Mamona deve ampliar produção em mais de 100% na
Bahia.
Num passado não muito distante, as sementes de mamona eram usadas
como moedas em alguns municípios da Bahia. Hoje, a semente reaparece como
novidade de política agrícola no setor produtivo. Recentemente, a Companhia
Nacional de Abastecimento – Conab estimou um aumento de 100% na produtividade
na safra 2022/2023, o que projeta um salto de 42,8 mil para 91,4 mil toneladas.
Desta maneira, a produção deve crescer 113,6%. O Brasil é o segundo produtor
mundial de mamona, ficando atrás da Índia. Já a Bahia, é o estado pioneiro no
cultivo da planta.
A cultura pode protagonizar uma revolução na economia baiana, com
derivados que vão além do biocombustível, e enverada pela indústria de
cosméticos, extração de óleo, além da produção dos superplásticos. De acordo
com a Conab, produtores baianos aumentaram a área (em hectares) dedicada à
lavoura de 47,6 mil para 50,8 mil.
Os dados divulgados pela Conab apontam que o município de Irecê,
localizado na Chapada Diamantina, detêm 87% da área cultivada com mamona e as
lavouras apresentam ótimo vigor. As áreas irrigadas estão em tendência de forte
expansão nas últimas quatro safras e, com a chegada da estação seca, o
mapeamento da plantação aumentará a precisão desta estimativa.
A mamoneira é uma planta semiperene, que permite a exploração produtiva
no segundo e terceiro ano após o plantio. Os cultivos são realizados por
pequenos e médios produtores, com utilização de sementes híbridas, de
variedades produtivas e resistentes a estresse hídrico desenvolvidas pela
Embrapa. O preparo do solo e os plantios são mecanizados. Já o processo de
colheita é manual, com debulhamento das bagas realizada de forma mecanizada.
Na Bahia, o prognóstico na produção de grãos é de 13,5 milhões de
toneladas, o que representa um incremento de 12,1% em relação à safra anterior.
As características da cultura com alta adaptação ao ambiente semiárido e pouca
perda por pragas e doenças, criam condições para a longevidade da cultura da
mamona, principalmente por produtores com baixa capacidade de investimentos.
Durante o mês de abril, as chuvas no Centro Norte da Bahia
variaram entre 40 e 70 mm, finalizando a estação chuvosa e iniciando a estação
seca, o que elevou o quadro de restrição hídrica e a severidade do bioma
caatinga. (biodieselbr)
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