o professor destacou que a onshore e a offshore possuem oportunidades muito relevantes e elas podem induzir outras oportunidades como o hidrogênio verde. “Elas podem viabilizar uma nova alternativa para descarbonização da indústria brasileira, com vários setores que utilizam energia fóssil com CO2”, finalizou. (canalenergia)