Localizado
em Natal (RN), o projeto foi desenvolvido pelo Senai-RN em parceria com a
Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável e produzirá SAF a
partir da glicerina, coproduto da indústria de biodiesel com alto valor
energético.
O
laboratório, que recebeu investimentos de €$ 712 mil (equivalente a R$ 4
milhões), deverá produzir até 5 litros/dia de Syncrude, o petróleo sintético
desenvolvido no Senai para ser transformado em SAF.
Segundo
Fabíola Correia, coordenadora do projeto, o volume produzido será suficiente
para envio de amostras para certificação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP). Se aprovado, o Senai deve desenhar um modelo
industrial que possa ser escalável, atendendo aeronaves de grande porte.
A expectativa é de obter a certificação junto ao regulador até dezembro deste ano, o que permitirá a comercialização do produto para a indústria de aviação, afirmou ela em apresentação em 05/09/23.
Brasil tem 1ª planta-piloto para produzir biocombustível de aviação.
Correia
ressaltou que a escolha pela rota tecnológica envolvendo a glicerina se deu
pela grande oferta do produto e custo reduzido, o que traz perspectivas de
barateamento do novo combustível.
"O
Brasil exporta hoje a glicerina e ainda sobra. Com o projeto que estamos desenvolvendo
a ideia é usá-la como matéria-prima do jeito que sai da indústria ou com
pré-tratamento, dando a ela uma destinação mais nobre, que agrega valor por
meio da produção do combustível, resolve uma demanda ambiental importante e
traz soluções à indústria", disse, em nota.
O mercado de SAF vem atraindo a atenção da indústria de aviação, que busca alcançar metas agressivas de descarbonização, e de empresas de combustíveis como a Raízen, que recentemente anunciou certificação de seu etanol produzido em Piracicaba (SP) para a fabricação do combustível sustentável de aviação.
RN ganha primeira planta-piloto do Brasil para produzir combustível sustentável de aviação.
Inauguração
aconteceu dia 05/09/23, em Natal/RN. Laboratório é fruto da parceria entre o
Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis e a Cooperação
Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável.
O
SAF também está na mira do governo brasileiro, que deve incluir diretrizes para
o combustível no projeto chamado "Combustível do Futuro", parte de um
pacote "verde" que o Executivo pretende aprovar no Congresso ainda
neste ano. (biodieselbr)
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