O setor de biodiesel ganhou um apoio de peso em seu pleito pela
antecipação da mistura obrigatória: o presidente Luis Inácio Lula da Silva, em
pessoa.
Durante seu discurso na cerimônia de lançamento do Programa
Combustível do Futuro realizada dia 14/09/23 em Brasília, Lula disse que ‘está
provado’ que é possível aumentar a produção de biodiesel.
Lula declarou que “está provado que é possível” aumentar a mistura
obrigatória de biodiesel ao diesel fóssil; e que o Conselho Nacional de
Política Energética (CNPE) pode voltar a reunir este ano para deliberar sobre o
tema.
“Quem sabe a gente tenha que convidar outra vez o Conselho
Nacional de Política Energética (CNPE) e aumentar de 12% para 13% ou de 12%
para 14% [a mistura de biodiesel]”, disse o Lula.
Em abril deste ano, o Brasil passou a misturar 12% de biodiesel no
óleo diesel vendido nos postos de combustíveis. E uma resolução do CNPE garante
que a mistura evolua um ponto percentual por ano até chegar em 15% em abril de
2026.
A expectativa do setor, contudo, era que o mercado brasileiro já
tivesse chegado aos 15% em atendimento a uma resolução do CNPE de 2018. Numa
tentativa de reduzir os preços dos combustíveis, o governo Bolsonaro cortou a
mistura para 10%.
A fala de Lula foi bem repercutida por representantes do setor
produtivo. "Todo o setor investiu com uma previsibilidade anterior do B15
(mistura de 15%), que foi quebrada alguns anos atrás. O retorno ao cronograma
de mistura retoma essa necessidade de sustentação econômica", disse o
vice-presidente da Ubrabio, Leonardo Zilio.
Apoio no 1º estalão
Outros membros do primeiro escalão do governo já vêm defendendo a
ideia de antecipar o atual cronograma. No final do mês passado o
vice-presidente Geraldo Alckmin apoiou a ideia de termos o B15 já no ano que
vem durante uma reunião do Comitê Gestor do do Fundo do Clima.
Algumas semanas antes, o ministro da agricultura Carlos Fávaro já
havia se mostrado simpático à proposta. (biodieselbr)
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